SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 34

Noah Walker

Precisava me exercitar para manter o nível de alta performance que estou exigindo da Emy, hoje realmente a deixei cansada e fico bem satisfeito com isso, enquanto ela arruma o café da manhã subo para academia.

Tenho uma sala toda equipada para não precisar ter que sair de casa e procurar uma especializada, hoje meu personal já me aguardava no ringue para tentar me dar uma surra, mas ele tem me treinado muito bem e raramente ele consegue me pegar.

Começamos a nos aquecer e logo em seguida estamos trocando alguns socos e ganchos, o chamamos de Balboa, porque ele nasceu na Filadélfia e depois que saiu dos ringues ele começou a treinar algumas pessoas.

— Tá velho hein Balboa. — Começo a rir assim que me esquivo de um de seus socos.

— Um dia a idade alcança a gente Noah, não será diferente com você. — Ele começa a rir e emenda. — Acha que não sei porque tem se esforçado mais.

Com isso ele me desconcentra e me acerta um cruzado de direita, que me leva para as cordas, ele começa a rir.

— Se vale a pena a ponto que perca a concentração, peça ela em casamento, posso te falar menino que a sensação de poder dizer que ela é nossa, é maravilhosa. — Ele tenta me acertar outra vez, mas levanto a guarda e logo em seguida o acerto com um JAB.

Ele rir de minha postura, mas sei lá ele já tem certa idade mesmo não aparecendo, então não acertarei ele com força, já que não quero ter que ir para o pronto-socorro pela manhã com o meu instrutor.

— Você bate como uma mulherzinha, Noah. — Ainda debocha da minha cara, estreito os olhos e me posiciono para continuarmos nosso treino.

Em muitos momentos começamos a rir e nos divertir até que somos interrompidos pelo Antony que estava apressado quando entrou na academia, paramos para dar atenção a ele, me viro para as cordas e gesticulo para saber o que aconteceu.

— Tem uma visita, senhor, a senhorita Walker está sentada na mesa do café lhe aguardando. — Um suor frio desce pela minha nuca.

— Merda, Balboa me ajuda aqui. — Estico as mãos para que ele me ajude a tirar as luvas e possa descer para encontra a minha visitante.

— Não acredito que ainda não falou com a sua irmã e nem com a sua mãe sobre a família que está construindo. — Balboa tinha um tom de voz, um pouco me recriminado.

— Sei que já deveria ter contado, mas estou gostando de ter elas somente para mim, tinha decidido com a Emy que iriamos manter a Lari em segredo até que a Maribel se vá. — Meu personal é muito mais que isso, ele é meu amigo também, conhece um pouco do que estava acontecendo, já conhece as duas que um dia subiram atrás de mim.

— Se prepara para quando a sua mãe souber que foi deixada de lado ela vai te engolir vivo. — Assim que ele termina de falar, saio do ringue e desço ainda tirando as bandagens das mãos.

Assim que apareço na sala, Emy estava ajudando a Lari em tomar café enquanto a minha irmã olhava para elas em estado de choque e assim que ela percebeu o que cheguei ela me reprova pelo que fiz, tento dar meu melhor sorriso para ela e a conduzo até o escritório e o tempo todo ela me olhava com um ar de acusação, respiro fundo e me sento no sofá do escritório para conversarmos.

— Noah, como pôde nos excluir da vida da sua filha? — É a primeira pergunta que ela me faz.

— Porque só descobri sobre ela tem menos de mês, ainda não estou preparado para compartilhar nenhuma das duas. — Tenho uma postura mais firme, não admito que entre na minha casa para me acusar de algo que não sabem e nem vão saber.

— Quando planeja contar para a nossa mãe. — Percebo que a Ângela fala um pouco mais suave e sorri.

— Para te ser sincero, não tenho pretensão de falar para ninguém e assim gostaria que fosse, quando estiver pronto para contar farei isso, mas por hora respeite a minha privacidade. — Amo a minha irmã, mas depois que elas me acusaram de ter me envolvido com uma vagabunda que destruiu a nossa família, achei mais sensato me afastar dela e viver minha vida sem a sombra das acusações que elas me fizeram por meses.

— Como pode excluir a nossa mãe de ser avó e de que eu seja tia Noah. — Tento falar com mais calma e não quero contar que a mãe dela é a Maribel, pelo menos não agora.

Olho para ela e vejo o quanto a minha irmã está mais bonita do que me lembrava, tem quase três anos que não nos víamos, já que evito estar com qualquer uma delas.

— Todas às vezes que nos encontramos nossa mãe tem o prazer de dizer que sou o responsável pelo fracasso do seu casamento e você me fala que nunca deveria te levado a Maribel para nossa casa. — Respiro fundo e tomo a melhor decisão que posso fazer nesse momento.

— Mas se você estivesse no nosso lugar, Noah o que teria feito… — Nem a deixo terminar, é demais para mim, elas só olham para a dor delas e esquecem que fui traído duas vezes, me levanto irado com o que ela estava me falando.

