Surpresa! O Bonitão que Eu Mantinha era O Príncipe Herdeiro! romance Capítulo 620

O ambiente estava em completo caos.

Ada saiu e foi diretamente para a maternidade.

Depois, ela pegou o bebê nos braços.

Ao longo do caminho, suas lágrimas não paravam de cair.

Ela não sabia que era capaz de chorar tanto.

Talvez, no fundo, ela soubesse que Carolina realmente não sobreviveria.

Ela finalmente entendeu.

Carolina tinha falado tanto, chorado tanto.

Parecia tão viva, mas na verdade era apenas um último brilho.

De qualquer forma, ela precisava ver o bebê.

Mas quando Ada chegou à porta da sala de emergência com o bebê nos braços...

A porta se abriu naquele momento.

Fábio avançou: “Carolina, como ela está?”

O médico também estava com uma expressão séria e só depois de um longo tempo disse: "Sr. Carvalho, meus pêsames."

Ada ficou parada, atônita.

O bebê, como se sentisse algo, de repente começou a chorar.

O coração de Ada parecia ter sido atravessado por algo.

Um buraco queimado em sua alma.

Ela não imaginava que poderia se sentir tão triste.

Ela ficou parada lá, sentindo tudo ao seu redor nebuloso.

No final, ela correu para dentro.

Todos os aparelhos haviam parado de funcionar.

O monitor cardíaco agora mostrava uma linha reta.

Um grupo de enfermeiras estava ao lado, desligando os aparelhos dela, todos com expressões sombrias.

Carolina estava deitada tranquilamente na cama.

Como se estivesse dormindo.

Mas seu rosto estava pálido como papel, sem um pingo de cor.

Ela havia feito tantas coisas para machucá-la.

Quase a destruiu completamente, arrastando-a para a lama.

Mas as memórias da juventude, as aulas que frequentaram juntas, as noites deitadas no campo olhando as estrelas, as escapadas das aulas para ir a shows de música, as corridas de punição de dez quilômetros, os dias de ansiedade e tédio antes dos exames, a celebração de terem sido aceitas na mesma universidade, os sonhos do futuro, prometendo ser amigas para sempre, morando no mesmo asilo na velhice.

Elas tinham atravessado juntas as estações de flores e chuvas da juventude.

Nesse momento, Ada só conseguia pensar nisso.

Tudo sobre os bons tempos que passaram juntas.

Ada continuava falando com Carolina, relembrando o passado.

Falando e rindo, rindo e chorando.

Ela esperava que Carolina, como antes, quando ela olhasse novamente, tivesse aberto os olhos.

Mas isso jamais aconteceria novamente.

Carolina jazia lá, silenciosa.

Ada falou por um bom tempo, até finalmente se acalmar.

Ela se sentou na cadeira, segurou a mão fria de Carolina, com a voz baixa e um soluço: "Carolina, eu queria comer um bolinho de peixe agora."