Te Quero de Volta romance Capítulo 160

"É que, no fim das contas, vocês são irmãos. No futuro..."

"Stella, a Sophia foi longe demais. Eu sou o irmão dela, então tenho que falar essas coisas pra ela."

"Ok..." Não importava o que a mulher dissesse, não conseguiria impedir Tristan de cuidar dela.

Desde que era criança, para protegê-la, o homem discutiu com a mãe e com a irmã mais de uma vez.

"Não se preocupa, se o RK quiser competir com você pela custódia do Adrian, é possível que não ganhe. Primeiro de tudo, ele nem queria ter esse filho. Segundo, por mais que tenha muito mais dinheiro do que você, foi você que criou o Adrian, e a conexão de vocês é profunda. Mesmo que o caso vá a julgamento, o direito de criar o filho deve ser dado a você. Em casos como esse, na maioria das vezes, a guarda é concedida à mãe, ainda mais em uma situação como a sua. O mais importante é que ele quer se casar com Sophia. Além disso, tem uma filha, então não vai ganhar a menos que o próprio Adrian tome a iniciativa de pedir pra morar com ele."

A opinião de Tristan foi reconfortante para Stella, que estava mais calma agora.

Ela até pensou que o que o homem disse fazia sentido, portanto ele devia ter razão.

No final, ela provavelmente ainda terminaria com a custódia de Adrian.

De fato, tirando que ele era mais rico do que ela e tinha status, o que RK poderia fazer para convencer os outros de que Adrian estava melhor com ele?

Vendo que ela parecia mais tranquila, Tristan manteve suas preocupações para si.

Ele temia que, quando fossem ao tribunal, RK faria tudo o que pudesse para vencer.

O homem não havia mentido; em circunstâncias normais, Stella ficaria com o filho. Todavia, se RK tivesse os meios para fazer o juiz ficar de seu lado...

Talvez por ter acordado tão cedo e por ter ficado fisica e mentalmente exausta após interagir com RK, enquanto Tristan a levava de volta, ela adormeceu.

Quando chegaram, ele não teve coragem de acordá-la.

No momento em que a viu dormindo, ele não pôde evitar pensar nos sentimentos que nutriu por ela nos últimos seis anos.

Seis anos... Ela sabia o quanto ele a amava?

No passado, ele pensou que, se tivesse a chance de vê-la mais uma vez, com certeza a protegeria e não permitiria que ninguém a machucasse, nem mesmo Sophia ou a mãe dele.

"Stella, espero que você se case comigo. Com certeza vou dar um lar pra você e pro Adrian."

"Vou tratar ele como trataria meu próprio filho."

"Se você tem medo de que a gente tenha filhos depois que nos casarmos, o Adrian pode ser o único, pra não ficar triste."

"Como eu queria que você me amasse desse jeito..."

A mulher, que estava em um sono profundo, acordou quando ele começou a sussurrar, porém não se atreveu a abrir os olhos, então fingiu estar dormindo.

Ela estava constrangida e sentia vergonha.

Além disso, não pôde evitar se sentir triste. Sim, às vezes ela também pensava em como seria ótimo se fosse de Tristan que ela gostasse.

Até mesmo Emily sentia inveja quando via como o homem a tratava bem.

Já que amava a mulher, ele não olhou para nenhuma outra garota por anos.

Apesar de Stella já ter Adrian, o amor que o homem tinha por ela nunca mudou. No momento, ele estava disposto até mesmo a fazer de tudo por ela e pelo menino, que sequer era filho dele.

"Stella, chegamos. É melhor você entrar em casa e ir dormir. Se você dormir no carro, vai ficar com dor nas costas."

Ele preferia que ela não fingisse estar dormindo.

A razão pela qual Tristan não disse nada sobre isso foi porque não queria que ela ficasse constrangida.

O homem a conhecia bem, já que cresceram juntos. Não era a primeira vez que Stella fingia dormir na frente dele. No passado, porém, ela fazia isso para brincar com ele.

No entanto, agora, ela estava fazendo isso para não conversar sobre um assunto que a deixava desconfortável.

"Nossa, eu peguei no sono? Faz quanto tempo que eu tô dormindo? Tristan, você deve estar ocupado hoje. Pode voltar ao hospital pra trabalhar. Vou ficar bem!"

A mulher ficou com a consciência pesada, por isso mudou de assunto. Ela saiu do carro, mas o homem estava preocupado com ela.

Ele desceu do carro também e falou: "Se não se importa, vou te acompanhar. Já pedi pro hospital me dar uma folga no horário da manhã".

Será que ela podia dizer que se importava?

De manhã, o homem não apenas deu um soco em RK, como também levou Adrian para a escola. Ele a protegeu por tantos anos de todo tipo de coisa e sempre disse que não se importava. Contudo, qual era o perigo de entrar na própria casa?

Vendo que ela estava hesitando, Tristan caiu na gargalhada.

"Não posso deixar você carregar as malas sozinha. Daqui a pouco, vou embora!"

Após ouvir isso, Stella deu um suspiro de alívio.

Ela pensava que ele queria ficar com ela no apartamento.

Se fosse o caso e ela adormecesse e o deixasse sozinho ali, não seria bom.

No momento em que entraram lá, a mulher serviu um copo de água para o homem, que o bebeu às pressas.

"Cof, cof!"

Vendo que ele havia se engasgado com água, ela não sabia se ria ou se o ajudava. "Tristan, você voltou a ser uma criança? Tá com tanta sede assim?"

"Homens agem feito crianças diante da mulher de quem gostam... Stella, como eu disse, não te vejo como uma irmã, mas sim como a mulher que é o alvo dos meus sentimentos românticos!"

Tristan ficou segurando o copo d'água enquanto olhava com seriedade no fundo dos olhos dela.

"Se... Se você não se importar, então... Depois que a questão com o RK for resolvida, vou pensar com carinho no assunto."

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