Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1157

"Alô, Profa. Leonor? Todo mundo já foi embora, mas você ainda está aqui observando?"

Leonor, com calma, desviou o olhar e respondeu: "E o que você tem a ver com isso?"

Carlos, sem se aborrecer, continuou sorrindo: "O que tem de interessante em ver os outros namorando? O bom mesmo é namorar por conta própria, não acha?"

Leonor não se deu ao trabalho de responder.

Estava prestes a se afastar, mas Carlos, insistente, se aproximou novamente.

"Carlos! O que você quer afinal?!" Ela não conseguiu mais se conter.

"Isso mesmo, expresse seus sentimentos, não guarde para si. Se estiver sentindo algo, é só colocar para fora."

"Você é muito estranho... Como sabe o que estou sentindo?"

Carlos respondeu: "Eu sei, você está apaixonada pelo Dionísio!"

Leonor ficou perplexa: "???"

Que absurdo!

Ela empurrou Carlos e tentou se afastar.

Carlos a seguiu mais uma vez: "Não é nada demais estar apaixonada. Eu também já estive..."

A palavra "você" ficou presa em sua garganta, ele não conseguiu dizê-la.

Lembrou-se do conselho de Dionísio ao telefone no dia anterior: seja paciente, vá devagar, não assuste a pessoa.

Repetiu isso algumas vezes para si mesmo, até conseguir controlar o impulso de se declarar ali mesmo.

"Leonor, vou te contar, eu já vinguei você."

"???"

"Fingi que estava interessado em Joana e deixei escapar para o Dionísio, e adivinhe só, ele ficou todo preocupado! Hahaha! Aposto que ele ficou louco de preocupação, mas com o treinamento fechado, ele não podia fazer nada, deve ter ficado como uma formiga em panela quente!"

Leonor: "Que infantil!"

"Sim, sim, também achei meio bobo." Afinal, Joana nem deu bola!

"..."

"Leonor, como é que seu português é tão bom?"

"..." Meus Deus, é a língua materna dela, tá?

"Cof cof—" Talvez percebendo a bobagem que perguntou, Carlos rapidamente tentou se corrigir, "Quero dizer... Se eu tiver dúvidas sobre expressões idiomáticas, posso perguntar para você."

"Vou mesmo te perseguir, viu!"

Leonor acelerou o passo: esse cara é doido!

"Se correr, ainda assim eu te alcanço, acredita?"

"Acredito nada!"

"Vamos ver então."

As vozes dos dois foram se afastando, enquanto a distância entre eles diminuía.

...

No caminho de volta, Joana adormeceu sem perceber.

Quando abriu os olhos novamente, o carro estava estacionado corretamente na garagem subterrânea, e Dionísio estava no banco do motorista, observando-a.

Ao cruzarem os olhares, ela, ainda sonolenta, sorriu instintivamente para ele.

O resultado...

Esse sorriso foi como uma faísca, que rapidamente acendeu o pavio, e Dionísio segurou-a pela nuca com uma das mãos, enquanto a outra rapidamente desabotoava os cintos de segurança de ambos. Então, ele a puxou para si—