Emily Harris
Na segunda pela manhã me despeço do Noah com um selinho, ele estava indo para o escritório, dou outro beijo na minha filha que estava sendo levada para a escola com a Camille, continuo tomando o meu café com calma e de olho no celular.
Carla havia me dito que ela iria me esperar na entrada do grande hotel as nove e meia da manhã, já estava arrumada, precisava apenas colocar um sapato e pegar minha bolsa que já estava no sofá.
Noah me expulsou da empresa pela próxima semana para resolver tudo para o nosso casamento, e como não quero entrar na igreja com uma enorme barriga, aceitei essa semana de férias para providenciar tudo.
Nossa viagem para o vinhedo da família do senhor Pierre, já estava toda organizada, dessa vez iriamos levar Camille e Antony para ajudar caso necessário, quando contamos para eles vimos um sorriso na sacana no segurança de confiança do Noah.
Olho mais uma vez e decido ir para o hotel, como não queria esperar o Antony voltar e provavelmente vou passar a manhã inteira andado para cima e para baixo, vou pegar um dos carros que estão no subsolo.
Com tudo o que preciso e aviso ao meu noivo que já estava de saída, pego o carro que ele havia me dito para usar, dizendo ele que é para a minha segurança, só de me lembrar a vontade de revirar os olhos surge, desço para a garagem, entro no carro e saio para a rua movimentada que estava em Chicago.
Logo quando chego no primeiro lugar da nossa reunião, tenho uma certa dificuldade para estacionar, não achava uma vaga próximo, acabei deixando algumas quadras distante, vou apertando o sobretudo no meu corpo, estava mais frio que ontem e vou em direção ao hotel.
Assim que chego no hotel me identifico e me informam que a Carla já me aguardava no salão com o gerente do hotel, vou indo em direção de onde a atendente me indicou, reconheço alguns parceiros da empresa, cumprimento eles com um menear de cabeça.
Chego no grande salão e realmente ele é muito bonito, sofisticado até, mas não consegui enxergar a minha festa ali, acho que as 150 pessoas da nossa lista se perderiam no meio daquele salão, olhei para a Carla e acho que pelo meu olhar ela percebeu que não me agradou muito.
— O que você achou? — Meu sorriso sai um pouco mais contido, não fiquei empolgada com o lugar.
— Acho muito grande e, está fugindo do que realmente eu queria, sabe? — Ela sorri e passa uma mão pela minha costa.
— Vamos conhecer os outros lugares e vou deixar esse para último caso então. — Ela sorri e se afasta para conversar com o gerente.
Fico olhando para os lados e pelo reflexo dos inúmeros espelhos que havia por lá, reconheço o Joshua saindo de um elevador segurando a mão de uma mulher que não era a Ângela, me afasto da linha de visão dele, me surpreendo quando o vejo beijando a morena que estava sorrindo para ele com muita intimidade.
Me assusto quando a Carla se aproxima e olha em minha direção, ela parece curiosa com a minha atenção ao casal que estavam sozinhos no hall de entrada do salão.
— Conhece eles, Emily? — Confirmo com a cabeça, que merda o Joshua já fez com a Ângela?
— Ele é meu ex-noivo, e até onde saiba, ele é namorado e representante da minha sogra e minha cunhada. — Falo, ainda procurando uma resposta para o que aconteceu entre ele e minha cunhada.
— Quer continuar aqui, ou ir para o outro hotel que agendei? — Ela me pergunta e acho o sensato que ele me veja, que ele saiba que o vi e que sei que ele continua o mesmo cretino que ele sempre foi.
Saímos do salão e vamos conversando com o gerente, não fechei as opções caso não me agrade de mais nenhum outro lugar, acho que aqui pode se tornar uma opção.
Quando o Joshua percebe minha aproximação acabo passando por de trás da mulher que estava o chamando de amor, tiver vontade de dizer que ele era o meu ex-noivo e agora meu cunhado.
Percebemos o quanto ele ficou tenso, mas não olhei para ele, tentei manter uma conversa com a Carla e saímos em direção aos nossos carros, por sorte ela estava estacionada bem próximo ao meu, ela falava sobre o outro hotel que ele por mais que não fosse cinco estrelas era um lugar muito lindo e tinha algumas coisas que poderia deixar o lugar com certo requinte.
Mesmo conversando com ela, fiquei abalada no que presenciei, me sinto arrependida de não ter alertado melhor a Ângela, mesmo que ela me odiasse, seria o melhor do que ser feita de idiota por um cretino.
Entramos no carro e vamos em direção à segunda parada do dia, decido não pensar, mas sobre isso e tão pouco contar para o Noah sobre o que presenciei, mas talvez conte para a minha cunhada se a encontrar por aí.
Após visitar cinco hotéis no pelo centro da cidade, Carla deixou um hotel de campo por último, passamos o praticamente o dia todo andando por toda a cidade, fizemos uma pequena viagem de uma hora para esse lugar, que pela entrada já me encantei, era um arco feito de roseiras que estava repleta com rosas, vermelhas, rosas, amarelas.
O carro da Carla estava mais a frente já manobrando para estacionar, quando passei pela vegetação olhei para meu lado esquerdo e vi um grande lago com um espaço grande em cima do lago, vi grandes possibilidades, me vi dançando com o Noah enquanto tínhamos nossa primeira dança de casados.
Estaciono o carro, e vou andando em direção ao lago, conseguia ver cada uma das cenas para o meu casamento, ao lado de fora do espaço havia uma pequena área coberta onde poderia ficar o restante da decoração com o bolo e talvez o buffet.
Enquanto estava imaginando cada possibilidade, seco meu rosto uma lagrima de emoção surge e sorrio para a Carla que se aproxima por trás de mim, quando ela me olha acho que entendeu que achamos o lugar perfeito para meu casamento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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