Emily Harris
Ouvir a voz dele me fez lembrar todas as juras que ele fez durante os muitos anos de namoro e noivado, parando agora aqui agarrada ao terno do Noah percebo o quanto fui tola acreditando em todas as mentiras ou meia verdades que ele me dizia.
Enquanto estava planejando o meu casamento dos sonhos, ele estava em Chicago terminando a sua faculdade para voltar para cidade e estabelecer perto de nossas famílias, mesmo que os pais dele não gostassem tanto assim de mim por não ter uma condição financeira tão boa como esperavam, eles me tratavam bem.
Mas depois do fracasso humilhante daquele dia do casamento, nunca mais tive notícias deles e acho que agora que ele deva estar com a Ângela eles devem estar tratando ela a Pão de ló, as lembranças me levam para aquele maldito dia que fica se repetindo em um loop infinito, ouço a voz da Emma que faz com que saia do transe.
E ouvir do Noah que era a sua prioridade, fez com que meu coração que era apenas um órgão destroçado e que foi completamente destruído pelo idiota que estava na outra sala, errar suas batidas com a emoção de ouvindo-o, sinto que ele se cola mais um pouquinho tentando se rejuntar e voltar a ser o órgão principal e responsável pelos meus sentimentos.
Noah se encosta na bancada do balcão e a Emma sai para retirar todos eles da sala e me entrega aos braços do homem que é o responsável por colar cada pedacinho da minha mente fudida e do meu coração quebrado.
Seu sorriso lindo, que conseguiria ressuscitar qualquer mulher depois de qualquer estrago, estava aqui na minha frente, agarrado a minha cintura, sinto o cheiro do seu perfume já impregnado na minha mente e que me tranquilizava, ele parecia orgulhoso e não consigo entender o motivo.
— Querida, você deveria ter visto o soco que a Emma deu nele. — Começo a rir do que ele fala, mas ainda não estou pronta para enfrentar ele assim.
— Imagino que deva ter sido maravilhoso, mas assim que meu pai o ver acho que não será apenas um soco que o levara ao chão. — Lembro de todas às vezes que meu foi procurar por ele na casa dos pais enquanto estava afundada em uma depressão e ninguém conseguia me ajudar.
— Pronto, Noah, sua sala está limpa… — Ela aparece na porta do banheiro com um sorriso vitorioso e sorrio para ela. — Você está bem?
— Estou, sim, pode ir, temos muitas coisas para resolver hoje e ainda precisamos ir para a faculdade hoje. — Respiro fundo porque o dia hoje será complicado.
Assim que me senti mais tranquila, Noah segurava forte a minha mão e me conduziu para fora do seu banheiro e fomos para a minha sala e paramos na mesa da senhora Mary.
— Mary, por favor, não permita que a minha mãe ou irmã subam quando não estivermos aqui, passe a informação para os seguranças. — Ela nos olhava como desconfiança.
— Noah elas farão um escândalo. — Ele revira os olhos como se isso fosse importante.
— Pois se elas falarem isso pode chamar a imprensa, elas não sobem entendido? — Mary apenas concorda.
— Senhor, senhora, a reserva de vocês ficou para as 11:30 h. — Ela nos informa e apenas concordamos e entramos na minha sala.
Entrar na minha sala faz me sentir até protegida entre as paredes que nos circulam e observo o meu chefe se sentando no meu sofá, olho para ele desconfiada, porque se estou atolada de serviço imagino que ele esteja mais ainda.
Mas aí me lembro que fui contratada para amenizar a quantidade de serviço dele, por isso que sou estagiária, começo a rir com a minha constatação e ele franze as sobrancelhas.
— Qual a graça querida? — Ele pergunta curioso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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