Tribunal do amor romance Capítulo 178

Cauã nunca a viu como mais do que uma amiga. Será que ela realmente queria continuar assim?

Ela estava cansada disso, mas não conseguia se obrigar a deixar para lá...

Quando Cauã finalmente desistiria de Elisa e a notaria?

“Ei, você nunca pensou em desistir?” Sheila não conseguiu se conter e perguntou.

O motorista dirigia em silêncio. Ele não ousava se intrometer nos negócios de seu empregador.

Cauã olhou ao redor antes de finalmente se virar para olhar Sheila. Ele riu sem jeito. “Tem alguém por quem você se interessa?”

O coração dela bateu forte. Seu rosto estava tenso. Ela não sabia como responder a essa pergunta.

Sem esperar pela resposta dela, Cauã continuou a falar como se falasse consigo mesmo. “Eu gosto da Elisa. É mais do que uma simples paixão. Agora, protegê-la se tornou quase um instinto para mim. Ao longo dos anos, eu não ousava esperar que ela retribuísse meus sentimentos, mas... Se ela permitisse, eu gostaria de continuar fazendo dela uma prioridade e, se possível, não a deixaria sofrer.”

Tornou-se cada vez mais difícil para Sheila decifrar seus próprios sentimentos.

Cauã... Ele estava apaixonado por Elisa?

Ela riu de si mesma. Nem precisava perguntar.

Os sentimentos dele por Elisa provavelmente eram os mesmos que os dela por ele.

Ela o amava tanto que estava disposta a apoiá-lo em tudo que o fizesse feliz. Seu amor por ele não era egoísta. Ela não faria com que ele retribuísse seus sentimentos.

Por isso, mesmo sabendo que Cauã amava Elisa, ela não sentia inveja. Sentia um pouco de amargura, mas o observaria silenciosamente.

As coisas ficariam estranhas se ultrapassassem essa fronteira. Cauã poderia até começar a se afastar dela. Ela não queria que isso acontecesse. Eles nunca seriam amantes, mas no momento, ela estava sendo amiga dele.

Pelo menos, quando ela se sentisse deprimida e quisesse beber, ele estaria lá quando ela o chamasse. Mas se ela contasse a ele, poderia começar a evitá-la.

Cauã percebeu que ela não queria contar. Sentiu-se exasperado. “Posso ter sentimentos por Elisa, mas você também é minha amiga. Conte-me seus problemas e farei o possível para ajudar.”

Sheila sentiu como se tivesse algo preso na garganta. Estava tentando ao máximo não chorar. Tinha medo de que qualquer palavra que tentasse dizer resultasse em lágrimas.

Cauã virou-se para olhar para a frente novamente. O carro então ficou em completo silêncio.

O silêncio finalmente quebrou quando chegaram à casa de Sheila.