Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1336

O homem de terno pareceu, de repente, ter sido estrangulado. Seu rosto ficou pálido, e o suor frio escorria copiosamente: "Sr. Blanco, eu..."

"Não precisa se explicar, é normal que homens não consigam controlar seus instintos. Com quem você dorme não me interessa, mas você tentou proteger alguém que eu quero morto, Waldir—"

Virgílio disse cada palavra com firmeza: "Você quebrou as regras."

"Me perdoe, Sr. Blanco!"

O homem caiu de joelhos, pesadamente, e implorou: "Eu estava fora de mim para fazer uma coisa dessas! Por favor, me dê mais uma chance, prometo que vou compensar!"

Virgílio olhou para ele, e um traço de intenção assassina fria passou por seu olhar profundo.

Mas, logo depois, ele reprimiu esse impulso.

"Que isso não se repita. Fora daqui!"

O homem de terno saiu da sala tropeçando e quase rastejando.

No instante em que a porta se fechou, suas pernas cederam de vez, e ele desabou no chão.

Suas costas já estavam completamente encharcadas de suor.

……

Dionísio só recebeu o relatório da investigação policial no 21º dia após o incidente.

O relatório confirmou que Suzana usava uma identidade falsa e que havia indícios de ligação com uma organização estrangeira de espionagem.

O pen drive, esquecido apressadamente no laboratório de Dionísio, também foi identificado como contendo um programa de espionagem.

Todas as evidências apontavam que a "falsa Suzana" era espiã!

Assim, sua presença como estudante de intercâmbio na Universidade B, bem como sua insistência em se aproximar de Dionísio e Joana, tinham uma explicação perfeitamente plausível.

"E aquele caminhão? Já encontraram?"

Joana, após ler todo o relatório, perguntou de imediato.

Dionísio balançou a cabeça: "Ainda não."

Os dois caíram em silêncio ao mesmo tempo.

Joana disse: "Meu instinto diz que a situação não é tão simples assim."

Dionísio perguntou: "Joana, você tem alguma ideia?"

"Essa Suzana... me lembra muito a Sónia. Não tenho provas, é só intuição."

"E a Sónia...?"

"Segundo o passaporte, ela saiu do país há três anos para o Sudeste Asiático e nunca mais voltou."

Com isso, todas as pistas se esgotaram.

Se a falsa Suzana era ou não Sónia, não havia mais como saber.

Tudo era coincidência demais, perfeito demais.

Como se fosse uma peça cuidadosamente encenada, com causas, consequências e detalhes de enredo aparentemente completos e razoáveis, mas com uma estranheza inexplicável por trás.

"Deixe isso para lá." Dionísio pegou os documentos das mãos dela e os colocou de lado.

Só então Joana percebeu que estava em silêncio, absorta, por quase uma hora.

"O inimigo está nas sombras, e nós estamos expostos. Continuar investigando não levará a lugar algum. Mas enquanto o inimigo existir, um dia ele voltará a agir."

"É, você tem razão..."

"Agora podemos comer? A comida já esfriou..."

"Nem fale, estou morrendo de fome."