Noah Walker
Precisava me exercitar para manter o nível de alta performance que estou exigindo da Emy, hoje realmente a deixei cansada e fico bem satisfeito com isso, enquanto ela arruma o café da manhã subo para academia.
Tenho uma sala toda equipada para não precisar ter que sair de casa e procurar uma especializada, hoje meu personal já me aguardava no ringue para tentar me dar uma surra, mas ele tem me treinado muito bem e raramente ele consegue me pegar.
Começamos a nos aquecer e logo em seguida estamos trocando alguns socos e ganchos, o chamamos de Balboa, porque ele nasceu na Filadélfia e depois que saiu dos ringues ele começou a treinar algumas pessoas.
— Tá velho hein Balboa. — Começo a rir assim que me esquivo de um de seus socos.
— Um dia a idade alcança a gente Noah, não será diferente com você. — Ele começa a rir e emenda. — Acha que não sei porque tem se esforçado mais.
Com isso ele me desconcentra e me acerta um cruzado de direita, que me leva para as cordas, ele começa a rir.
— Se vale a pena a ponto que perca a concentração, peça ela em casamento, posso te falar menino que a sensação de poder dizer que ela é nossa, é maravilhosa. — Ele tenta me acertar outra vez, mas levanto a guarda e logo em seguida o acerto com um JAB.
Ele rir de minha postura, mas sei lá ele já tem certa idade mesmo não aparecendo, então não acertarei ele com força, já que não quero ter que ir para o pronto-socorro pela manhã com o meu instrutor.
— Você bate como uma mulherzinha, Noah. — Ainda debocha da minha cara, estreito os olhos e me posiciono para continuarmos nosso treino.
Em muitos momentos começamos a rir e nos divertir até que somos interrompidos pelo Antony que estava apressado quando entrou na academia, paramos para dar atenção a ele, me viro para as cordas e gesticulo para saber o que aconteceu.
— Tem uma visita, senhor, a senhorita Walker está sentada na mesa do café lhe aguardando. — Um suor frio desce pela minha nuca.
— Merda, Balboa me ajuda aqui. — Estico as mãos para que ele me ajude a tirar as luvas e possa descer para encontra a minha visitante.
— Não acredito que ainda não falou com a sua irmã e nem com a sua mãe sobre a família que está construindo. — Balboa tinha um tom de voz, um pouco me recriminado.
— Sei que já deveria ter contado, mas estou gostando de ter elas somente para mim, tinha decidido com a Emy que iriamos manter a Lari em segredo até que a Maribel se vá. — Meu personal é muito mais que isso, ele é meu amigo também, conhece um pouco do que estava acontecendo, já conhece as duas que um dia subiram atrás de mim.
— Se prepara para quando a sua mãe souber que foi deixada de lado ela vai te engolir vivo. — Assim que ele termina de falar, saio do ringue e desço ainda tirando as bandagens das mãos.
Assim que apareço na sala, Emy estava ajudando a Lari em tomar café enquanto a minha irmã olhava para elas em estado de choque e assim que ela percebeu o que cheguei ela me reprova pelo que fiz, tento dar meu melhor sorriso para ela e a conduzo até o escritório e o tempo todo ela me olhava com um ar de acusação, respiro fundo e me sento no sofá do escritório para conversarmos.
— Noah, como pôde nos excluir da vida da sua filha? — É a primeira pergunta que ela me faz.
— Porque só descobri sobre ela tem menos de mês, ainda não estou preparado para compartilhar nenhuma das duas. — Tenho uma postura mais firme, não admito que entre na minha casa para me acusar de algo que não sabem e nem vão saber.
— Quando planeja contar para a nossa mãe. — Percebo que a Ângela fala um pouco mais suave e sorri.
— Para te ser sincero, não tenho pretensão de falar para ninguém e assim gostaria que fosse, quando estiver pronto para contar farei isso, mas por hora respeite a minha privacidade. — Amo a minha irmã, mas depois que elas me acusaram de ter me envolvido com uma vagabunda que destruiu a nossa família, achei mais sensato me afastar dela e viver minha vida sem a sombra das acusações que elas me fizeram por meses.
— Como pode excluir a nossa mãe de ser avó e de que eu seja tia Noah. — Tento falar com mais calma e não quero contar que a mãe dela é a Maribel, pelo menos não agora.
Olho para ela e vejo o quanto a minha irmã está mais bonita do que me lembrava, tem quase três anos que não nos víamos, já que evito estar com qualquer uma delas.
— Todas às vezes que nos encontramos nossa mãe tem o prazer de dizer que sou o responsável pelo fracasso do seu casamento e você me fala que nunca deveria te levado a Maribel para nossa casa. — Respiro fundo e tomo a melhor decisão que posso fazer nesse momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
Muito bom,posta mais...
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