Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1429

A mão de Dionísio ficou paralisada no ar.

"Motivo? Inteligente como você é, já deve ter suspeitado, não? Só não quer acreditar, por isso me pede confirmação."

"Professor..." O olhar de Joana ainda era carinhoso, mas suas palavras saíram com decisão e firmeza: "Você tem suas responsabilidades e princípios, eu tenho minha dignidade e meus objetivos. Já que percebemos que não dá para conciliar os dois, por que não largamos, por que não deixamos um ao outro livre?"

Dionísio balançou a cabeça: "Eu não vou desistir, você me prometeu, Joana... Você prometeu que não desistiria facilmente, por que agora está recuando?"

"Desculpe, eu tentei... também me esforcei... Mas tem coisas que não mudam só com esforço."

Joana já tinha aprendido essa lição há muito tempo.

Ela dedicou tanto à Juliana Dias e, no fim, só recebeu desprezo e humilhação.

Ela insistiu por sete anos com Ricardo Vieira, não conseguia mais insistir outros sete anos por Dionísio.

Talvez, fosse isso que Dona Gomes chamava de "não amar o suficiente"?

Mas Joana já não se importava mais.

Por que desperdiçar mais sete anos repetindo o erro, se ela já tinha entendido a lição nos últimos sete?

Qual seria o sentido dos sete anos anteriores?

Ricardo era Ricardo, Dionísio era Dionísio.

Ela sabia, com clareza, a quem amar e quem merecia seu amor. Não precisava provar nada para ninguém.

"No dia da festa, eu e Dona Gomes já colocamos tudo em pratos limpos, acho que... rompemos de vez. Devolvi o filho dela exatamente como encontrei e, em troca, levei comigo o marido que ela queria para celebrar o aniversário de casamento."

"Eu hesitei, mas no fim foi ela mesma quem me fez enxergar que todo mundo tem seu lado egoísta, eu não sou exceção. Então, entre ela e o professor, escolhi o segundo."

Joana não foi cruel. Apenas contou a Thiago o que tinha acontecido. Se ele iria ou não para a Austrália com ela, a decisão era dele.

Perto dos métodos de Laura, que sacrificava os outros sem hesitar, Joana foi muito mais generosa.

Mas agora, nada disso importava mais.

O fato era—

Joana: "Sua mãe me odeia, e eu só quero ficar longe dela, o mais longe possível."

"Se for só por causa da minha mãe, eu posso—"

Joana balançou a cabeça e o interrompeu: "Não, você não pode. Você não conseguiria ir contra a sua obrigação de filho, nem suportaria ver sua mãe, doente, magoada. Se você conseguisse, já não seria o Dionísio que eu amo..."

Era um impasse sem solução.

"Dionísio, nós... vamos terminar de forma civilizada."

Joana terminou de falar, levantou-se e foi embora.

Ao chegar à porta, parou por um instante: "Obrigada por ter levado meus pais de volta para Cidade L. Vou explicar tudo para eles, quero que saibam que o que houve entre nós não foi culpa sua. Se não se importar, pode continuar sendo amigo do meu pai e o leitor mais fiel da minha mãe. Cada um com a sua parte."

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar