Te Quero de Volta romance Capítulo 262

"Ora, ora, sabia que eu não tinha me enganado. É, Rene, você é a única pessoa em quem posso confiar."

Grace estava alegre.

"Bem, tudo certo, vovó. Vou desligar se não tiver mais nada a dizer. Por que você não dorme cedo hoje?"

"Ok, ok. Me visita quando estiver livre, porque aí ligo pra Stella e peço pra ela vir também." Grace sorriu com segundas intenções, pois queria deixar os dois passarem mais tempo juntos.

RK ficou sem palavras.

A vovó estava determinada a empurrar Stella para ele...

Após desligar a ligação com o homem, Grace se sentiu revigorada e aliviada. Até mesmo a comida tinha um gosto melhor do que antes.

Para ela, a situação era a seguinte: Rene gostava de Stella. Contanto que ele aceitasse Adrian, o problema estaria resolvido.

No entanto, a verdade era que ela estava ignorando os sentimentos de Stella. Se a neta não concordasse em ficar com RK, ninguém poderia fazer nada a respeito.

Então, pensando bem... O problema ainda era o mesmo.

De qualquer forma, era apenas uma questão de tempo para Grace. Enquanto isso, no escritório de RK...

Depois que ele desligou a ligação, de repente sentiu-se tão cansado como se tivesse corrido uma maratona.

A velha tinha boas intenções, mas ele não esperava que ela fosse confiar tanto nele. O homem era grato pela confiança dela, mas acreditava que o amor e sentimentos românticos deviam ser mútuos. Hipoteticamente, mesmo que ele estivesse disposto a cuidar de Stella pelo resto da vida, talvez ela não concordasse com isso. Afinal, o ódio dela era profundo até demais.

Ele não sabia como fazer a mulher não odiá-lo mais. Ela "não odiá-lo" não significava que deveria fazer tudo que ele queria, como antes, mas sim que eles deveriam conversar de igual para igual, sem a interferência de emoções negativas.

Isso era algo que talvez ele nunca conseguisse fazer na vida.

Ele achou melhor não pensar nisso. Tudo dependia do que a mulher queria.

Naquela noite, Stella não parou espirrar. Será que alguém estava pensando nela?

Ela não fazia ideia de que RK e Grace estavam tramando um com o outro, mas o sexto sentido dela era ótimo. Ela sempre se sentia como se estivesse sendo vendida pelos outros.

Emily soube que Stella havia recebido alta e ficou furiosa. Quando elas conversaram por celular, a garota disse que precisava ir ao hospital para ajudá-la a ficar melhor. Então, na hora do almoço, ela saiu correndo da empresa.

Por causa da doença de Adrian, Stella não ia ao trabalho fazia vários dias, então não sabia o que estava acontecendo na empresa. Será que as pessoas já estavam falando sobre ela?

Assim que Emily passou pela porta, lançou um olhar feroz à amiga. No entanto, como Adrian estava lá no quarto, ela não poderia falar sobre Stella ter recebido alta, o que a obrigou a sofrer calada.

Contudo, Adrian notou a sutil mudança de expressão da mulher.

"Tia Emily, que cara é essa? Você não pode matar a mamãe!" Adrian defendeu a mãe na mesma hora. Ninguém ousava desobedecer o menino... tirando Emily, que era ainda mais injusta que ele.

"Ei, moleque, o que você tá falando? Quando eu conheci a sua mãe, você nem tava na barriga dela!", retrucou ela.

"Eu não tava na barriga da mamãe? Onde eu tava, então?", perguntou Adrian curioso.

A pergunta deixou Emily perplexa.

Será que ela deveria contar que ele era um espermatozoide no corpo de RK? Ou um óvulo no corpo de Stella?

Como se tivesse percebido que a amiga ia dizer algo indecente, Stella piscou furiosamente para ela, sinalizando que Emily deveria ficar calada.

"Você... É claro, você tava no... espaço sideral! Naquela época, você não tinha entrado na barriga da mamãe ainda. Você ainda não conhecia ela." Na verdade, Emily achava que era um pecado mentir para uma criança.

"Ah, é mesmo? Tia Emily, você também veio do espaço sideral? Será que você entrou na barriga da mamãe antes de mim?" O menino, que era muito espertinho, acabou pegando a mulher de surpresa com a pergunta sarcástica.

"Pff..." Stella não se conteve e caiu na gargalhada.

"Ei, Adrian. Você tá passando dos limites, heim! Eu sei que você perguntou de propósito. Eu sou a sua madrinha e nasci da barriga da sua avó. Ou seja, eu nasci da mesma barriga que a sua mãe!" Emily fez um longo discurso, falando o mais rápido que podia, e aí foi a vez de Adrian ficar estupefato.

"Ah, e a minha vó ficou com o estômago mole quando você nasceu? Ouvi dizer que, quando uma criança não quer nascer, eles precisam abrir a barriga da mãe e tirar o bebê de lá pelas orelhas!" Adrian continuou fingindo inocência. Emily, por outro lado, não teve coragem de responder.

Stella riu tanto que ficou sem fôlego. Por que ela não estava ciente de que o filho era tão esperto? Será que o menino tinha aprendido essas coisas na escola? Por que ela não estava sabendo?

"Que bom pra você, Adrian. Você mexe comigo só porque eu tenho vergonha de dizer certas coisas, né? Pode esperar sentado; quando você crescer, vou te fazer passar vergonha também, aí você vai ver o que é bom pra tosse." Emily sentou-se com raiva no sofá, que estava encostado na parede, depois pegou um copo, furiosa, e tomou um gole d'água. Em seguida, olhou feio para o menino.

Stella achou que os dois se davam muito bem.

"Tia Emily, você não pode falar assim quando a gente tá conversando sobre a vovó. Ela se esforçou pra te criar por tantos anos... Então você tem que ser grata a ela", afirmou Adrian com seriedade.

"Você... Seu..." Emily estava sem palavras. Por mais que o menino parecesse estar dando uma bronca nela, ela achava que ele tinha razão.

Ah, não... O pequenino havia dado uma lição de moral nela?

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