— Se estivesse no nosso lugar, está louca Ângela, caso não se lembre flagrei o cretino do nosso pai comendo a minha noiva na mesa dele. — Vejo ela se encolher com as palavras duras.

— Noah eu… — A interrompo mais uma vez, chega de viver essa vida que elas duas só sabem me acusar, mas amam fazer um escarcéu quando suas compras são negadas.

— Você nada, se quiser falar sobre a nossa mãe, sobre a Larissa e sobre a minha esposa Emily fique a vontade, mas a partir de hoje vocês não têm permissão de entrar na minha casa e falar o que quiserem. — Minha irritação estava em um nível tão alto que estava praticamente gritando com a minha irmã.

— Está me expulsando da sua casa, Noah? — Ela se mostrava ofendida, mas estava cansado de viver me preocupando no que poderia fazer para que minha família me perdoasse.

Nesse momento me dei conta de algo, não preciso de perdão.

O errado hoje não vive mais com a gente, me recuso ter que carregar a culpa dele pelo resto da minha vida, se minha mãe e minha irmã querem se tirar para Cristo, que elas façam isso longe da minha família e principalmente dos meus negócios.

— Sim, estou, vou pedir para o jurídico para que eles façam a dissolução da parte de vocês da herança do nosso pai, escolham alguém para cuidar de seus patrimônios porque a partir de hoje não farei mais isso, agora por favor saia da minha casa. — Ela estava tão incrédula como eu estava.

Como elas sempre me acusaram de ser o causador da desgraça da nossa família, tentava falar com elas com cuidado, abaixava a cabeça para tudo o que elas falavam e faziam porque na minha cabeça, precisava me redimir por levar a Maribel para o convívio da nossa família, mas agora percebo que não sou o culpado, sou a vítima do meu pai e acabei sendo submisso com tudo o que elas me falavam.

A raiva agora faz parte da sua fisionomia, podia ver que agora ela estava furiosa, se levanta rápido pegando a sua bolsa, ela abre a porta e antes de sair ela se vira e tenta cravar o último prego no caixão.

— Todos sabíamos que nosso pai tinha um caso com a Maribel a meses, mas tínhamos pena de te falar, porque sempre foi um fraco. — Percebo que a Emy estava na porta e ouve o final do que ela fala e lhe dá um forte tapa.

— Nunca, nunca mesmo, chame o Noah de fraco, ouviu bem? — Ela olhava com fúria para a Emy que estava ali e me defendeu das palavras ácidas da minha própria família.

Olho ao redor e constato que a Lari não estava por perto e respiro aliviado, já estava de pé e me aproximo da minha mulher que estava com a cara que queria matar alguém, abraço ela por trás e olho para a minha irmã que possui o mesmo tom de azul nos olhos como os meus, puxo a Emy para que desse espaço para a Ângela sair do meu escritório e vamos seguindo-a de perto.

Assim que ela chega ao elevador, Antony estava já como sempre e falo com ele.

— Antony, a partir de hoje tanto a senhorita como a senhora Walker não tem permissão de entrar na minha casa e por favor avise ao porteiro se elas entrarem novamente ele será demitido. — Ele assente e chama o elevador para que ela saia da nossa casa, ela me olha mais uma vez com raiva e entra no elevador sem falar mais nada.

— O que aconteceu lá dentro para que ela falasse com você daquele jeito. — Olho para a minha defensora baixinha, abraço ela pela cintura e ergo ela do chão para beijar seus lábios.

Vou caminhando com ela no meu colo até o sofá e a mantenho sentada de frente para mim enquanto sugava e chupava seus lábios e descia para o seu pescoço, mas lembro que ela me fez uma pergunta, paro logo quando ela começou a gemer baixinho.

— O mesmo de sempre, gostar de me lembrar que sou o responsável pela ruína, mas pelo visto ela só estavam usando meu conhecimento para que mantivesse a vida de luxo delas. — Respiro fundo só de me dar conta que elas sempre souberam da traição do meu pai com a Maribel.

— Não pense nisso, ligue para os advogados e peça para que eles providenciem tudo, o único problema vai ser ter mais alguém no escritório com a gente. — Ela me dá um sorriso safado.

— E qual o problema querida. — Ela se aproxima e rebola mais uma vez no meu colo e sussurra no meu ouvido.

— O problema é que não iremos mais poder nos divertir na sua mesa. — Começo a rir dela e me lembro da nossa filha.

— Cadê a Lari. — Olho em direção da mesa.

— Pedi para a Camille ficar com ela por uns minutos enquanto ia te socorrer da sua irmã. — Beijo seus lábios e fico feliz que achei minha ilha de felicidade com essa pequena mulher que não teve medo, aceitou criar a filha de outra mulher como sua e me defendeu da minha família.

Pode ter certeza que te farei minha assim que perceber que fraquejou nas suas escolhas querida, nos levantamos do sofá e vamos para a mesa, mas antes ela busca a Lari para ficar com a gente e finalmente consigo tomar meu café com a minha família.

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