Surpresa! O Bonitão que Eu Mantinha era O Príncipe Herdeiro! romance Capítulo 521

Gilberto Guerra sorriu, parecendo bastante alegre: "Você ainda lembra, não é?"

"Como poderia esquecer? Quando éramos crianças, apanhávamos tanto. Aquele moleque batia como se não houvesse amanhã, lutava como um cachorro louco. E nós, mesmo sendo dois anos mais velhos do que ela, acabávamos sendo dominados e apanhando no chão. Era algo de outro mundo."

"E você não permitiu que eu revidasse, você sempre cedeu a ele quando era criança e não permitiu que eu o espancasse!"

Ovídio Guerra também parecia intrigado: "Então a pessoa que acabou de te ligar era , aquelo pequeno louco?"

Gilberto assentiu: "Ela voltou, está morando ao lado da nossa casa. Hoje é o aniversário dela, e ela queria me convidar para ir."

Ovídio animou-se: "Vamos, claro que temos que ir. Também não vejo ela há mais de uma década. Com aquela personalidade, agora deve estar um verdadeiro brutamontes."

Marcelo Guerra viu duas pessoas conversando com entusiasmo.

Não pude resistir: "Mamãe e papai disseram que há convidados importantes em casa esta noite, nenhum de vocês dois vai a lugar algum."

"Vocês dizem que pai e mãe estão morando em Luxemburgo há mais de vinte anos, que amigos eles ainda poderiam ter no Brasil?"

Os três irmãos também estavam bastante confusos.

Atrás do carro preto seguia outro veículo.

Quem dirigia o carro era Wagner Guerra e no banco de trás havia um casal de meia-idade.

O homem também estava de terno, e apesar da meia-idade, mantinha-se elegante e charmoso.

A mulher tinha cabelos curtos, aparentando ser muito jovem.

Não que seu rosto fosse jovem, pelo contrário, havia pequenas rugas nos cantos dos olhos, sem sinais de cuidados especiais.

Sua pele estava um pouco bronzeada, como pelo vento e pelo sol, mas ela parecia saudável, vibrante e cheia de energia.

Havia uma sensação de soltura em seu corpo, seus olhos eram claros e limpos como os de uma criança.

Ela abaixou o vidro para admirar a paisagem, curiosa: "As árvores de sibipiruna na Montanha de Olho já cresceram tanto, lembro-me de quando você plantou essas mudas, ainda eram pequenas."

Sim, as sibipirunas na estrada de volta para casa foram plantadas pelo próprio Dimas Guerra.

Naquela época, Clarinda estava grávida.

Dimas, percebendo sua esposa repentinamente silenciosa, sabia que ela havia se lembrado de sua filha que havia falecido prematuramente.

Ele estendeu o braço, abraçando Clarinda: "Não pense mais nisso. Hoje à noite vou te apresentar a uma garota, talvez você goste dela. Se gostar, podemos perguntar se ela gostaria de ser nossa filha de consideração."

A filha que havia falecido não era um tabu entre o casal.

Clarinda não era o tipo de mulher frágil.

Embora às vezes ela fosse ingênua como uma criança.

Mas ela era verdadeiramente forte e independente, tendo passado por verdadeiras tempestades.

Quando sua filha morreu, ela não se deixou abater por muito tempo, transformando sua tristeza em força para começar a lutar pelas crianças sofrendo ao redor do mundo.

Ela era uma renomada jornalista de guerra e fundadora da Fundação Anjos da Infância, viajando por todos os cantos do mundo para ajudar inúmeros órfãos em profundo sofrimento.

Clarinda perguntou: "Como você sabe que eu definitivamente vou gostar dessa garota?"

Dimas riu: "Quando a vi pela primeira vez, senti meu coração amolecer, um afeto imenso nasceu. Depois de tantos anos, ter a chance de vê-la novamente é, sem dúvida, um destino especial. Se ela for como imagino, podemos muito bem adotá-la como nossa filha. Creio que o Sr. Assis também estaria extremamente disposto a isso."