Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1472

Bernarda lançou um olhar para a van da babá atrás dele. Os dois pequenos, ao ouvirem o barulho, já tinham enfiado as cabecinhas pela janela para espiar.

"Vamos conversar em casa, pode ser?"

Sílvio também sabia que aquele não era o melhor lugar para falar. Suspirou levemente e assentiu: "Vamos."

Ele mesmo abriu a porta do carro para Bernarda.

Assim que a viram, os dois pequenos correram em sua direção —

Euzébio: "Mamãe, você está bem?"

Bernarda: "Você acha que eu pareço estar mal? Por que esses olhinhos estão cheios de lágrimas? Será que o nosso pequeno homem vai chorar?"

Euzébio fungou: "Não vou não! Por que eu choraria?!"

Benito resmungou: "Fica bancando o durão."

Então, examinou Bernarda de cima a baixo. Só depois de ter certeza de que ela realmente estava bem, soltou um suspiro de alívio.

Benito: "Mamãe, aqui não é divertido. Vamos pra casa?"

Bernarda acariciou a cabeça da filha: "Sim, vamos pra casa."

Quando chegaram à casa, o céu já estava completamente escuro.

No chão da sala ainda estavam espalhados vários equipamentos de acampamento e as mochilas de cada um.

Bernarda: "Me desculpem por não ter conseguido levar vocês para passear hoje."

"Mamãe, tudo bem! Se não deu hoje, quem sabe amanhã ou depois? O importante é estarmos juntos."

Benito assentiu: "O mano tem razão."

Euzébio, surpreso, abriu um sorriso — Benito tinha mesmo chamado ele de "mano"?!

Ficou todo feliz~

……

Quando os dois adormeceram, já eram onze horas.

Bernarda saiu do quarto em silêncio, fechando a porta com cuidado.

Sílvio, de pijama, aproximou-se: "Já dormiram?"

"Sim."

"Preparei o banho de banheira pra você. Vai relaxar um pouco?"

"Obrigada."

No quarto principal—

Quando Bernarda saiu do banheiro, Sílvio estava encostado na cabeceira da cama, mexendo no celular.

Sua expressão era tão séria que parecia capaz de esmagar um mosquito entre as sobrancelhas.

Ao vê-la pronta, ele largou imediatamente o celular e foi pegar o secador de cabelo.

Segurou a mão de Bernarda e disse: "Deixa que eu faço."

E, dizendo isso, ligou o secador e começou a secar os cabelos dela.

Bernarda não precisou fazer nada, apenas sentou-se quieta.

Os dedos longos de Sílvio passavam entre os fios úmidos, enquanto o ar quente do secador acariciava seu couro cabeludo. O calorzinho confortável fez com que Bernarda sentisse uma leve sonolência.

No silêncio do quarto, só se ouviam o zumbido do secador e o som dos cabelos sendo penteados.

Até que—

O barulho cessou, e Bernarda, ao levantar o olhar, encontrou os olhos profundos do homem.

Sílvio a observava com atenção.

Havia muitos sentimentos complexos naquele olhar, que acabaram se transformando em um suspiro à flor dos lábios.

Ele segurou a mão dela, guiou-a até a cama e deu tapinhas no colchão.

Bernarda piscou: "O que foi?"