Emily Harris
Não tem uma descrição para o que estava acontecendo na minha frente, Noah estava com a sua fisionomia totalmente irritada de uma forma que ainda não havia visto, senti medo por invadir a sua sala nesse momento, talvez seja melhor que essa conversa, seja de forma mais particular.
Até porque não somos nada mais que um casal que se beneficia com o sexo um do outro, sinto um leve empurrão na minha costa, olho para trás e a Mary estava me conduzindo para dentro da sala e fechando a porta, olhei para a mulher, que estava sentada na frente dele ela tinha uma fisionomia de tristeza.
Algo estava acontecendo, não era somente o fato de um caso de paternidade que parece ter sido muito bem escondido, já que nunca soube de nada disso e pelo visto ele também não fazia ideia que algo assim estava acontecendo.
O momento do choque estava deixando ele cada vez mais irritado, durante o momento que entrei até quando ele voltou a falar ele já havia tomado dois copos de uísque, me mantive no mesmo lugar desde que cheguei em sua sala, ele olhava para mim com os olhos tristes e minha mente estava um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo.
— Emy, por favor, venha até aqui. — Ele me chama depois do segundo copo de uísque, mas meus pés estão presos onde estava, olhava de um para o outro e me sentia uma intrusa naquele momento.
— Senhor Walker, acho… — Ele se aproxima com a mesma cara que ele faz quando o chamo assim.
— Já disse que quando estivermos sozinhos sou apenas o seu Noah. — Ele me olhava com intensidade, sinto suas mãos me abraçando e sua testa descansou no meu ombro. — Por favor, fique comigo.
Circulo meus braços ao seu redor e sinto que ele solta uma respiração pesada, faço ele me olhar e faço um carinho na sua barbar e sussurro para ele.
— Vou estar aqui enquanto precisar de mim. — Ele me beija e sinto que não era desejo naquele beijo, tinha muito mais que sentimentos ali.
— Por favor, venha comigo, preciso resolver esse problema agora. — Ele segura a minha mão e me leva para trás da grande mesa do CEO Walker e me faz sentar na sua cadeira, enquanto olho para a mulher que estava agora na minha frente, despida de qualquer arrogância que ela demostrava nas inúmeras capas de revista que a vi ao lado do Noah.
— Querida, como deve imaginar, essa é a Maribel Franklin, a minha ex-noiva, ela veio aqui para dizer que tem uma criança, mas não sabe afirmar quem é o pai. — Ele me explica a situação, olho para sem entender, me viro para ela.
— Como assim não sabe, nunca pensou em fazer um DNA? — Ela, que estava até aquele momento de cabeça baixa, ela me olha e continua a mexer em algo na sua roupa.
— Assim que descobri a gravidez eu sumi, me refugiei em Vancouver e moro lá desde então, quando a Larissa nasceu eu tentei entrar em contato com o senhor Walker, mas soube que ele havia falecido, pensei em procurar o Noah, mas quando soube que ele estava dirigindo isso aqui a Punho de Ferro eu senti medo. — Ela puxa o celular da bolsa e põe na mesa e olho para a menininha que não deve ter mais que cinco anos, mas o que chama atenção é a semelhança com o Noah.
— A semelhança é enorme, fiquei com medo de vir até aqui pedir para fazer o DNA e ele a tomar de mim, então tenho vivido minha vida de forma simples e com amor, coisa que nesse mundo aqui é na sua grande maioria uma farsa. — Noah, que até então estava calado e ouvia tudo calado, soca a mesa assustando as duas.
— Se tenho um filho por aí, quero ter conhecimento disso, ela podia esta tendo a melhor vida possível mesmo que fosse com você morando em um iglu. — Ponho a minha mão sobre a dele e percebo que ele começa a se acalmar, volto a olhar para ela.
— Por que agora Maribel? — Ela puxa um envelope e me entrega.
Havia vários laudos e exames antigos e mais atuais, diversas notas de pagamento de consultas com um oncologista em Vancouver e em Houston, agora entendo porque a sua fisionomia estava tão desgastada, ela está morrendo e pelo laudo em minhas mãos ela não teria muito tempo.
— Sinto muito. — Olho para ela agora com pena e agora entendo o porquê ela resolveu aparecer agora.
— Sou casada e muito feliz com o meu marido, mas ele não é o verdadeiro pai e sei que mesmo que possa causa muitos problemas para a família Walker, Larissa é uma deles e merece conhecer eles também e como não a quero com a minha família prefiro entregar ela ao Noah. — Olho mais uma vez para a menina, que estava abraçada a um coelho de branco.
— Noah providencie o teste de paternidade e tire a dúvida se ela é sua. — Ela me olha e sussurra um, “obrigada”.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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