Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1467

Joana: "Professor Willian, desse jeito o senhor me deixa até sem graça."

Willian levantou a taça: "Veja só, já nos conhecemos há alguns anos. Quando você chegou ao laboratório, pensei: ‘Uma menina tão jovem, como pode?’ Falo isso, mas não leve a mal, por favor."

Ursula apressou-se a acrescentar: "Ele está te elogiando, viu? Não acreditava que uma moça tão bonita pudesse se dedicar à pesquisa. Já o repreendi por isso."

Joana rapidamente abanou as mãos: "Imagina, não foi nada."

Willian suspirou, emocionado: "Enfim, a vida é feita de encontros. É raro encontrar bons amigos, ainda mais quando você acabou se tornando minha professora em certas coisas... Vou beber essa taça em sua homenagem!"

Ele bebeu de forma animada e Joana, para corresponder à gentileza, também tomou sua taça de uma vez.

Achou que por aí terminaria, mas Ursula também fez questão de brindar especialmente com ela.

Joana novamente bebeu tudo de uma só vez.

Quando voltou a se sentar, a cabeça já girava um pouco.

Ainda bem que ela havia comido algo antes, não estava de estômago vazio, então se sentia razoavelmente bem, só que...

Seu rosto estava completamente corado.

Comeu mais alguns pedaços de comida e já estava satisfeita. Provavelmente bebeu rápido demais, pois sentia o corpo aquecido, um pouco quente e abafado.

Levantou-se: "Já terminei, fiquem à vontade. Vou dar uma volta lá fora."

Ao terminar de falar, se retirou.

Joana saiu para a área externa do hotel, respirou fundo e soltou o ar devagar.

Uma brisa veio ao seu encontro, trazendo um alívio imediato.

"Oi, tudo bem?"

De repente, uma voz surgiu atrás dela.

Joana se virou, um tanto surpresa: "Você... está falando comigo?"

"Sim. Olá, meu nome é Alexandre, sou primo da noiva."

O homem parecia ter pouco mais de trinta anos, usava camisa branca e calça social, ostentava armação de óculos sem borda, tinha boa postura e era bem-apessoado, com aquele típico ar de executivo.

"Oi." Ela acenou levemente com a cabeça.

"É um prazer conhecê-la. Podemos trocar WhatsApp?"

Ele foi direto ao ponto.

Dionísio: "..."

"Faz um esforço, finge que está bêbado."

"..."

Quando Dionísio chegou ao jardim e viu aquela silhueta familiar, finalmente sentiu alívio.

Mas, no segundo seguinte, ao perceber o homem ao lado dela, seus olhos antes tranquilos tornaram-se subitamente escuros e profundos, como dois redemoinhos sem fundo.

"Joana!" ele chamou em voz alta.

Joana e Alexandre se viraram ao mesmo tempo.

Dionísio avançou naturalmente, posicionando-se ao lado de Joana, e encarou o homem à sua frente: "E este é...?"

Alexandre apresentou-se e estendeu a mão: "... É um prazer, Professor Matos."

Dionísio apertou sua mão.

Os olhares se cruzaram: um, frio e reservado; o outro, sereno e cordial.