Namoro de Aluguel romance Capítulo 45

- Agora confia em mim. Gostei. - Sussurrou pegando seu celular abrindo na música que ela enviara. - Voz bonita. - Disse ao ouvir a letra.

Ele colocou no modo repete e deixou seu celular em cima da cabeceira da sua cama e depois de ter ouvido pela quarta vez a canção, entendeu. E só quando fechou os olhos sentiu uma lágrima solitária cair em seu rosto. A letra dizia sobre deixar ir mesmo amando era preciso deixar ir.

Sem saber, Lana tinha lhe dito através daquela música para ele deixá-la ir. Eshyla precisava partir ou então outra mulher nunca teria espaço em seu coração. Mas será que ele estava disposto a deixá-la partir? Será que ele queria sentir, viver, recomeçar?

- Oh Eshyla, porque fez isso comigo? - Sussurrou caindo no sono profundo.

A semana foi invadida por entrega de convites, confirmação de presenças VIPS, parceiros e fornecedores, acomodar todos os diretores das filiais espalhadas pelo mundo, além de checar, confirmar e reafirmar decoração, buffet, cerimonial. Organização da loja vitrine e contratação de equipe extra para as vendas que após o lançamento correria solta.

Jason fez questão de acompanhar tudo de perto e Lana com certeza acompanhava seu ritmo. Eles chegavam às oito e saiam meia noite. Reuniões eram feitas para decisões de emergência, STAFF foi devidamente advertido de todo cronograma, revistas e jornais receberam suas credenciais, relatórios e planilhas finais foram analisados, aprovados e orçados.

- Cara, tudo ficou lindo. - Disse Brian suspirando cansado.

- Sim, está perfeito. - Concordou Jason observando os retoques finais serem dados a decoração.

- Amanhã receberemos as flores, é melhor para não murchar. - Falou massageando o pescoço.

- Certo. - Disse Jason olhando o relógio. - Já recebemos todas as joias para o uso durante o evento? - Perguntou cansado.

- Sim. Já estão no cofre junto com a joia mãe. - Respondeu pegando uma garrafa de água. - Você verificou se a companhia de segurança conseguirá chegar um pouco mais cedo amanhã? Não quero o local assegurado apenas no evento.

- A Lana fez isso. - Disse bebendo um pouco de água também.

- Por falar em Lana, onde ela está? - Indagou curioso.

- Eu a liberei um pouco mais cedo porque a irmã dela vai chegar. - Respondeu olhando o relógio. - Isso vai me dá tempo para fazer uma surpresa para ela.

- Surpresa? Olha só. - Disse divertido.

- Não é o que está pensando. - Disse tentando convencer a si mesmo. - Mas, vou precisar da sua ajuda.

- O que está pensando em fazer? - Questionou curioso.

- Bom, é o seguinte...

- Ai meu Deus eu nem acredito que estou aqui, estava com tantas saudades. - Disse Carolyne abraçando sua irmã.

- Maryanne. - Gritou a garota assim que entrou no bar.

- Carolyne, quanto tempo, minha querida. - Falou sendo beijada nos dois lados da bochecha pela mulher. - Quando chegou?

- Hoje pela manhã. - Disse tirando a bolsa e sentando com ela e sua irmã em uma mesa. - Mas tive um cliente que me tomou todo o dia, pelo amor de Deus, quem usa rosa com verde em toda a decoração? - Indagou desesperada. - Tive que usar muito tato para convencer aquela família doida de mudar o layot de sua casa.

- Mas, tenho certeza que conseguiu. - Disse a senhora tocando em seu rosto animada.

- Sabe como é... - Disse jogando o cabelo para trás. - Eu sou a melhor.

- Ah meu Deus. - Bufou Lana. - E nem um pouco modesta.

- Em nossa família existe essa palavra? - Indagou a olhando de lado.

- Hmmm. Ok, você tem razão. - Disse animada.

- Ora, então vamos fazer um brinde aos nossos melhores dons e talentos. - Falou agitada. - Alan querido venha ver quem chegou e chame o Jhon na cozinha sim.

Todos se reencontraram e se abraçaram animados. Guinnes foram servidas e com uma final de futebol rolando na TV elas acabaram ajudando seus amigos a servirem as mesas e anotaram os pedidos. Elas não poderiam está mais felizes em participar disso, principalmente Carol que jogava charme e aproveitava para vender mais cervejas e arrancar grandes gorjetas lhe deixando com um enorme sorriso.

