Te Quero de Volta romance Capítulo 265

"Você já terminou de reclamar?" RK se aproximou de Stella e sentou-se ao lado dela, como se estivesse prestes a ter uma boa conversa com ela.

"Não é da sua conta!" Stella tentou controlar as próprias emoções para parecer mais normal.

"Eu falei que ele era a minha carne e sangue. Eu sempre vou o ser o pai dele. Não importa o que aconteça, sei que ele vai me aceitar." RK falava com muita confiança.

"Não quero discutir com você sobre isso, nem forçar o Adrian a fazer algo que ele não queira. É por isso que não vou interferir nas interações de vocês." Stella levantou-se da escada, ajeitou as roupas e se preparou para sair de lá.

"Enfim, eu queria te agradecer. Obrigado, Stella, por ter tido o Adrian e por ter deixado ele me reconhecer como pai." A expressão de RK continuava fria como sempre, mas ele disse algo muito chocante.

"Eu não quero que você me agradeça, só quero viver em paz com o meu filho. Se quiser mesmo demonstrar gratidão, deixa a gente em paz."

"Será que a gente não pode ter uma conversa sem falar disso toda vez? Stella, você não consegue conter as suas emoções por um segundo?"

"Você não consegue deixar eu e o Adrian em paz e ainda me pede pra conter as minhas emoções?" A mulher se retirou antes de ver a reação de RK.

Quando Stella voltou para a enfermaria, deparou-se com o filho sentado na cama, lendo uma história em quadrinhos. No momento em que Adrian viu que a mãe estava de volta, largou o gibi e olhou para ela com os grandes olhinhos azuis, piscando confuso.

Ah não, será que a mamãe estava com raiva dele? Mas ele não havia feito nada de mau de propósito. Será que ela pensava que ele havia perdoado o tio maldoso? A intenção dele era só passar de fase no jogo...

"Mamãe... Mamãe...?" O pequenino estava tímido, o que o tornava ainda mais fofo.

"O quê? Qual é o problema?", perguntou Stella.

"Você tá brava comigo? Eu não fiz por mal..."

"Não, eu não tô brava com você." Stella balançou a cabeça devagar.

"Você tá sim, mamãe, eu tô vendo. Não fica com raiva; prometo que não vou mais falar com o tio malvado..."

"Adrian", corrigiu-o a mulher, "O tio malvado é o seu pai. Ele tem o direito de ficar com você, e eu não posso impedir ele."

Na verdade, ela se arrependia muito de ter agido daquela forma perto do filho. Era melhor não ter dito nada. Adrian era apenas uma criança, que não deveria ter que sofrer tanto. Não importava o quanto ela estivesse triste, não deveria ter feito o filho ficar triste também.

Porém, se ela de fato perdesse o processo e Adrian ficasse na custódia de RK, o menino teria que aceitar a situação. Será que ele conseguiria?

Stella se sentou no sofá e olhou para o filho no escuro, sentindo-se impotente.

O que ela deveria fazer? Adrian precisava de um pai, então será que era melhor deixar RK cuidar dele? Todavia, o menino também precisava dela, e, além disso, o homem já tinha Alia. Ela não lhe bastava? Por que ele precisava brigar com Stella pela custódia de Adrian? Por quê?

Fazia tantos anos que a mulher conhecia RK, mas continuava sem compreendê-lo. Ela nunca entendeu o que ele estava pensando, não importava se era quando estavam casados, quando estavam para se divorciar, ou quando ele insistia em tirar dela a custódia de Adrian.

Ele não revelava os próprios sentimentos para ninguém.

Será que ele se sentiu solitário durante os anos em que não teve a companhia de Alia?

Às vezes, Stella achava que RK era uma pessoa contraditória, porém de bom coração. Sempre que ele fazia algo de ruim, havia uma boa razão, o que levava a mulher a se sentir ainda mais impotente.