SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 37

Emily Harris

Fico um pouco nervosa, mas consigo disfarçar bem o desconforto de ver meu ex-noivo sentado ao lado do Mike em uma conversa bastante animada sobre a construção do resort e pelo jeito que todos estavam ele deve ser o engenheiro responsável pelo projeto que gostamos.

Ele também ficou bastante incomodado com a minha presença na sala e toda aquela animosidade que ele tinha até perceber a minha entrada sumiu, o transformou em um homem que de sorridente agora estava sério e de poucas palavras.

Noah me indica a cadeira para que me sente ao seu lado e Mike se levanta de onde estava em vem para a sua cadeira de costume, ao lado direito do Noah, coloco os documento na minha frente e tento ao máximo me concentrar no que precisamos fazer aqui sem deixar que sentimentos tomem de conta das minhas decisões.

— Desculpe a demora, senhores, estávamos resolvendo alguns assuntos particulares e nem percebemos o tempo passar. — Noah fala e segura a minha mão por cima da mesa.

Olho para todos na mesa e sinto falta da Emma que não estava aqui, ou nesse momento já teríamos o maior barraco de todos, armado em meio a reunião, olho para o Mike questionando.

— Ela virá daqui a pouco, precisava resolver um assunto lá no jurídico. — Ele revira os olhos e sei que, pelo visto, ele parece enciumado com algo.

— Então, senhorita Harris, nos mostre o que achou dos projetos. — Noah me questiona, viro a minha cadeira para a tela onde iremos mostrar todos os projetos e damos início a reunião.

Antes de terminar a minha apresentação, a Emma entra na sala e seu olhar cai sobre o Joshua, é perceptível a vontade dela voar nele e quebrar o seu pescoço, mas não posso deixar que ela faça algo nesse momento, acredito que o Noah ainda não tenha percebido nada.

— Senhorita Scott o que acha de se sentar ali ao lado do senhor Tremblay. — O sorriso do Mike fica enorme, mas o importante é que consigo tirar a minha amiga do transe e as ideias de homicídios.

Ela me olha e volta a olhar para aquele cretino outra vez, ela precisará entrar na fila caso queira matar ele antes de mim, assim que passa por mim ela segura a minha mão e dou um sorriso para ela.

Deixo para falar do melhor projeto para o fim, porque algo me diz que seja dele, como o projeto só tem a assinatura da empresa não faço ideia se é dele, começo a falar sobre em como o projeto nos chamou atenção e ficou evidente que ele queria mostrar as possibilidades do lugar.

— Ter um empreendimento autossustentável é o que a maioria das grandes corporações desejam, mas precisamos descobrir como esse projeto será viável para a Walker Corporation. — Falo olhando para aquele cretino, desgraçado, volto a minha atenção para o Noah e ele olha para as planilhas que havia preparado para essa reunião.

— Então senhores, vejo que todos, com exceção da empresa Engenhos Sustentis, nos apresentaram o que pedimos, mas não nego que a proposta que ele nos entregou chamou muito mais a atenção da senhorita Harris e do senhor Tremblay, gostaria de saber do senhor… — Noah começa a procurar pelo nome do homem nos documentos e não o acha. — Seu nome não está aqui, perdão como se chama?

Vejo ele arrumar a sua postura e estufar o peito para falar o maldito nome que me deixou marcas tão profundas que até hoje sinto que o Noah ainda não conseguiu completar as brechas do meu tolo coração partido por um cretino, evito olhar para ele e mantenho meus olhos na minha amiga que se pudesse já teria me tirado dessa sala.

— Deve ter sido um erro na gráfica, peço perdão, me chamo Joshua Finn senhor Walker. — Quando o Noah ouve o nome, ele me olha e deixo uma maldita lagrima de ódio sair da prisão que havia construído para a manter ali.

Ele me olha e consegue ligar o nome, ele sabe muito bem que é Joshua Finn, já havia contado sobre ele e tenho certeza que na sua investigação o nome dele deve ter encabeçado como o homem que destruiu o coração de uma idiota, sustento o seu olhar mais não conseguia mais permanecer ali dentro, sussurro um “me desculpa” e saio da sala.

Entro na minha sala e pego a minha bolsa e dessa vez não tenho paciência de esperar o elevador e ter que me explicar para qualquer um deles, quero apenas ficar sozinha e como sempre lamber a maldita ferida que parece que não para de sangrar.

Não escuto quando a senhora Mary fala algo e pego a saída de incêndio, retiro meus saltos e começo a descer até não suportar mais o turbilhão de pensamentos e desabar me segurando no corrimão e começar a chorar, fico frustrada comigo mesmo, como ainda posso sofrer pelo que esse maldito fez comigo.

Um par de mão que conheço bem me puxa para os seus braços e entro de bom grado em sua proteção.

— Shiii, isso um dia vai passar Emy. — Ouço a voz da Emma me consolando. — Quer voltar para a sala ou prefere ir embora?

— Quero ir embora, vamos para nosso apartamento? — Ela concorda e continuamos descendo as escadas até que saímos na lateral do prédio e percebemos um Antony preocupado quando me vê.

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