Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1243

"Joana... mano... vocês finalmente chegaram..."

"Como você está agora? Consegue sair daí?"

Viviane respirou fundo, tentando controlar as emoções: "Não, a porta principal precisa de digital, as entradas laterais e os corredores estão todos trancados."

Exatamente como Vicente havia descoberto.

"Só dá pra sair pela janela, mas... é muito alto."

Era um sobrado de cinco andares, e Viviane estava justamente no último, a uns quinze metros do chão. Se pulasse direto, seria morte ou ferimentos graves.

Joana olhou ao redor, tentando encontrar algo que pudesse ser usado: "Você consegue achar alguma corda ou algo parecido?"

Dionísio balançou a cabeça suavemente: "Não tem, eu já procurei."

"Ah!" Vicente lembrou de repente: "Eu lembro que atrás da casa tem um quartinho, onde guardam umas coisas e ferramentas. Talvez a gente ache uma corda lá! Vou dar uma olhada!"

Assim que terminou de falar, saiu correndo para os fundos da casa.

Quando voltou, trazia um rolo de corda nas mãos: "Achei só isso, parece aquelas cordas de segurança que usam em trabalho em altura, mas não sei se o comprimento é suficiente."

Dionísio pegou a corda e mediu por alto: "O comprimento com certeza não é suficiente, mas podemos pensar em outra solução."

Enquanto falava, olhou para a fachada da casa e percebeu que no terceiro andar havia um grande beiral decorativo.

"Essa corda deve ser suficiente do quinto até o terceiro andar. Primeiro, a Viviane desce até o terceiro, eu subo lá para ajudar ela. Deve dar certo."

"E depois, como vocês vão descer do terceiro andar?" Joana perguntou.

A corda já estaria presa no quinto andar, então não seria possível usá-la novamente do mesmo jeito.

Dionísio pareceu adivinhar a preocupação dela: "Tem como sim. A Viviane sabe fazer nó especial."

Vicente: "Que nó especial?"

"É um jeito de amarrar a corda que, puxando de um lado, ela se solta sozinha. A Viviane aprendeu isso num curso do clube de aventura."

Chegando ao terceiro andar, puxariam o nó e a corda poderia ser usada de novo.

Vicente: "Só falta resolver como a gente vai mandar a corda lá pro quinto andar?"

Nesse momento, Viviane falou: "Eu tenho uma ideia! Esperem um pouco..."

Logo sumiu da janela e, em poucos instantes, jogou para baixo uma linha de pesca com um anzol.

Mesmo ainda pendurada, sem ter os pés no chão, ela sabia que estava salva.

"Está tudo bem agora, tô aqui." Dionísio a confortou com voz calma, mas as mãos ágeis já desfaziam o nó na cintura dela.

Com um puxão certeiro, soltou o nó preso na janela do quinto andar.

Rapidamente prendeu uma ponta da corda para segurança, e amarrou a outra de volta na cintura de Viviane: "Viviane vai descer agora."

"Tá." Vicente engoliu em seco.

Felizmente, tudo correu bem e, um depois do outro, Viviane e Dionísio chegaram ao chão.

Joana olhou o relógio: "Já são quatro e quarenta. Melhor irmos embora daqui logo."

"Certo."

Os quatro não perderam tempo e seguiram em direção ao carro.

Mas, no meio do caminho, ouviram um motor de carro se aproximando rapidamente.

O rosto de Vicente ficou pálido: "Droga, o Miguel voltou!"