Namoro de Aluguel romance Capítulo 44

Resumo de Capítulo 44: Namoro de Aluguel

Resumo de Capítulo 44 – Uma virada em Namoro de Aluguel de Ana Franco

Capítulo 44 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Namoro de Aluguel, escrito por Ana Franco. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Eles fizeram o resto do trajeto em silêncio até chegar ao seu novo destino. Quando desceram do carro entraram no MacDonald's e ao chegar ao balcão a única coisa que ela pediu foi um café. Então, disse que iria esperar por ele em uma mesa.

Ela estava morrendo de fome, ele sabia disso, então pediu dois combos com batatas fritas. Fez o pagamento e ficou aguardando o lanche olhando de vez em quando para ela que se encontrava sentada com o olhar perdido. As pessoas observavam os dois por estarem vestidos tão elegantes, mas ambos ao seu modo não se importavam.

- Aqui. - Disse ao sentar de frente para ela.

- Obrigada. Suspirou ao sentir o gosto em sua boca.

- Toma. - Disse empurrando o hambúrguer com as batatas fritas. - Você precisa comer alguma coisa.

- Não precisava.

- Pelo amor de Deus Lana! - Disse com o olhar gélido. - Não me faça dá em sua boca.

- Ok papai. - Disse mordendo o hambúrguer.

- Bem melhor. - Falou comendo seu lanche.

Eles comeram seus hambúrgueres em silêncio. Ele tinha acertado em cheio, ela estava faminta. Tanto que devorou em um curto espaço de tempo o seu lanche. Tomou um pouco do refrigerante dele e voltou para seu café em seguida pegando uma batatinha passando-a no potinho com ketchup.

- Sério? - Perguntou angustiado. - Coca cola com café?

- Ah! Qual é? Sermão a essa hora da noite não Jason. - Falou irritada.

- Não sei como não engorda só comendo besteiras. - Respondeu zombeteiro.

- Eu vou de bicicleta todos os dias para a empresa lembra? - Falou pegando outra batata. - E antes disso eu corria, quer dizer, ainda corro de vez em quando, então não me preocupo com isso.

- Você corria? - Perguntou surpreso.

- Sempre corri. - Disse tranquila. - Quando morava em Cork corria pelas trilhas que levavam as montanhas e as praias, era maravilhoso. - Disse saudosa. - Agora corro pela selva de pedras que nunca dorme. - Completou tomando café.

- Mesmo assim, deveria maneirar. - Disse pegando mais batatas.

- Não tenho tendência para engordar, então não se preocupe. - Disse dando de ombros. - Sou uma namorada atlética.

- Namorada? - Perguntou a fitando nos olhos.

- Sou uma namorada de mentirinha. - Falou terminando seu café. - Será que podemos pedir outro? - Completou balançando o copo vazio.

- Por favor? - Falou chamando uma moça simpática.

- Posso ajudar? - Perguntou prestando atenção nele esquecendo da garota em sua frente.

- Mais um copo de café. - Respondeu distraído.

- Apenas isso? - Perguntou esperançosa.

- Sim, por favor. - Respondeu tomando seu refrigerante.

- Ah meu Deus! - Falou Lana rindo. - Mais um pouco e ela se ofereceria no lugar do café.

- Ciúmes namorada de mentirinha? - Indagou malicioso.

- Por favor, o senhor é meu chefe e não vai ser agora que vou começar a nutrir uma paixonite aguda como todas as mulheres daquela empresa e é obvio como essa garota iludida. - Falou a vendo se aproximar com o café entregando a ele.

- Não é para mim .É para minha namorada. - Disse deixando Lana sem reação e a garota triste. - Obrigada.

- Por que fez isso? - Perguntou tensa pegando o café.

- Para não nutrir nenhuma paixonite aguda como você mesma disse na pobre garota. - Respondeu tranquilo.

- Mas, não precisava dizer isso. - Falou tomando o café.

- Eu não sabia que as funcionárias da empresa sofriam de paixonite aguda, aliás nem conhecia esse termo. - Falou irônico.

- Ora! Não se faça de bobo, o senhor sabe muito bem que é bonito e que causa suspiros onde passa. - Disse comendo uma batata.

- Primeiro, já pedi para não me chamar de senhor. - Disse a vendo revirar os olhos e por algum motivo gostou daquilo. - Segundo, eu não me faço de bobo e terceiro não sabia que me achava bonito. O quão me acha bonito?

- O que? - Indagou nervosa estalando os dedos. - Eu não acho...

- Mas acabou de dizer. - Falou se divertindo com seu nervosismo.

- Eu não quis dizer que o acho bonito. Eu estava falando das mulheres lá da empresa apenas. - Falou se remexendo na cadeira.

- Sabe Lana eu acho muito divertido te vê ficar nervosa sabia. Dá vontade de mexer ainda mais para saber onde isso vai dá. - Sussurrou debruçado sobre a mesa que os separava.

- Eu não estou nervosa. - Disse olhando para os lados.

