Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1238

Joana explicou a situação de forma simples.

Do outro lado da linha, a pessoa ficou em silêncio de repente.

"…Vicente? Ainda está aí?"

"Estou, estou, irmã Joana! Você falando assim, de repente me lembrei de uma coisa…"

"O quê?"

"Antes, o Miguel vivia falando da Viviane quando saía para se divertir, mas ultimamente ele não menciona mais o nome dela. A gente até achou que ele estava com outra, mas pensando bem, agora acho meio estranho…"

O olhar de Joana ficou subitamente sério: "Agora já não consigo mais contato com a Viviane, e quando ligo para o Miguel, a ligação não completa."

"Não é possível… Acabei de ligar para ele, convidei para tomar uma cerveja."

"Que horas exatamente?"

Vicente pensou um pouco: "Por volta das nove e pouco."

"E ele parecia normal?"

"Tudo normal."

Joana deu um sorriso frio: "Parece que ele só me bloqueou. Me mande todos os endereços das propriedades dele, as que você souber. Marque também as que ele costuma ficar mais."

"Nem precisa, eu sei onde ele está morando ultimamente."

……

Duas da manhã, Joana e Dionísio encontraram Vicente na porta de um bar.

"Irmã Joana, Prof. Matos, vocês chegaram rápido mesmo…" Ele abriu a porta do carro e entrou, coçando a cabeça enquanto falava.

Joana sentiu o cheiro de álcool vindo dele e franziu a testa, incomodada.

No momento seguinte, Dionísio abriu a janela do carro: "Vamos deixar o ar circular."

Joana sentiu uma onda de gratidão silenciosa.

Vicente digitou o endereço no aplicativo de mapas e passou o celular para frente: "Prof. Matos, é só seguir o GPS. Daqui até lá deve dar uns trinta minutos."

"Certo."

Durante todo o caminho, o ambiente dentro do carro era assustadoramente silencioso.

Vicente quis falar algumas vezes, mas vendo a expressão fechada de Joana, acabou não dizendo nada.

Meia hora depois, o carro chegou a uma casa de campo nos arredores da cidade.

"Viviane…"

Ele olhou para ela com um olhar de cachorro perdido, cheio de mágoa.

Mas a mulher não se comoveu. Sentou-se de repente e se afastou dele: "Não me toque."

"Viviane, você está querendo demais, não é?" A expressão dele ficou imediatamente sombria, a mágoa anterior deu lugar à frieza.

"Já não consegue mais fingir?" Viviane arqueou os lábios num sorriso sarcástico, "No fundo, você não passa disso."

Miguel agarrou o queixo dela: "Não me provoque."

"Ah, então nem falar eu posso agora?"

"Fala só o que eu quero ouvir, minha querida." Ele sorriu.

"O que você quer ouvir?" Viviane devolveu a pergunta.

Miguel olhou nos olhos dela e disse, palavra por palavra: "Diz que me ama."

"Claro," ela sorriu de canto, "Vai catar coquinho!"

Ele riu de raiva, mas não pareceu surpreso, como se já soubesse que ela nunca diria o que ele queria.