SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 115

Noah Walker

Não podia simplesmente deixar as coisas acontecer naturalmente, precisava saber os motivos pelos quais ela resolveu me entregar para a Marta.

Precisava também providenciar que a Marta se mantivesse presa, sei que se ela sair daquele lugar ela voltará para nos infernizar ou pior ainda.

Não deixarei que mais ninguém, faça qualquer mal a minha família. Emy, Larissa e o pequeno Tomáz são minha prioridade.

Procuro meu celular e ligo para o meu homem das informações, ele sempre me ajuda e não será diferente agora.

— Diga o que precisa Walker?. — Como sempre direto ao ponto.

— Preciso de informações sobre Enora Miller, a única coisa que sei é que hoje ela mora em Paris. — Ele suspirou do outro lado da linha.

— Vai ser um pouco difícil, mas acredito que até amanhã a noite tenha algo para você. — Ele é competente, tenho certeza que logo vai me dizer qualquer coisa.

— Outra informação, acabei de saber pela minha tia que ela está hospedada no Plazza. — Lembro o que a minha tia me disse.

Assim que desligo deixo o copo na pia, decido preparar um lanche, desde que chegamos, ainda não comi nada, estou com a cabeça pensando em mil coisas nesse momento, que nem percebi que não me alimentei.

Estava pronto para dar outra mordida em meu sanduíche, meu telefone começou a tocar.

— Primo, minha mãe pediu para ligar e avisar que Enora está aqui, ela quer conversar com você! — Tomo um gole do meu suco e penso a respeito.

— Clara, não quero vê-la agora, somente depois que a Emy estiver em casa, não quero pensar sobre isso nesse momento. — Sei que minha tia está tentando ajudar nessa questão.

— Tudo bem, vou avisar sobre a sua decisão, amanhã vou até o hospital para ver a gravidez. — Apenas concordo, deixo o telefone na mesa.

No final nem será preciso que o meu investigador a procure, mas agora estou curioso para saber o porquê só me procurou agora. Com esse pensamento vou para o quarto, preciso descansar um pouco, amanhã será um novo dia.

O cansaço me bateu assim que deitei a cabeça no travesseiro. Sou acordado com o despertador alargando alto, me viro para o lado onde a Emy dorme e sinto o vazio na cama.

Ela está no hospital.

Pego o celular e desligo o alarme irritante, vou para um banho rápido, tenho que programar meus dias para ficar o máximo que conseguir com a Emy e tenho que pensar no que fazer com a Marta.

Aproveitarei que estou indo ver minha esposa e vou visitar a minha irmã, ela provavelmente não deve fazer ideia do que está acontecendo com a mãe dela.

Por mais que ame a minha irmã, não tenho a pretensão de ajudar Marta a sair da cadeia, por mim ela pode morrer lá dentro, quero apenas ficar tranquilo com a minha família.

Quando saio do quarto, ouço vozes vindo do andar inferior e para a minha surpresa, Mike, Emma e Eve estavam lá com a minha menina.

— Finalmente acordou, pensei que teria que arrombar a porta. — Mike faz uma graça assim que me vê.

— Bom dia, papai! — A voz melodiosa da minha filha sobressai entre as outras.

Quero treiná-la para administrar tudo com o Tomáz, o que se sair melhor vai herdar a cadeira de CEO que passarei no futuro.

— Bom dia, princesa. — A respondo com carinho.

Não fiquei sem perceber que ela estava sem uniforme da escola, nem a Eve estava vestida, elas estavam vestidas para ficarem em casa, olho para o meu amigo que percebe o meu questionamento.

— Trouxemos a Eve para fazer companhia para a Lari, não se preocupe ligaremos para a escola informando. — Mike me responde tomando o seu café.

— Obrigado mesmo, hoje passarei o dia pelo hospital e tenho certeza que ela ficará meio de lado. — Faço um carinho em sua bochecha.

Tomamos um café tranquilo, meus amigos deixam a filha para fazer companhia a Larissa, enquanto vou para o hospital.

Existem algumas vantagens em ser um homem com bastante dinheiro, uma delas é poder conseguir tudo o que preciso.

Chegamos no hospital e passo direto para o quarto que a minha estava, ontem depois que chegamos de viagem me informaram que ela estava se recuperando muito bem, então iriam passá-la para um quarto comum. Fiquei feliz por que será bem mais fácil para visitar. Sei que ela precisará de atenção, querendo ou não Marta é a mãe dela e Angela nem sempre foi essa garota ambiciosa. Ela sonhava em ser reconhecida por suas telas.

Minha irmã tem um talento lindo, ela é ótima com pincéis, telas e tintas, pena que a Marta sempre desmereceu o talento da própria filha. No meu escritório tenho uma de suas primeiras telas, que ela fez após se formar.

Respiro fundo antes de entrar no quarto onde ela está internada, tenho que explicar tudo para ela e acho que será difícil para ela.

— Um dia quero encontrar alguém que suspire assim por mim. — Olho para o segurança que apenas baixou a cabeça e fingiu mexer em algo no celular que estava de cabeça para baixo.

— Tenho certeza que sim, apenas precisa olhar com cuidado. — Digo para ela, não me importo que ela se relacione com um de seus seguranças.

Percebo quando suas bochechas ficam rosadas olhando para o Mauro, acho que ela já sabe sobre os sentimentos que ele tem por ela. Não sou tolo e de cara já percebi que ele tem interesse.

— A quero feliz Angela, não me importa com quem seja, apenas desejo a sua felicidade. — Sou sincero com a minha única irmã, ela precisa encontra o seu paraíso na terra. — Vou indo, está na hora de visitar a minha esposa gravida. — Me despeço dos dois que pelo visto devem conversar sobre algo.

Antes de chegar até onde minha esposa estava, sou levado para conversar com os médicos que estão cuidando dela, provavelmente para me dizer como ela passou a noite e a manhã.

Entro na sala onde havia alguns médicos conversando sobre algo.

— Bom dia, senhor Walker! — Apenas aceno com a cabeça. — Lhe chamamos apenas para saber o quadro clinico da sua esposa e principalmente que acredito que algumas fotos foram tiradas dela, mas já resolvemos a situação, acredito que queira privacidade. — Respiro fundo para controlar a minha raiva.

— Espero que a pessoa tenha sido demitida, se alguma foto da minha esposa vazar afundarei esse hospital em vários processos. — Digo controlando a raiva que começo a sentir.

Vejo que os médicos engolem em seco, mas não me importo com o nenhum deles, a trouxe para esse lugar por acreditar que ela seria bem cuidada e que não seria exposta em tabloides.

Quando finalmente eles me liberam de suas desculpas esfarrapadas, me liberam para ir visitar a minha esposa.

Entro no cubículo que chamam de quarto e percebo que ela estava com uma fisionomia melhor, estava sentada comendo gelatina e sorrindo olhando para a TV.

— Pensei que estaria triste por não dormir ao meu lado! — Faço uma carinha de triste, acabo ganhando uma gargalhada que ela cobre com as mãos.

— Deixa de ser exagerado, vem aqui me dar meu beijo de bom dia. — Me aproximo dela e dou um beijo na minha esposa.

— Parece melhor, como foi a noite… — Me sento em uma poltrona e conversamos por horas ali.

Conto para ela tudo o que aconteceu, conto sobre o meu encontro com a Angela e que acredito que o segurança está criando sentimentos pela minha irmã. Fiquei tanto tempo lá, mas ninguém teve coragem de me tirar de perto da minha esposa.

Cuidei dela a todo momento, apenas a deixei por que temos a Larissa e ela precisa de mim, me despedi de minha esposa e voltei para a minha casa.