Cada lugar tem seus costumes; ele, embora não compreendesse, escolheu respeitar.
Percebendo a decepção nos olhos de Betânia, ele de repente falou: "Ei, você acha que nós dois estamos parecendo aqueles alunos do primário que foram colocados de castigo pelo professor?"
Betânia respondeu: "Alunos do primário é você!"
"Então... isso que a gente tem seria tipo namoro precoce?"
Puf—
Betânia não conseguiu se segurar e começou a rir.
Mas, lembrando da ocasião — todos os tios, tias, padrinhos e madrinhas de olho neles — precisava manter a postura, senão seria repreendida de novo.
Imediatamente, ela conteve o sorriso, tossiu levemente para disfarçar.
Não esperava que, no segundo seguinte, Kléber, como num passe de mágica, tirasse um pacote de pipoca.
Betânia: "??"
"Toma."
"De onde veio isso?"
"Acabei de comprar na rua, é daquela barraquinha que você mais gosta."
Betânia pegou, provou um pouco e, de fato, era o sabor que guardava na memória. "Como você sabia que eu gostava dessa?"
"Perguntei pra tia."
Betânia: "..." Tá bom, tá bom, mais uma vez ele conseguiu agradá-la.
Após o término do ritual de homenagem aos antepassados, Betânia e Kléber já estavam sentados, esperando o início da refeição.
Mateus e Denise ainda estavam ocupados arrumando tudo e não tinham se juntado a eles.
Betânia deixou dois lugares reservados.
Não esperava que—
"Esses lugares estão livres! Vou me sentar aqui!" Uma mulher de meia-idade se aproximou sorridente e se sentou sem cerimônia.
Por sorte, Kléber chegou a tempo, senão...
Betânia até hoje não ousava imaginar o que teria acontecido.
Com tantos lugares vazios, Tia Cida fez questão de sentar nos lugares reservados para seus pais — se isso não fosse de propósito, Betânia jamais acreditaria.
Como a provocação veio do outro lado, se ela simplesmente recuasse...
Seria uma vergonha!
Tia Cida, de olho esperto, falou sorrindo: "Você é teimosa, hein? Troca de mesa que resolve."
Betânia forçou um sorriso: "Tia, a senhora também é bem teimosa, né? Por que não troca de mesa?"
A mulher ficou tremendo de raiva.
De repente, pareceu se lembrar de algo, e logo se acalmou, ainda sorrindo: "Veja só, seu tio está ali na mesa do lado, meus quatro filhos também. Quis sentar mais perto deles, só isso."
"E a culpa é da sua mãe, né? Depois de tantos anos, nunca conseguiu ter mais filhos? Se tivesse tido mais uns filhos homens e lotado a mesa, não precisava se preocupar com ninguém vindo tomar lugar, né?"

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Adeus Sem Perdão
Gente, agora tem que pagar?...
Não vão mais atualizar?...
Atualizações?...
E as atualizações?...
atualizações pls!!!...
Aguardando mais atualizações!!!...
Por favor mais capítulos!🙏🙏...
Cadê as atualizações!!!?...
Onde estão as atualizações? 🙏🙏...
Ansiosa por mais capítulos! 🙏🙏🙏...