Noah Walker
Essa semana foi bastante cansativa, tive problemas com uma das empresas de engenharia contratadas para manter os olhos nas coisas na construção nas Filipinas, tenho medo que Joshua esteja aprontando alguma coisa.
Mas agora estamos nos afastando um pouco e quero apenas poder aproveitar um pouco esse fim de semana com a minha família, ainda mais porque na próxima semana teremos meu casamento no civil.
Emy depois do dia que bebeu, vem se sentindo um pouco culpada pelo o que aconteceu, então quero aproveitar para que ela consiga esquecer um pouco esse o ocorrido, porque sei que ela não vai mais fazer isso.
Não percebi o quanto estava cansado, dormi uma boa parte da tarde e nem percebi quando a Emy saiu do quarto, me levanto e vou atrás de algo confortável para poder vestir e ir procurar minha mulher e filhos.
Chego na cozinha e ouço a Emy falando com o Antony, agora é com ele aproveitar a chance e se aproximar da mulher que ele gosta, porque não suporto mais ver ele suspirando e todo cheio de cuidados para falar com a menina.
Talvez Emy não tenha percebido, mas a Camille não quis se envolver com ele devido à idade, ainda tem a insegurança dela, vendo a amizade do Antony com a minha cozinheira, eles tiveram um romance algum tempo atrás, mas agora são bons amigos.
Fico feliz quando ele diz que vai, sim, correr atrás da felicidade dele e vai em direção ao quarto onde a Camille estava, olho para a minha mulher, dou um beijo na nossa filha e outro nela, mas preciso ir atrás do senhor Pierre.
Como a dona Rosa me disse vou em direção ao dono do hotel fazenda, saio da segurança da casa, coloco os óculos escuros e vou em direção ao vinhedo, vi que havia um grupo de turistas no meio da plantação, então os sigo.
Quando me aproximo do grupo de turistas percebo que o senhor Pierre não estava próximo deles, olho para todos os lados e não encontro, um dos guias percebe que estava procurando alguém e se aproxima um pouco mais de mim.
— Bom dia, procurando alguém? — Ele me perguntou em inglês com um sotaque italiano bem pesado.
— Sim, estou atrás do senhor Pierre. — O homem fica meio receoso em me dizer ondo posso encontrar.
Ele me aponta em uma direção e consigo ver apenas as pernas do senhor idoso que parecia conversar com os demais funcionários do vinhedo, agradeço ao guia que logo volta a sua atenção ao grupo de pelo menos cinquenta pessoas que começa a se espalhar para colher as uvas.
O vinhedo é todo subdividido, imagino que seja por questão do turismo para que eles tenham sempre uvas maduras, para poderem colher com as pessoas que vem para se divertir colhendo.
Me aproximo e vejo que começa a pegar algumas uvas na mão e levava a boca, algumas vezes se deliciava com o sabor delas, outras vezes fazia alguma careta, seja provavelmente devido o sabor azedo, chego próximo dele que me dá algumas uvas para experimentar.
— Não é somente plantar e colher, precisamos saber se o produto é bom, experimente. — Ele me incentiva.
Faço como ele me diz, experimento cada uma das uvas que ele foi me dando, havia uma bem adocicada e outra um tanto mais azedo, mas não deixava ter um sabor bom.
— Agora coloca todas essas na boca e mastigue juntas e sinta o sabor. — Ele me entrega seis uvas diferentes e faz primeiro e logo em seguida faço da mesma forma.
Uma mistura de sabor tomou conta do meu paladar, olhei para o senhor na minha frente sem conseguir entender como era possível que o sabor me lembrasse muito um dos vinhos tinto mais famosos que conheço, sendo que uma garrafa de uma safra de 60 anos não custava menos que vinte mil dólares.
— Meu pai construiu tudo isso aqui e, eu aprimorei a agricultura, a transformando em algo que sabia que com o passar dos anos teria muito sucesso. — Olho para o criado que continuava dando a ele algumas uvas para experimentar.
— E posso dizer que está no caminho certo. — Digo e vejo ele me dando um sorriso simpático.
— Hoje o mundo conhece os vinhos Capri por todo o globo, mas no início foi muitas tentativas e erros para chegar onde estamos hoje. — Como pude ser tão idiota assim que não associei os nomes.
— Sabe senhor Pierre, uns meses atrás arrematei uma de suas garrafas centenárias, e até agora não tive a coragem de abrir para me deliciar com aquele sabor. — Mike tentou arrematar, mas acabei ganhando dele por conta de cinco mil dólares.
— Meu filho está caminhando para que ele consiga levar para frente os negócios da família, espero que ele tenha o mesmo sucesso que consegui nos meus um pouco mais de sessenta anos com esse vinhedo. — O senhorzinho deveria ter um pouco mais de setenta anos, mais continuava ativo e cuidava de cada processo do seu vinhedo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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