Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1372

Laura ficou surpresa. "...Me perguntar? Me perguntar o quê?"

Dionísio também não fez rodeios: "Hoje fui até a sala de segurança e acessei as imagens do quiosque do jardim, do dia 4 de agosto."

Quando Dionísio mencionou "4 de agosto", Laura ainda não tinha entendido, mas ao ouvir "quiosque", ela imediatamente se sobressaltou.

Dionísio observou sua reação. "Lembrou agora?"

O olhar de Laura vacilou. "Você..."

"Com certeza você deve estar se perguntando: ‘As imagens de dois meses atrás já não deveriam ter sido sobrescritas? Como eu ainda pude vê-las? Será que estou te intimidando?’"

Laura ficou apreensiva por dentro.

"As imagens realmente podem ser sobrescritas ou até apagadas, mas você esqueceu com o que eu trabalho. Mesmo que eu não conseguisse recuperar sozinho, achar um especialista em informática não seria difícil, certo?"

"Dionísio, você está me interrogando?"

"Exatamente! Eu achei que você e o pai já tinham aceitado a Joana, mas pelo visto... Não, na verdade eu deveria ter percebido antes..."

Uma pessoa tão educada, tão cheia de etiqueta, saiu de repente e nunca mais quis voltar. Com certeza havia um motivo.

"Açafrão, não é? Ainda bem que nosso sistema de segurança não grava só imagens, mas também áudio. Mãe, eu realmente não consigo entender como você pôde fazer uma coisa dessas! Você assistiu novela demais e acabou perdendo o juízo?!"

E admitia também que, no fundo, nunca esteve realmente satisfeita com Joana, ao contrário do que deixava transparecer.

Ela simplesmente não gostava daquela moça, desde a primeira vez que a conheceu, num evento de chá, sentiu uma antipatia enorme.

"Eu sou humana, não sou santa. Tenho minhas preferências. Quem disse que eu sou obrigada a gostar da Joana?! Ela é algum real? Não tem defeitos, não tem nada que desagrade ninguém? É obrigatório que todo mundo goste dela, que todo mundo a valorize como você faz?!"

Dionísio: "...Eu nunca exigi que você gostasse dela, mas odiá-la já é demais, não? Até com pessoas estranhas você é capaz de ser educada, por que é tão difícil tratar a Joana com o mínimo de respeito? Não venha com esse papo de preferência pessoal. Gostar pode não ter motivo, mas odiar sempre tem uma razão."

"Certo," Laura conteve as lágrimas, forçando um sorriso enquanto assentia com a cabeça. "Já que você perguntou hoje, vou deixar tudo claro. Em primeiro lugar, só pelo jeito que você está falando comigo agora, e por todas as brigas e conflitos que tivemos por causa dela, já tenho motivos de sobra para não gostar da Joana."

"Quanto mais você a protege, quanto mais briga comigo por ela, mais eu a detesto, menos aceito vocês juntos, menos consigo imaginar ela como minha futura nora!"