Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1477

Meados de junho, o calor era insuportável.

Sob o sol escaldante e ondas de calor abrasadoras, a defesa de mestrado chegou como previsto.

Após a inesperada morte de Márcia Quadros, Joana, Betânia Azevedo e Kléber Blanco ficaram sem orientador. A faculdade sugeriu que um novo orientador poderia ser designado para os três.

Sem surpresa, todos recusaram.

A faculdade entendia muito bem a personalidade de Joana, Betânia e Kléber; não era algo que pudessem resolver à força. Por isso, após a recusa, não insistiram.

Na verdade, vários professores, de olho nesses talentos promissores, manifestaram espontaneamente interesse em recebê-los.

As palavras do diretor foram as seguintes—

"Você acha que só você é esperto? Quer pegar aluno pronto, tem um monte de gente na fila! Vitor, Elpídio, Tomás... até o Velho Sr. Ribeiro, que há três anos não orienta mais pós-graduandos, veio me perguntar."

"Normalmente, quando peço para aceitarem mais alguns alunos, vocês agem como se fosse um sacrifício. Agora, de repente, ficam generosos? Querem logo três de uma vez! Não reclamam do trabalho, do cansaço, nem dizem estar sobrecarregados?"

O professor, ouvindo isso, primeiro ficou surpreso, depois deu uma risada: "Mas isso é diferente, não é? Bons alunos nunca são demais, quanto mais melhor. Veja, até o Velho Sr. Ribeiro, que já estava aposentado, ficou tentado. Se até ele tem vontade, por que eu não teria?"

"Como diz o ditado, todo mundo valoriza o talento! Nós, que dedicamos metade da vida à Universidade Popular, quem não quer formar um bom discípulo, dar orgulho ao departamento? Diretor, não venha dizer que o senhor não pensa igual… Isso seria um pouco hipócrita, não acha?"

O diretor: "……"

Como Joana e seus colegas eram muito disputados e seria complicado favorecer qualquer professor, além da postura inflexível dos três, o diretor ficou sem saída e teve de encaminhar o caso para a Pró-Reitoria e para a Reitoria.

A Pró-Reitoria logo se fez de desentendida, sem se envolver.

Afinal, independente de qual "flor" fosse colhida, não seria para eles.

Só um tolo se preocuparia com isso e ainda sairia perdendo.

Sem resposta da Pró-Reitoria, a questão acabou caindo no colo de Márcio e Octavio.

Octavio tomou a iniciativa e foi conversar com Joana.

Ele sabia muito bem que Joana era o alicerce do grupo; a decisão dela influenciava diretamente Betânia e Kléber.

"O que você pretende?" — ele foi direto ao ponto.

Joana não escondeu nada: "Já conversamos com a direção duas vezes. Não precisamos de novo orientador e, além da Profa. Quadros, não reconheceremos outro."

Octavio ficou em silêncio por um longo tempo. "...Sem orientador, como vocês vão fazer o TCC e a defesa?"

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