Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1359

Também não havia ninguém que merecesse que ela suportasse tanta mágoa.

Felipe: "Espero que você consiga ser sempre assim, sabendo claramente o que quer e lutando por isso com toda a sua força."

"Se algum dia se sentir cansada, não precisa forçar, volte para casa. Seu avô, sua avó e... eu, estaremos sempre aqui apoiando você."

As lágrimas brilharam nos olhos de Joana, mas logo foram substituídas por um sorriso: "Tá bom!"

Felipe tirou um colar e o entregou casualmente: "Comprei isto no ano passado, numa viagem de trabalho para a África, quando passei por uma loja de acessórios local."

Na verdade, ele já quisera dar o presente a Joana naquela vez em que voltara da África e visitara a casa dela.

Mas foi adiando, e acabou nem planejando mais entregar. Só que...

No fundo, ele não se conformava.

Joana pegou o colar e segurou o pingente na palma da mão. O interior do círculo continha o desenho de uma estrela de seis pontas, e no centro do desenho, estava gravada uma sequência de letras—

HakunaMatata

Enquanto examinava, ela leu em voz baixa, quase sem perceber.

Assim que terminou, de repente achou aquilo familiar.

"Isso é... uma frase do 'O Rei Leão'?"

Felipe: "Sim, também é um provérbio africano. Significa: sem preocupações, sonhos realizados."

Em "O Rei Leão", era a bênção de Pumbaa e Timão para Simba, assim como, naquele momento... era o voto de Felipe para ela.

...

Quando o Velho Senhor e a Velha Senhora souberam que Felipe iria para a Austrália desenvolver sua carreira, o choque e o espanto em seus rostos foram ainda mais intensos do que os de Joana.

"...Por que decidiu ir para a Austrália de repente? Será que sua avó falou algo que te magoou? Eu..."

"Vó," Felipe a confortou com voz suave, "não se apresse, me escute primeiro, pode ser?"

Susana apertou as mãos, inquieta: "Você está indo embora, como eu não vou me preocupar? Eu... eu já estou ficando desesperada..."

"Vó, eu estou indo a trabalho."

"Que trabalho é esse que exige morar na Austrália? Você pode controlar tudo do mesmo jeito na sede do Grupo Capital..."

"Dessa vez, realmente não dá."

Felipe sorriu, abriu a porta e sentou no banco do passageiro.

"O carro é do Dionísio, né?"

"É."

"Assim como ele, o carro é antiquado e sem graça."

Joana não sabia se ria ou chorava: "Ué, o importante não é que funcione?"

"Você é muito pouco exigente."

Joana girou o volante, olhando firme para frente, e respondeu: "Não é nada importante, pra que tanta exigência?"

A energia das pessoas é limitada, até fazer exigências consome.

É melhor guardar para o que realmente importa.

Felipe ficou sem palavras: "...No fim das contas, você sempre tem seu ponto de vista."

Joana assentiu de verdade: "Isso mesmo."