Te Quero de Volta romance Capítulo 40

Se Stella não soubesse o que estava acontecendo ali, não havia dúvida de que aquilo que ela disse faria as pessoas entenderem mal as intenções dela para com o homem.

Só ela sabia o quanto o coração estava acelerado agora. Ela sentia que ele estava prestes a saltar para fora do peito.

Era a primeira vez que ela dizia algo assim para um homem.

Nessa situação, em que um homem e uma mulher estavam sozinhos no mesmo quarto no meio da noite...

Palavras como aquelas poderiam facilmente ser mal interpretadas.

Stella falou com o homem na frente dela, mas ele não se mexeu. Era como se não a tivesse ouvido.

Ela sabia que havia falado baixo, mas...

Não falou tão baixo que o homem, em um lugar tão quieto, não pudesse ouvi-la.

Sendo assim, qual era a intenção dele?

Stella olhou para RK e insistiu: "Vai logo! Tira as calças. Vou lavar elas pra você".

Esse maldito. Por que a fez se repetir antes de começar a se mexer?

Ela o xingou em seus pensamentos.

Rene Kingston ergueu o braço, olhou para a mão direita, que estava machucada e disse: "Não consigo por causa do machucado... Tô fraco".

O tom dele... foi o mais arrogante possível.

Ele falou uma coisa dessas de um jeito tão descontraído.

Era como se agora, por ele estar machucado, ela tivesse que tratá-lo como um rei.

O homem conseguiria fazê-la morrer de raiva se quisesse!

Quando eles estavam no carro, por que ele não reclamou que a mão estava machucada?

Quando ela estava dando comida para ele no hospital, por que ele não reclamou que a mão estava machucada?

De repente, a mão dele era feita de vidro?

Stella estava furiosa!

No entanto, o homem tinha o poder nessa situação. Stella não podia fazer nada, portanto apenas engoliu o sapo e respondeu: "Tudo bem, então... Não preciso lavar elas agora".

Apesar de estar se contendo, o tom dela era ameaçador.

De qualquer forma, a mulher sabia muito bem o quanto o presidente era obcecado por limpeza, então não demoraria para que o homem tirasse as calças por conta própria.

Afinal, ela já estava se oferecendo de bom grado para lavar as calças para ele.

Por causa disso, ela não queria ter que fazer mais pelo homem.

RK ergueu as sobrancelhas e disse: "Então você tá planejando pagar por elas? Tudo bem... Não tem problema nenhum. Amanhã, já começo a deduzir o valor da calça do seu salário".

Como ele teve coragem de dizer isso?

Ela teria que trabalhar duro todos os dias só para pagar o par de calças dele.

Desgraçado! Ele a estava ameaçando com o salário dela, não estava?

A princípio, Stella achava que poderia recusá-lo, mas agora o homem a estava chantageando.

A mulher ficou furiosa. "Você... Cuidado pra não ir longe demais!"

Quando eles ainda eram casados, ele costumava maltratá-la, mas agora que eram divorciados, nada havia mudado.

Ele a maltratava na frente da avó dela, depois a fazia isso na frente dos outros funcionários da empresa, e agora...

Ele estava parado na casa dela, intimidando-a por causa de um par de calças!

Não era assim que um homem deveria agir!

"Vem cá."

Ele ignorou por completo o que ela disse.

Na mesma hora, o homem lhe deu essa ordem.

Ele não ligava para o quanto a mulher na frente dele estava brava.

Stella cerrou os dentes e o repreendeu por dentro: 'Sem-vergonha'.

Ele fingiu não poder usar a mão quando estava no hospital, e ela teve que dar comida na boca dele. Agora que precisava tirar as calças, ele voltou a fingir não poder usar a mão.

Como podia ser tão desavergonhado?

Era normal se aproveitar de uma mulher mais nova desse jeito?

Stella não se mexeu e continuou plantada no chão.

No momento, a mulher só queria dar meia-volta e ir embora. Porém, ela sabia que não podia recusar porque não podia se dar ao luxo de deixar o presidente infeliz.

Se isso acontecesse, ela teria que pagar com o dinheiro do próprio salário.

Nesse caso, as perdas seriam inimagináveis.

Não era o que ela queria.

Portanto, agora, não importava o quanto estivesse relutante em fazer isso, Stella pensou sobre o assunto e decidiu deixar para lá. Era melhor se forçar a ir até o fim.

Não havia motivo para se envergonhar.

Se ele não ficava com vergonha, por que ela ficaria?

Stella respirou fundo, aproximou-se e estendeu as mãos.

Ela abaixou a cabeça e corou, pois não sabia para onde olhar.

O homem parado na frente dela a olhava com preguiça. Era como se estivesse acostumado a ser servido pelos outros!

A mulher cerrou os dentes, com raiva. Se não fosse pelo fato de que não podia bater no homem, já o teria agredido havia muito tempo.

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