- Oh! Maryanne estava com saudades, mas estive tão ocupada nos últimos tempos... – Falou Lana se justificando.

- Deixe disso querida. - Falou enxugando as mãos em um pano. - Como você está?

- Cheia de trabalho, exausta, mas no fim, acho que estou bem. - Disse terminando de lavar os copos.

- Devo dizer que está com um brilho diferente, minha querida. - Falou lhe entregando um prato com sopa.

- Obrigada. - Disse aceitando a colher. - Oh! Deus, obrigada pela Irlanda. - Disse gemendo de prazer ao se deliciar com a sopa feita pela sua amiga.

- Que bom que gostou. - Respondeu sentando a sua frente. - Como vão seus amigos? - Perguntou descontraída.

- Quem? - Perguntou estranhando a pergunta.

- Aqueles dois belos rapazes que vieram aqui com você.

- Ah! O Brian e o Jason. - Falou sem notar a facilidade com que não se referiu a ele como seu chefe como de costume.

- Sim, isso. Como estão os meninos? - Perguntou a observando comer satisfeita.

- Estão bem. - Falou comendo um pão. - Tivemos uma semana intensa por causa do lançamento de um novo produto, mas sabe como é... O mundo dos negócios não para.

- Eu acredito. - Disse satisfeita com o prato vazio a sua frente.

- Estava uma delícia Maryanne, obrigada. Há muito tempo não comia tão bem. - Disse se levantando para lavar o prato.

- Gostaria que cuidasse mais da saúde minha menina. - Disse pegando um potinho de vidro com ervas dentro. - Aqui, leve isto para casa, vai te fazer bem.

- Para que serve isso? - Indagou olhando a efusão.

- Nada demais, apenas aumentar imunidade, alivia dores no estômago e outras coisas mais. - Disse alisando seus cabelos.

- Oh! Sabe que tenho sentido umas dores no estomago e no esôfago de vez em quando? - Falou colocando o pote na mesa. - Isso será maravilhoso. Obrigada querida.

- É sempre um prazer. - Falou generosa olhando para a porta que se abriu com um furacão passando por ele.

- Ok! Se minha carreira como designer não desse tão certo eu seria vendedora. - Disse colocando um molho de notas em cima da mesa.

- Isso não é justo. - Disse Alan entrando logo atrás. - Todo mundo no bar queria ser atendido por ela. - Completou pegando um prato e se servindo da sopa. - Quase não ganhei gorjeta hoje.

- Oh! Se quiser temos uma vaga para você querida. - Disse Maryanne pegando o prato da mão do filho entregando a Carol.- Sente-se querida, deve está faminta.

- Mãeee... - Protestou seu filho.

- O que foi que lhe ensinei Alan? - Indagou arqueando as sobrancelhas.

- Primeiro as damas. - Falou bufando pegando outro prato.

- Obrigada Maryanne. - Falou Carol piscando o olho para a senhora.

- Não fica zangadinho não Alan, eu divido a gorjeta com você. - Falou angelical.

- Sério? - Perguntou empolgado.

- Palavra de escoteira. - Disse batendo continência.

- Você nunca foi escoteira Carol. - Rebateu Lana observando toda a cena.

- Oh! - Disse colocando a mão na boca. - Sorry baby. - Disse piscando o olho para seu amigo. - Mas, ainda sim, divido com você ok?!

- Valeu. - Falou pegando duas cervejas e entregando uma para ela.

- Nossa, hoje à noite foi intensa e ainda nem acabou. - Falou Jhon entrando na cozinha. - Temos hospedes para acomodar Alan.

- Bom, acho que minha folga acabou. - Disse se levantando. - Valeu loirinha pela ajuda, a gente se vê por aí.

- Pode apostar que sim. - Disse dando metade do dinheiro que desapareceu em dois segundos no bolso do rapaz.

- Acho melhor nós irmos Carol, amanhã o dia será cheio. - Falou levantando. - Maryanne mais uma vez obrigada por tudo.

- Oh! Sabe que sempre pode contar comigo. - Disse carinhosa. - Você também minha pequena travessa. - Falou beijando a senhora.

