Te Quero de Volta romance Capítulo 38

Dentro do quarto de hospital, eles ainda estavam conversando sobre a volta para casa quando uma enfermeira entrou lá para pedir que fossem embora.

Stella parecia envergonhada.

Agora...

Ela não só estava com um celular sem bateria, como também não tinha uma amiga que viesse buscá-la. A mulher tinha acabado de ser expulsa da enfermaria, porque a enfermeira disse que o horário de visita havia acabado.

Stella ficou pensativa...

Da próxima vez que voltasse para ver a avó, ela pesquisaria tudo direitinho. Primeiro, precisava verificar o horário desse homem, para que não o encontrasse sempre que viesse ao hospital.

Não era fácil encontrar o inimigo todas as vezes.

Isso lhe trazia azar.

Grace olhou para os dois, acenou com a mão e disse: "Stella, vai logo pra casa. Tá ficando tarde. Até a enfermeira veio apressar vocês. Já são 10 da noite... É tão tarde pra ir pra casa que fico preocupada com você".

A avó parecia querer que ela saísse de lá o quanto antes.

Não importava o que acontecesse, Stella não podia mais ficar recusando. Ela não queria ir embora com esse homem.

Porém também não podia deixar isso afetar o descanso da avó. Ela estava preocupada com a saúde dela.

Com uma expressão aflita no rosto, Stella disse: "Tá bom, vovó... tô indo embora".

"Ok, ok... toma cuidado."

Após dizer isso, Grace olhou para RK, que estava parado atrás da neta, e piscou para ele. Stella nem precisou pensar no que a avó estava tentando dizer para ele.

RK também abriu a boca.

"Vovó, assim que ela chegar em casa, te mando uma mensagem."

Foi o que ele comentou.

Toda vez que o homem falava, era com sua voz calma e firme. Talvez fosse por causa disso que tudo o que ele dizia soava muito convincente.

Era como se tivesse facilidade para fazer as pessoas confiarem nele.

Talvez, por essa razão, Grace acreditava que, se Stella fosse casada com Rene, ela seria muito feliz no futuro.

Todavia, a mulher franziu a testa, porque odiava esse homem ainda mais por enganar a avó dela assim.

Era impossível que houvesse qualquer coisa entre eles, mas o número de mal-entendidos aumentava cada vez mais. Era divertido, de alguma forma?

"Vovó, não tem motivo pra dar trabalho pro sr. Kingston."

Stella recusou com uma expressão fria no rosto.

Não importava se a avó a levasse a mal, porque não conhecia a relação entre os dois.

O problema era que o homem era diferente.

Ela já havia sido clara da última vez, dizendo para ele não voltar para ver a avó dela de novo, no entanto... Ele não lhe deu ouvidos. RK ainda vinha ao hospital com muita frequência para visitar a avó dela e deixá-la pensar que eram um casal.

O que ele estava tentando fazer?

"Stella, não fala isso. Já tá tão tarde. Não é seguro pra você voltar sozinha. Só vou ficar à vontade quando você estiver aos cuidados do Rene."

Depois que Grace disse isso, ela acenou para a neta e continuou: "Ok, agora, vão logo, vocês dois. Tô cansada e quero descansar. Mais uma coisa, Rene: dirige com cuidado".

A velha não esqueceu de lhe desejar uma boa viagem.

RK respondeu com educação: "Pode deixar. Vovó, a gente tá indo".

Depois que os três se despediram, Stella saiu triste do quarto, junto com o homem.

Antes, Stella não queria mesmo ir com ele, mas então pensou um pouco e acabou concordando.

Porque, quando ela estava na frente da avó no hospital, não conseguia recusá-lo, e era pior quando estava sozinha com ele.

Enfim, ela sabia muito bem como era a personalidade do homem. Se ousasse desobedecê-lo.

Era ela quem sofreria no final.

E, ainda por cima, teria que acabar seguindo as vontades dele.

Por exemplo...

Seis anos atrás, quando eles não eram divorciados...

Stella ainda estudava em uma universidade naquela época, e RK trabalhava fazia muitos anos.

Ela não costumava passar muito tempo em casa, pois ficava a maior parte dele na faculdade. Entretanto, sempre que chegavam as férias de verão ou de inverno...

Ela voltava para casa. Porém, em casa, a mulher não tinha muito o que fazer. RK passava quase todo o tempo em viagens de negócios, e ela ficava ali, sozinha.

Como um fantasma.

Claro, os servos ainda estavam lá. Mas só ouviam as ordens de RK, e Stella não era nada para eles.

Então, todos os dias, a mulher não tinha nada para fazer, só dormir, comer, dormir, comer e assim por diante.

Era como se estivesse morando sozinha em uma mansão gigante.

Não era que ela não quisesse sair com as amigas para fazer compras ou passear, mas toda vez que falava disso na frente do marido, ele sempre rejeitava a ideia e não a deixava sair.

No final, Ela só podia sair para fazer compras com RK.

Stella ficava com vontade de gritar:

'Aff! Eu quero sair pra fazer compras com as minhas amigas justamente porque quero reclamar de como você não me deixa sair e me coloca em prisão domiciliar!'

Todavia...

Ela preferiu deixar para lá... Ainda era melhor sair para fazer compras com RK, como se fosse um trabalho, do que ficar mofando em casa, entediada.

Por isso, ela concordou em ir com ele.

Dessa forma, no dia seguinte...

Ela já havia avisado a RK que sairia com ele para fazer compras no shopping à tarde.

Stella se vestiu muito bem, porque era a primeira vez que sairia em um encontro com o marido. Ela queria estar bonita.

Entretanto, depois que já estava arrumada, a mulher ficou esperando por bastante tempo sem que o homem aparecesse.

No final, após tanto esperar, Stella enfim decidiu ir até a empresa dele para buscá-lo em pessoa.

Apesar de que eles já haviam combinado de sair em um encontro, e ela achava que isso estragava tudo.

Quantas mulheres no mundo iam buscar o homem na empresa onde ele trabalhava no primeiro encontro? Obviamente, nenhuma mulher jamais teve que fazer algo do tipo.

Mas lá estava Stella, fazendo isso por ele.

Ela não achava aquilo certo, mas ainda se esforçou para ir lá.

Stella pegou o elevador direto para o escritório do presidente e entrou.

Mas, assim que abriu a porta, viu uma cena que a fez se sentir chocada e injustiçada.

A mulher sentia como se alguém tivesse puxado um tapete debaixo dos pés dela.

Ela olhou para as duas pessoas no escritório e quis rir de si mesma.

Stella se sentiu uma tola por ter ficado esperando por ele em casa, para que eles saíssem para um encontro, enquanto ele estava aqui...