Te Quero de Volta romance Capítulo 165

Enquanto Adrian estava feliz comendo arroz com limão, Alia estava fazendo birra em casa.

"Não quero! Não quero! Eu não pedi irmão nenhum. Quero que você dê atenção só pra mim. Papai, você não me ama mais? Não tenho ninguém além de você, então o que vou fazer se me abandonar pra cuidar de outra criança?"

O choro de uma menina tão novinha era de partir o coração.

Os olhos dela, cheios de lágrimas, estavam inchados de tanto chorar. No entanto, RK permaneceu impassível e a deixou reclamar o quanto queria.

Se fossem circunstâncias normais, o homem não suportaria deixá-la derramar uma lágrima sequer.

O quarto de princesa, todo rosa e lindo, estava uma bagunça no momento. Alia havia quebrado tudo. As bonecas que a menina guardava no armário inferior, aquelas pelas quais tinha muito carinho, estavam jogadas aos pés de RK.

O homem franziu a testa o máximo que pôde e perguntou com calma: "Já terminou?"

"Papai, você disse que eu era a única que você amava. Por que mudou de ideia? Não gosto que você fale com outras crianças nem quero um irmão. Buáaa!"

O grito estridente ecoou por todo o quarto. A madame Mia, que estava do lado de fora da porta, não aguentava mais. Ela não pôde evitar dizer: "Senhor, a Alia ainda é muito novinha... Se ela continuar a chorar assim, vai machucar a garganta".

Ela sentia pena da criança, e RK também.

No entanto, dessa vez, ele não podia deixá-la fazer o que queria.

"Alia, se você continuar chorando, seus olhos vão inchar tanto que você não vai mais conseguir me ver nunca mais! É isso que você quer?"

De repente, a menina ficou quieta. Parecendo magoada, ela foi correndo até ele. Por fim, deu-lhe um abraço apertado e carinhoso e berrou: "Papai, por que você me arrumou um irmão? Não quero! Não quero que você dê atenção pra mais ninguém!"

Alia estava um pouco rouca. Ela havia chorado tanto que não conseguia parar de tremer.

RK finalmente tentou acalmá-la. Ele se agachou na frente dela e, quando viu os olhinhos vermelhos e inchados da menina, sentiu um aperto no peito. Com um tom de voz mais brando, ele disse: "Alia, prometo que, mesmo se eu tiver o Adrian, ainda vou te amar como sempre amei. Não seja boba, tá bom?"

"Alia? Alia...!"

Com um baque, o corpo frágil da menina caiu nos braços dele, como se ela tivesse perdido as forças de repente. RK perdeu a calma e gritou: "Chamem o dr. Wyatt! É uma emergência!"

"Eu não devia ter deixado isso acontecer!"

RK se culpava mais do que deveria. Depois que o médico saiu, o homem ficou sozinho no quarto de Alia, segurando a mãozinha dela sem apertar muito forte. Dava para ver como ele se sentia mal.

"Alia, fala comigo! O que posso fazer?"

"Como posso fazer você aceitar o Adrian?"

Ao vê-la franzir as sobrancelhas, ele sorriu. "Como você é boba... Por que tem tanto medo de que eu vá parar de te amar? Você é a minha filha, e nunca vou amar ninguém mais do que te amo!"

"Mas o Adrian... também é o meu filho!"

"Alia, no futuro, vou achar um momento pra te contar. Se você puder aceitar ele, vou falar tudo pra você..."

Segurando as mãozinhas dela, ele sussurrou tudo isso para a menina. Então, não conseguiu evitar pensar em uma certa mulher.