- Sabe como é..... Adoro uma diversão. - Falou pegando sua bolsa divertida.

- Não por muito mais tempo querida, não por muito mais tempo... - Falou Maryanne misteriosa.

- O que ela quis dizer com isso? - Indagou olhando para sua irmã quando saíram para respirar o ar de Nova York.

- Não faço ideia. - Falou cansada. - A Maryanne as vezes diz umas coisas tão estranhas.

- Ela lembra a vovó. - Disse animada abrindo o aplicativo para chamar um Uber.

- É verdade. - Concordou Lana dando sinais de exaustão.

- Mana, você está um trapo. - Falou Carol a encarando.

- Nada que um bom banho quente não resolva. - Disse vendo o carro parar ao seu lado. - Pensei que fosse dormir comigo.

- Ket sabe que eu te amo, mas eu odeio dividir a cama com você. - Falou a abraçando.

- Isso não é verdade. - Mentiu.

- Sei, certo. - Disse abrindo a porta do quarto. - Então, amanhã eu e você, salão de beleza. Não vou a uma festa dada pela sua empresa de qualquer jeito. - Completou entrando no carro. - Te amo, beijo.

- Também te amo Carol. - Falou acenando quando o carro partiu.

Lana acordou de manhã com o celular tocando, ignorou virando para o outro lado tentando dormir novamente, porém foi em vão já que seu celular tocava pela milésima vez.

- O que é? - Falou alterada.

- Bom dia para você também. - Respondeu Jason do outro lado da linha.

- Senhor Jason? Quer dizer... Jason... - Falou sentando na cama.- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou olhando para o despertador que marcava sete da manhã.

- Você tem um encontro marcado às nove da manhã com o Lenin, já que sua irmã está aí achei melhor marcar para mais cedo.

- Desculpa, acho que não entendi. - Disse desorientada. - Eu tenho um encontro marcado com quem?

- Com Lenin Lana, acorda, você ainda está dormindo? - Bufou do outro lado.

- Jason são sete da manhã e hoje é sábado. - Falou irritada. - Isso são horas de me ligar só para falar que eu tenho um encontro com Lenin e porque eu tenho um encontro com ele novamente? - Indagou se situando de quem ele falava.

- Não sabia que costuma acordar tarde aos fins de semana Lana. - Comentou guardando para si mais uma informação ao seu respeito.

- Jason, por que eu tenho um novo encontro com Lenin? - Perguntou tentando manter a calma.

- Oras! Para arrumar você e sua irmã para a festa de hoje à noite é claro. - Disse tranquilo.

- Eu já disse que não tenho dinheiro para pagar.

- Eu já resolvi tudo. - Cortou autoritário.

- Eu não quero que fique pagando as coisas para mim nem tão pouco para minha irmã, o que ela vai pensar se descobrir que o senhor está pagando tudo isso, não posso aceitar, nós vamos procurar um salão juntas a tarde.

- Eu não vou discutir Lana, esteja pronta para recebê-lo às nove e Lana... - Disse dando uma pausa. - Sua voz é bem interessante pela manhã. - Completou desligando o telefone.

- O que? Jason, alô? - Falou sozinha perdendo totalmente o controle. - Quem diabos ele pensa que é para dizer o que devo ou não fazer fora do ambiente do trabalho? - Falou discando o número que após chamar caiu na caixa postal. - Escuta aqui senhor Jason, eu não vou aceitar droga de Lenin nenhum aqui em casa, fique sabendo que não quero a merda do seu dinheiro, eu e minha irmã vamos encontrar um salão e você pode pegar toda essa sua arrogância e passar com laquê no seu cabelo engomado. E nunca mais me acorde às sete da manh... Merda, acabou meu tempo. - Disse ouvindo o sinal de fim de gravação. - Pelo menos dei meu recado.

Cinco minutos depois ela recebeu uma mensagem no seu celular.

- Nove em ponto e por favor não se atrase, precisamos de você às vinte em ponto aqui na empresa. Mandarei Henry buscar você e sua irmã.

- Pare de me irritar e querer mandar na minha vida, não sou sua namorada... Seu... - Digitou e decidiu apagar. - Melhor não, ele é um idiota, mas ainda é meu chefe. Não sou sua namorada e nem que fosse aceitaria fazer o que quer do jeito que quer. - Refez enviando em seguida.

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