Te Quero de Volta romance Capítulo 16

Depois que todos do departamento de projetos terminaram de brindar...

Elena olhou para RK, deu um sorriso forçado e disse: "Sr. RK, nós estamos todos brincando. Por favor, não nos leve a sério..."

Mas quem era RK?

Era desnecessário dizer que ele nunca perdia tempo com pessoas desimportantes.

Nesse momento, quando Elena falou com RK, ele sequer olhou na direção dela. Era como se ela não estivesse falando com ele.

Elena também conhecia a natureza do homem e se apressou em acrescentar:

"Bom, sr. RK, vamos nos despedir agora".

Após dizer isso, ela saiu com os outros 20 funcionários.

Stella também não queria ficar ali, então logo os seguiu. Todavia, assim que deu o primeiro passo, como estava olhando para frente, não notou que tropeçou no pé de alguém.

Por conta disso, a mulher caiu para frente, mas tentou manter o equilíbrio, o que a fez pisar na saia do longo vestido de outra pessoa.

A saia fez com que ela não conseguisse ficar firme. Primeiro, ela tropeçou no pé de alguém, depois pisou em um vestido...

Stella tinha a sensação de que estava absurdamente azarada nessa noite.

Ela apenas fechou os olhos, preparando-se para a queda e para a vergonha que passaria.

Mas, depois de esperar alguns segundos, a mulher não sentiu dor nenhuma. Quando abriu os olhos, viu que um homem forte a segurou pela cintura e a impediu de cair...

O pulso dele era tão forte que ele a pegou com uma só mão e a colocou no lugar que estava antes.

Stella ficou ali, parada, com um pouco de vergonha.

Ela olhou para a mão do homem na cintura dela. Os dedos dele eram longos, e a mão era clara. Era possível ver com clareza as juntas dele...

Ele não aplicava muita força, mas também não aplicava pouca. Ela conseguia sentir a temperatura da mão dele na cintura. A mão era quente.

Mas, enquanto estava sendo segurada desse jeito, Stella sentiu o corpo ficar entorpecido. Ela não ousava se mexer.

A mulher olhou melhor para a mão dele em sua cintura.

Como ele tinha acabado de puxá-la, as costas dela estavam pressionadas contra o peito do homem. Eles estavam mais próximos do que antes.

Stella olhou para cima. Contudo, por causa da diferença de altura entre os dois, só conseguia ver o pomo de adão dele.

A forma como o pomo de adão se mexia, o cheiro familiar do corpo do homem, o calor emanando da mão dele...

Stella achou aquilo familiar demais.

O coração estava muito acelerado.

Por um momento, ela só desejou ficar assim e não soltá-lo mais...

"Stella, você tá bem?"

Sophia levantou-se e interrompeu os pensamentos dela.

Depois disso, puxou Stella para o lado, afastando-a do homem, de forma que ela parou de sentir o calor do corpo dele.

Sophia olhou para ela e perguntou: "Você tá machucada? Como caiu? Tá se sentindo bem? Quer que eu te leve ao hospital?"

Agora, a meia-irmã estava se comportando da maneira oposta à de quando se encontrou com Stella pela primeira vez na entrada do banquete.

No momento, estava fingindo ser uma irmã mais carinhosa. Era como se fossem as irmãs que mais se amam no mundo.

De qualquer forma, Stella já havia se acostumado fazia muito tempo com o fato de ela ter duas caras.

Seis anos atrás, Sophia também era assim o tempo todo. Na frente de RK, comportava-se como a irmã mais carinhosa de todas.

"Haha! Lilly, você é jovem demais pra entender. Isso foi só um truque pra se fazer de difícil e chamar a atenção do chefe."

Uma mulher usando um vestido curto vermelho-vivo e maquiagem pesada continuou: "Olha pro salão de festa. O chão é plano, e ela tá usando rasteirinhas. Onde poderia ter tropeçado? Ainda assim, ela caiu... Isso só pode significar que foi de propósito".

"Sim, você tem razão. O sr. RK só tava cuidando de uma funcionária. Você não ouviu o que ele disse antes? É melhor não beber muito porque a gente ainda tem que trabalhar amanhã. É só que tem gente que é sem-vergonha demais e se acha a última bolacha do pacote."

Por um momento, as pessoas começaram a discutir na mesa.

Todos olhavam com hostilidade para Stella.

Às vezes, as mulheres agiam assim. Quando viram que o chefe havia sido gentil com a funcionária, jogaram a culpa nela.

Stella não queria explicar nada para ninguém. Ela sabia que, não importava o que dissesse, elas não acreditariam que foi Sophia quem a fez tropeçar.

A mulher largou a colher e estava pronta para sair. Porém, de repente, Elena, que estava sentada ao lado dela, repreendeu as funcionárias:

"Calem a boca! Vocês já não passaram vergonha o suficiente na frente do chefe? Ainda querem causar problemas?"

Assim que ela disse isso, todos na mesa ficaram chocados e em silêncio, sem a coragem para abrir a boca de novo.

Ela empurrou os óculos e perguntou: "O que foi que eu falei antes de vocês entrarem na empresa? Já se esqueceram?"

Todas continuaram em silêncio.

A mulher continuou com frieza: "Vou repetir então: vocês precisam ser unidas. Não importa qual o relacionamento que a Stella tem ou não com o chefe. Ou se ela conhece ele ou não. O que importa é a imagem da nossa equipe na empresa. Por isso, não vou permitir que vocês falem coisas que prejudiquem a imagem do departamento... Vocês estão me ouvindo?"

Embora Elena fosse um pouco rígida ao lidar com certas situações, ela era, pelo menos, justa.

A mulher não admitia que alguém fosse caluniado assim.

Talvez fosse por isso que era uma gerente na empresa.