Surpresa! O Bonitão que Eu Mantinha era O Príncipe Herdeiro! romance Capítulo 185

Ada estava um pouco perturbada.

Nos últimos vinte anos, a pessoa que ela mais amou foi Adriana Moraes.

O amor de uma criança por sua mãe é algo natural.

Antes do retorno de Bianca Assis, o amor de Adriana por ela era incondicional.

Mas, depois da volta de Bianca, tudo mudou.

Ela não tinha mais um lar, nem pais.

E a sua mãe biológica, Nádia Ribeiro?

Ela sequer tinha conversado cara a cara com ela.

Ada, embora tivesse investigado várias coisas sobre ela.

Mas, depois que ela foi presa, Ada nunca a visitou na prisão.

Portanto, esse sentimento dificilmente poderia ser chamado de amor.

E quanto às outras pessoas?

Para quem mais ela poderia abrir seu coração?

Os pais de Fábio?

Eles não tinham obrigação de se preocupar com ela.

Noélia Barbosa?

Noélia tinha voltado para a família Barbosa já fazia três anos.

Ela era uma ajuda distante demais para ser eficaz.

Restava apenas uma pessoa na mente de Ada.

Davis?

Desde quando?

Ela se deu conta de que, em sua vida, as pessoas em quem ela podia confiar e depender incluíam agora esse rosto.

Mas...

Ada suspirou.

Gilberto parecia ter lido sua mente.

De repente, ele disse: “Você sabia que há um antigo provérbio oriental que diz: ‘Quando a rosa está em plena floração, deve ser colhida a tempo.’ Assim como diante de alguém que te ama, não o deixe esperando em vão.”

Ada soltou uma risada: "Ele definitivamente não é uma rosa pendurada no galho."

Davis certamente não era uma flor delicada.

O maior erro de Ada em sua vida foi ter tratado ele como se fosse uma flor em uma estufa.

Ele era frio como a lua para os outros, mas para ela, era quente como o sol.

Às vezes, Ada sentia que, apesar de tentar se controlar, ela ainda se deixava levar.

Deveria terminar esse relacionamento?

Ela estava cada vez mais apegada ao seu cheiro e ao calor de seus braços.

Isso a fez sentir como se estivesse perdendo o controle.

E por que ela voltou para a Vila Verde?

Certamente não foi por causa de sua insistência.

Mas porque Ada sentia saudades dele, um tipo de saudade que a fez ceder no final.

Superficialmente, ela estabeleceu regras.

As regras eram para ele, mas na verdade, eram para ela mesma.

Ela tentava ser sensata, tentava se abster, não queria dizer a si mesma que estava caindo cada vez mais fundo e, por fim, se tornando imparável.

Se o amor fosse apenas um sentimento.

Então ela já teria caído mil vezes.

Mas o amor dela era também lúcido, contraditório, controlado e até mesmo egoísta.

Ela sempre se lembrava de que eles acabariam se separando.

Portanto, sempre o mantinha a uma certa distância.

Como uma porta meio aberta.

Ela podia vê-lo, podia tocá-lo, mas não podiam se abraçar completamente.

Até que Gilberto a fez acordar.