Tribunal do amor romance Capítulo 695

Elisa não estava com pressa de voltar para casa depois de sair do bar. O vento soprava levemente ao seu redor. De repente, ela não sentia mais vontade de dirigir. Ela se lembrou dos tempos em que seu pai ainda estava vivo e começou a relaxar. Caminhou pelos arredores do estacionamento subterrâneo. Podia ver as luzes da cidade e ouvir o tráfego nas ruas, junto com os sons de uma galeria de jogos próxima e a música alta saindo das caixas de som. A música que tocava não mexia com seu coração como antes. Ela não gostava da música, então decidiu seguir por outra rua.

A rua estava deserta e escura. Ela andou até um ponto onde a luz do poste não alcançava. Estava escuro, mas Elisa ainda conseguia ver o caminho à sua frente, graças à luz da lua. Encontrar um lugar tão tranquilo para caminhar em uma cidade tão agitada era raro. Ela sentiu a tristeza derreter de seu rosto enquanto o vento soprava suavemente.

Aquela rua era longa e cheia de curvas. Ela já havia passado por ali antes; sabia que, se continuasse até o final, poderia acessar o estacionamento subterrâneo por uma porta lateral. As ruas eram todas conectadas. Decidiu que voltaria assim que terminasse de andar por aquele trecho.

No entanto, ao continuar andando, percebeu que um grupo de sete ou oito pessoas estava parado à frente. Ela parou e se virou para voltar pelo caminho que tinha vindo. Mas havia outro grupo de pessoas a cerca de dez metros de distância. Ela não conseguia ver quantos eram, mas parecia ser um número considerável. Elisa franziu o cenho, percebendo que algo estava errado. Ela estava cercada. Mesmo sem conseguir enxergar claramente, podia sentir os olhares maliciosos.

Os dois grupos começaram a se aproximar simultaneamente. Ela permaneceu no lugar, impassível.

Os dois grupos chegaram até ela rapidamente. Um dos homens, com uma jaqueta pendurada nos ombros, deu uma tragada no cigarro e se aproximou com um sorriso presunçoso. “Aceite logo o seu destino. Você só deu azar.”