Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1028

A atmosfera daquela noite estava no ponto certo, mas o momento não parecia ser o mais adequado.

A pergunta de Dionísio Matos, "Joana, pode ser?", acabou não recebendo uma resposta afirmativa.

Joana Neto arrumou sua roupa, movendo suas mãos cansadas, e virou-se para olhar o homem na cama—

"Vou voltar para casa."

Demorou alguns segundos até que Dionísio se levantasse, "Eu te levo..."

"Não precisa," Joana o interrompeu, "Você... melhor vestir suas calças antes, o ar-condicionado está ligado, não vá pegar um resfriado."

Dizendo isso, ela voltou direto para sua própria casa.

Ao fechar a porta, Joana deu leves tapas em suas faces quentes e, de repente, paralisou-se, correndo para o banheiro.

A primeira coisa que fez foi lavar as mãos.

Achava que ele não faria isso, mas quem diria...

Homens, todos uns cafajestes!

Do lado de Dionísio, ele finalmente vestiu suas calças, acompanhou Joana até a porta, e então voltou para se sentar no sofá da sala.

Sua mente ainda estava imersa na agradável sensação que o dominava, e seu corpo parecia leve, aquela sensação era realmente...

Demasiadamente maravilhosa.

Era como se fogos de artifício explodissem em sua mente, deslumbrantes e decadentes, fazendo-o desejar nunca mais emergir.

De repente, seu olhar se fixou na mesa de centro não muito longe dali.

Ali, estavam espalhados os restos do presente que tinha recebido de Leonor naquela manhã.

Acender, quem sabe haveria uma surpresa...

As palavras de Joana durante o dia passaram por sua mente.

O olhar de Dionísio moveu-se, encontrando um isqueiro em um canto, ele acendeu a vela redonda e a colocou no castiçal.

Uma luz amarela quente instantaneamente espalhou um halo laranja ao redor.

As sombras projetadas na parede piscavam, oscilando.

Dionísio olhava a luz da vela, e sua mente vagava.

Imagens dos dois entrelaçados surgiram involuntariamente em sua mente, junto com a queixa suave dela: "Minhas mãos estão cansadas..."

Subitamente, ele fixou o olhar.

Como se tivesse descoberto algo, aproximou-se rapidamente do castiçal.

Não, para ser exato, do meio da vela que estava se queimando.

Com o calor, a cera derreteu, revelando pequenas letras elegantes—

Eu gosto de você.

Uma confissão e sentimento escondidos por anos, finalmente vieram à tona.

Dionísio ficou completamente paralisado.

...

Joana dormiu bem, era sábado, não precisava dar aulas, e não planejava ir ao laboratório.

Joana pegou a colher: "... Ai!" Estava quente!

"Devagar, acabei de servir."

Desta vez Joana esperou um pouco antes de provar.

"E então?" Ele parecia um estudante nervoso esperando a correção do professor, com os olhos cheios de desejo por uma boa nota.

Joana: "Está delicioso!"

Nota alta recebida, ele sorriu junto com ela.

Além do mingau, havia pães cozidos no vapor.

Salgados e doces.

Joana: "Você também fez isso?"

Dionísio balançou a cabeça: "Não, comprei no térreo."

Após o café da manhã, Dionísio arrumou a cozinha, enquanto Joana o apressava para saírem logo.

De repente, ele parou.

"Joana..."

"Sim?"

Joana se virou.

Estava prestes a voltar para casa para trocar de sapatos e pegar a bolsa, quando foi chamada, não conseguiu evitar mostrar um olhar de curiosidade.