Te Quero de Volta romance Capítulo 124

"Mamãe... Você é tão má!"

Quando viu que Stella não respondia, Adrian voltou a falar.

Ele até a cutucou com o dedo gordinho.

A mulher sentiu o dedo do filho em seu tornozelo; ele estava agindo como um gatinho rabugento. Foi muito fofo.

Pouco tempo atrás, ela estava irritada, mas, agora, por causa da fofura do precioso filho, Stella se acalmou um pouco.

O menino sempre parecia saber como deixá-la de bom humor de novo.

Ela se agachou e segurou o dedinho dele.

Então, suspirou baixinho e só pôde ceder: "Tá bem, não vou mais falar sobre o tio Tristan, ok?"

"Sim!"

"O tio Tristan é muito bonzinho, então você não pode falar mal dele!", respondeu ele, animado.

A maneira como falava do homem... Era evidente que estava do lado dele!

Até Stella ficou surpresa. Ela não sabia quando os dois tinham ficado tão próximos.

Por que não notou isso antes?

Stella colocou a mão na própria testa. Agora, a mulher não se atrevia a dizer nada sobre o homem na frente do pequenino. Caso contrário... Ela se perguntava se o filho ficaria contra ela só porque Tristan o tratou bem!

Stella acariciou os cabelos do menino e disse: "Adrian, vai se arrumar e tomar o café da manhã. Depois, a mamãe vai te levar pra escola".

"Ok!"

Adrian levantou-se com obediência.

Antes de ir ao banheiro, ele fez questão de ir até o sofá, pegar um carro de corrida e levá-lo junto consigo.

Stella viu essa cena e balançou a cabeça.

Crianças gostavam de brinquedos; isso era normal. No entanto, enquanto moraram no exterior, a mulher realmente não deu a devida importância a esse fato.

Ela nunca comprou um brinquedo tão bom para o filho quanto os que Tristan lhe havia dado. Sem falar da quantidade absurda que o homem havia comprado; ela nunca pensou que eles fossem tão importantes assim.

Quando eles estavam no exterior, Stella era responsável por prover para ambos. Além disso, precisava gastar uma parte do dinheiro com a avó de vez em quando. Sendo assim, a quantidade de dinheiro que a mulher tinha guardado... era praticamente zero!

Eles quase não tinham economias.

Principalmente porque, por tantos anos, a mulher teve que gastar muito dinheiro para compensar as coisas que faltavam. Não havia ninguém que a ajudasse.

Ou seja, ela sequer chegou a pensar na possibilidade de comprar esses brinquedos caríssimos...

Adrian gostava muito de Tristan agora. Talvez fosse porque, no fundo, a criança sempre quis um pai. Afinal, ainda lhe faltava amor paterno.

Por conta disso, os dois ficavam muito felizes enquanto estavam juntos, e, até mesmo agora, na frente de Stella...

Ele estava protegendo o homem.

Parecia que... O menino gostava dele do fundo do coração!

Stella sentiu um certo pesar quando se deu conta disso.

Talvez ela estivesse errada em sempre insistir que aguentava cuidar da casa sozinha e arcar com a responsabilidade de criar Adrian.

Ainda que pudesse sustentá-los financeiramente...

No final das contas, Adrian só tinha crescido com o amor materno. Sentir o amor de um pai era uma experiência que ele nunca havia tido antes.

Às vezes, quando Stella pensava nisso, ficava se perguntando se tomou a decisão certa ao ter o filho em segredo.

Embora tivesse lhe dado a vida, ela não conseguia dar a Adrian o melhor...

Esse provavelmente era o seu maior arrependimento!

Depois que a mulher se acalmou, ela foi para a cozinha preparar o café da manhã para o menino.

Devido à barulheira de antes, até mesmo Emily acordou.

Foi aí que viu a bagunça na sala de estar!

As embalagens abertas e os brinquedos do menino estavam espalhados por toda a sala... Ela ficou pasma.

"Eu ainda tô dormindo? Não é possível... Quem fez isso aqui?!"

O choque foi o suficiente para despertá-la. "Stella, você não me disse ontem à noite que ia vender todos os brinquedos? Você acordou mais cedo? As embalagens estão todas rasgadas!"

"Madrinha!"

Adrian, cuja boca ainda estava cheia de pasta de dente, ouviu a voz de Emily.

Ele segurava a escova com uma mão e o carrinho de brinquedo com a outra.

"Olha! O meu carro de corrida é legal?"

Então, Adrian ergueu o carrinho, como se temesse que a mulher não conseguiria vê-lo.

"Minha nossa... Meu principezinho! No fim, foi você que rasgou tudo!"

Emily se agachou para pegar o carro na mão do menino e disse: "Quem mais poderia ter aberto as embalagens dos brinquedos? Adrian, você não poderia pelo menos ter tomado um pouco de cuidado na hora de abrir? Como vou vender isso aqui mais tarde, agora que tá tudo assim?"

Ela parecia preocupada.

Adrian, por sua vez, estava parado na frente dela e ficou sem reação quando ouviu isso.

Mas, cinco segundos depois...

Ele entrou em estado de alerta!

Com um olhar relutante, ele apertou o carrinho contra o peito, usando as duas mãos: "Quem disse que eu vou vender eles? O tio Tristan me deu esses brinquedos, e eu não quero dar eles pra mais ninguém!"

Enquanto o menino falava, a espuma em sua boca respingou no rosto de Emily...

Algumas bolhas brancas se espalharam pela cara dela.

A mulher não gostou muito disso!

"Ô, principezinho... Pode falar direito, por favor? Não precisa cuspir em mim!"

Emily franziu a testa, irritada.

Adrian bufou e a ignorou. Segurando o brinquedo, ele voltou ao banheiro.

Antes de sair, gritou: "Os brinquedos são meus, e vocês não podem colocar as mãos neles! Senão, vou ficar com raiva!"

Enquanto as avisava, o garotinho pisou forte no chão, para deixar claro como era forte.

As duas o observaram, sentindo-se envergonhadas.

Stella não sabia mais se deveria tocar nos brinquedos do filho.

Emily disse: "Ei, Stella, acho melhor você deixar pra lá. Não vende os brinquedos. Você nem vai conseguir muito dinheiro, de qualquer jeito. É melhor ficar devendo pro Tristan. Enfim, você já tá devendo por tudo que ele fez quando você era mais nova, então o que é mais uma coisa..."

Ela... falou como se não fosse nada de mais!

Era como se não tivesse problema ficar devendo tanto a Tristan!

Stella revirou os olhos. "Você é péssima."

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