Jason chamou mais uma vez a atendente que dessa vez veio sem ânimo e pediu mais refrigerante e batatas fritas. Lana tomava seu café em silêncio franzindo de vez em quando a testa e isso denunciava que estava pensando em algo que a perturbava. Era interessante reconhecer esses traços nela, pensava ele consigo mesmo.

Fazia muito tempo que não ficava assim de bobeira com alguém, fora quando se encontrava com o Brian. E mesmo vestidos daquele jeito tudo parecia se encaixar de uma forma tão simples que ele passaria a noite inteira ali em silêncio apenas olhando para ela. Mas, ele precisava de respostas e decidiu que agora era uma boa hora.

- Lana.- Chamou trazendo sua atenção para si.

- Sim.

- O que o Eric te disse? - Perguntou direto.

- O que? - Perguntou nervosa.

- Você ouviu o que perguntei. É obvio que ele disse ou fez algo muito mais sério para te deixar em pânico. Não pode ter dado em cima de você simplesmente e ter te deixado em pânico assim. Observei você na festa, vim um senhorzinho dá em cima de você e tirou de letra, mas com o Eric foi diferente.

- Não foi nada demais, vamos deixar isso de lado ok?! - Disse baixando os olhos.

- Olhe para mim. - Exigiu em um tom perigoso até para ela. - O que aconteceu? - Perguntou novamente quando depois de lutar contra si mesma levantou os olhos para ele.

- Para entender o que aconteceu eu precisaria voltar ao passado. - Respondeu baixinho depois de segundos que pareceram eternos.

- Do que está falando? - Perguntou cauteloso.

- Sabe aquele rapaz que você conheceu no Leviêr? - Indagou receosa.

- Sim. - Respondeu temendo o que viria a seguir.

- Eu o conheci na faculdade em Atlanta.

- Pensei que tivesse se formado em Nova York, é o que diz em seu currículo.

- E me formei, mas antes eu estudei um período em Atlanta. Fiz questão de que retirassem isso do meu histórico escolar. Depois do que aconteceu não tive condições emocionais de continuar lá, por isso consegui me transferir e terminar a faculdade aqui.

- O que exatamente aconteceu?

- Bom, é uma longa história. - Disse esquecendo seu café.

- Conte do começo então. -Falou esperando que ela começasse a falar. – Lana?

- Tudo começou quando o Edgar passou um tempo insistindo para que eu saísse com ele, sempre dizia não, mas ele não desistiu. Eu trabalhava em uma lanchonete, então todos os dias o Edgar dava um jeito de aparecer, também tínhamos algumas aulas juntos, então sempre estava por perto. Até que um dia resolvi ceder, parecia o certo, eu estava interessada, eu queria dá uma chance a ele. - Disse não percebendo o quanto estava apertando com força o guardanapo em suas mãos. - Bom, fomos jantar, o Edgar era muito rico, me levou em um restaurante chic no seu carro caro e durante todo o encontro foi tudo maravilhoso e eu pensei seriamente em dizer sim aos seus pedidos e começar um relacionamento com ele, mas quando ele me deixou em casa, ele...

- O que ele fez? - Indagou fechando seus punhos.

- Ele me beijou dentro do carro. - Disse com a respiração pesada. - Depois pediu para subir e eu recusei é claro, afinal era apenas um primeiro encontro, mas o Edgar não estava acostumado a ouvir não, ele insistiu e eu mais uma vez disse não. Então ele me agarrou e tentou transar comigo ali mesmo. - Disse não percebendo que o homem a sua frente travara o maxilar em ódio. - Quanto mais eu dizia não, mas ele investia em cima de mim, então em um impulso o soquei em seu nariz com toda força usando meu cotovelo conseguindo me livrar dele correndo para casa. É lógico que ele não perdoaria, então no outro dia assim que cheguei no Campus eu descobri que estava nas redes sociais em anúncio para programas sexuais com uma montagem de uma foto minha seminua. O reitor da faculdade me chamou até sua sala e quando eu acusei o Edgar de bulling e assédio sexual qual foi minha surpresa? - Indagou para si mesma rindo nervosa. - Ele ficou do lado do filho da mãe só porque ele era rico e com certeza seu pai financiava a Instituição. Ainda levei uma semana de suspensão. Mesmo tendo deletado minhas contas nas redes sociais, mesmo tendo mudado de número ainda fui alvo durante muito tempo de piadas maldosas nos corredores da universidade. Sabe como os homens podem ser cruéis, não é?

- Lana, eu...

- Mas, aí eu conheci o Phil. - Disse o cortando.

- Phil? - Indagou curioso. - Phil, aquele rapaz de quem me falou em seu apartamento?

- Sim. - Respondeu um pouco mais relaxada. - Ele foi minha salvação. No início até pensei que ele era só mais um idiota que queria tirar proveito da situação, fui grosseira e mal-educada com ele. Principalmente porque ele era amigo do Edgar, como se alguém conseguisse ser amigo daquele babaca. Mas, como eu disse o Phil foi minha salvação. Ele se provou ser um homem gentil, amigo, leal e amoroso. Ficamos amigos e bom...

- Eu sei o que sentiu. - Disse a confortando. - Foi assim comigo quando conheci o Brian.

