Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1195

Os poderosos sempre conseguem manipular os mais fracos com facilidade.

Em termos de status e posição, Dionísio talvez ocupasse um lugar de superioridade, mas, nesse relacionamento, estava claro que era Joana quem detinha o controle.

Ela manejava suas emoções, dominando seus sentimentos e desejos.

Seu filho, tão orgulhoso e talentoso, estava disposto a fazer tudo por ela, a submeter-se completamente.

Se o amor de Joana fosse igualmente ardente e sincero, Laura talvez se sentisse mais tranquila, mas claramente não era o caso.

Ela era lúcida e racional.

Calma e objetiva.

A entrega total e incondicional vinha apenas do seu filho ingênuo!

Laura: "Como mulher, admiro sua racionalidade e clareza, e devo admitir que uma mulher que consegue manipular bem um homem viverá melhor e mais feliz do que a maioria."

"Se fosse eu, faria o mesmo. Qual mulher não deseja um homem que seja obediente e atencioso? Portanto, você não está errada."

"Mas — como mãe deste homem, ver ele se entregar de corpo e alma, desejando dar tudo de si sem receber nem um pouco de concessão ou compromisso em troca, me dói profundamente."

"Por isso," Laura pausou a cada palavra, "eu também não estou errada."

Joana ouviu e demorou quase dez segundos para reagir.

"Não," ela balançou a cabeça levemente, "o certo é certo, o errado é errado, porque há apenas uma verdade."

"Será que eu não amar Dionísio significa não desistir da minha carreira? Será que desistir significa que eu realmente o amo? Senhora, você já passou por isso, deveria saber que o amor pode mudar, e no final, tudo se resume à consciência."

"Você disse que se a mesma pergunta fosse feita ao professor, ele certamente me escolheria. Mas você já pensou se eu quero ser escolhida? Se eu concordo que ele sacrifique sua carreira?"

"Eu lhe digo, não concordo." Joana olhou diretamente nos olhos dela, cada palavra era forte e firme—

"Não vou deixá-lo em uma situação difícil, e muito menos usar escolhas sem sentido para testar se ele me ama ou não, ou quanto ele me ama."

"Você..." Sob esse olhar, Laura hesitou em manter o contato visual.

Ao retornar à sala de estar, já havia se passado uma hora.

Assim que Joana entrou na sala, Dionísio veio ao seu encontro: "Como foi o passeio?"

"O jardim é grande e bonito. A única pena é que é tão grande que não conseguimos ver tudo."

Dionísio: "Na próxima vez que vier, eu acompanho você."

Joana sorriu levemente: "Claro." Se houver uma próxima vez...

Laura observou a cena, sem dizer nada, apenas apertando os lábios em silêncio.

O jantar foi novamente no Casa Antiga Matos.

Comparado ao almoço, o jantar foi mais leve.

Mas não simples — o chamado "leve" referia-se apenas aos ingredientes, pois o preparo era tudo menos simples.