As crianças vão conversando no banco de trás enquanto eu dirijo para a empresa.
Tenho que conversar com Gabriela para que eu possa registrá-los.
Assim que entro na garagem estaciono o carro na vaga da presidência e descemos.
Em vez de pegar o elevador e ir direto para minha sala, subimos um lance de escadas e vamos para o hall de entrada.
Quero mostrar tudo para as crianças.
As recepcionistas me cumprimentam e olham curiosas para as crianças que estão saltitantes e fazendo perguntas a todo momento.
- O que vendem papai? - Maria pergunta.
- Vendemos joias. - Digo para ela.
- Tipo aqueles colares bonitinhos papai? - ela pergunta com os olhos brilhantes.
Sorrio com a ideia de ela ser uma típica garota que ama joias.
Pensando nisso, me lembro que tem uma correntinha em meu escritório com pingente de urso e algumas pedras de diamante. Não é nada chamativo, e é até fofo.
Acho que ficaria perfeito nessa pequena.
- Sim querida, vamos para a sala do papai? - pergunto os chamando.
Eles balançam a cabeça e vamos para o meu elevador privado.
Ao pararmos no andar da presidência estranho o silêncio que está.
Mariana está viajando a trabalho, mas à recepcionista não se encontra e nem as moças que trabalha na copa.
Vou para minha sala e mostro tudo para as crianças.
Enquanto Maria fica impressionada com a vista, João adora a cadeira e fica girando nela.
Aproveito que estão distraídas e vou até o cofre pegar a correntinha.
- Maria, vem aqui. - Digo a chamando.
Ela vem em minha direção toda obediente.
- Aqui querida, deixa eu colocar. - Digo a virando de costas e encaixando o fecho.
Maria é delicada e sorri muito olhando para o colar e quando me agradece tenho vontade de apertá-la.
Meu telefone toca em cima da mesa e eu atendo.
- Sr. D'Lauren? - dizem do outro lado da linha e reconheço a voz.
Chefe de segurança.
- Sou eu. - Respondo.
- O senhor poderia vir para a ala de segurança? Tivemos problemas com uma loja do interior. - Ele fala.
-Claro.
Percebo que é importante e a ala de segurança não é lugar para criança por causa dos homens armados que protegem o edifício e as joias.
- Crianças, vocês podem ficar aqui na sala do papai enquanto eu vou lá embaixo? - pergunto para eles.
Eles concordam com a cabeça distraídos desenhando em alguns papeis na mesa.
Logo para a recepção e peço para que alguém venha ficar com eles e vou em direção a ala de segurança.
Após descer alguns andares de elevador eu chego. O chefe de segurança me recebe e me leva para a sala de imagens, onde contém as cenas de todas as câmeras do nosso prédio e onde recebemos imagens das nossas lojas e filiais.
- Aqui senhor, há exatamente 20 minutos uma das nossas lojas foram assaltadas e levaram 600 mil reais em joias. - Ele diz apontando um dos computadores.
- E quanto a polícia? - pergunto.
- Estão em perseguição com os assaltantes. - Ele fala.
- ótimo, vamos deixar a polícia cuidar disso e depois entramos com os processos legais. - Digo olhando novamente a imagem dos assaltantes.
Enquanto eu olho vejo Eddie, chefe de segurança, atendendo uma chamada pelo fone em seu ouvido.
- Senhor. Parece que está havendo algo na sala da presidência. - Eddie diz e nesse momento eu tiro minha atenção da tela.
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