- Eu não aguentava mais conviver com tudo aquilo, foi então que o Phil confessou que tinha um sonho maluco de fazer um mochilão pelas praias do Brasil, ele também disse que esteve doente, mas que se sentia melhor e não queria perder a oportunidade de viajar. Então ele perguntou se eu queria ir com ele, que dinheiro não seria problema, afinal ele também era muito rico. No começo fiquei com medo, mas depois.... Eu sabia que essa era a melhor decisão a se tomar. Meu irmão no início não quis aceitar, mas depois de eu prometer que voltaria no semestre seguinte me dedicando integralmente a faculdade, ele autorizou.

- Seu irmão realmente age como um pai, não é? - Indagou sem tirar os olhos dela.

- Ele age sim, é muito super protetor também e quer saber? Eu não me importo. - Disse tomando seu café que já estava frio.

- Eu nunca ficaria do lado do Eric só para deixar claro. - Falou baixo a encarando cansado. - Droga Lana, não faça isso de novo entendeu?! - Indagou irritado. - Se o Eric ou qualquer outro idiota tentar se aproximar de você vai me prometer que não vai ficar calada, nunca mais. - Pediu nervoso e em súplica. - Entendeu? - Indagou novamente diante do seu silêncio.

- Sim. - Disse baixinho.

- Promete?

- Eu prometo. - Falou vendo que ele suspirou aliviado. – Quando o Brian me abraçou me parabenizando pela reunião e eu gemi, bom... você sabe...

- Droga Lana! - Disse tentando não pensar tanto no Eric quanto no Edgar. - Acho melhor irmos, já são quase duas da manhã e essa semana será bem puxada para o evento de sábado. - Falou levantando com ela.

Ele pagou a conta e em seguida saíram para pedir um Uber, a vontade de Jason era de abraçá-la, mas, tinha medo que ela não entendesse aquela ação, por isso colocou as mãos no bolso da calça.

- Peça um único Uber, primeiro lhe deixarei em casa e só depois irei para minha. - Disse a fazendo erguer a cabeça e o olhar.

- Não precisa. Estou bem, como disse está tarde.

- Eu não acho que isso esteja em discussão Lana. - Falou autoritário.

- Escuta aqui Jason, você não é meu namorado de verdade para achar que pode me dá ordens e mesmo que fosse...

- Nós podemos ir em um único carro ou eu posso pedir um Uber para mim e lhe seguir até em casa, a decisão é sua. - Falou pegando seu celular.

- Você não faria isso? - Indagou chocada.

- Tudo bem, então será dois ubers... - Disse abrindo o aplicativo.

- Mas, que merda Jason. - Falou tomando o celular de sua mão. - Ok! Já pedi um carro para nós dois.

- Eu não sabia que tinha um linguajar tão forte quando ficava bravinha. - Disse irônico.

- Não queira descobrir do que sou capaz quando fico brava. - Falou o encarando seriamente.

- Tô louco para descobrir. - Sussurrou para si mesmo assim que viu o carro chegar.

- Jason abriu a porta do carro para que ela entrasse com ele logo em seguida. O endereço foi confirmado e eles passaram a maior parte do trajeto em silêncio até que ela começou a falar.

- Sobre o evento, tudo bem se minha irmã for? - Indagou olhando de lado. - É que ela vai chegar na sexta e não queria que ela ficasse sozinha no fim de semana.

- Não vejo nenhum problema. Assim posso conhecer minha cunhada. - Falou provocador.

- Não ouse dizer a Caroline que estamos em um relacionamento. - Disse nervosa. – Minha família é um tanto protetora demais quando se trata de relacionamentos.

-Tudo bem, eu só estava brincando. - Mentiu.

- De qualquer forma, obrigada. - Falou sincera. - Vou aproveitar para apresentar ela ao Brian, tenho certeza que os projetos da Carol vão encantá-lo.

- Se for parecido com o que vi em sua casa tenho certeza que ele irá gostar de sim. - Falou sincero.

- Obrigada.- Disse quando o carro parou. - Mais uma coisa.... Sobre o que conversamos hoje.

- Por favor não me ofenda. Eu não vou comentar com ninguém. - Falou revirando os olhos.

- Eu sei disso e agradeço, eu só ia dizer que tem uma música que eu e o Phil ouvíamos bastante e como o senhor também fala português por causa das nossa filial no Brasil eu mandei para o seu celular enquanto estávamos esperando o Uber.

- Por que fez isso? - Indagou curioso.

- Não sei. Talvez porque agora eu confie no... Em você Jason ou talvez seja apenas intuição de que precise ouvi-la. - Falou saindo do carro. - Boa noite!

- Boa noite Lana. Durma bem. - Falou para si mesmo.

- Para onde senhor? - Perguntou o motorista.

- Pois não, O endereço é....

O trajeto para casa foi rápido, assim que pisou dentro de casa foi para seu quarto, tomou uma ducha quente rápida, vestiu apenas uma cueca box preta e se deitou na cama. Ele não conseguia dormir, mesmo cansado e com sono, seus pensamentos estavam nela e em tudo que tinha dito, mas principalmente no que tinha sentido quando disse que confiava nele.

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