Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1522

Joana a avaliou de cima a baixo.

Bernarda ficou um pouco desconfortável e engoliu em seco: "Por que está me olhando assim?"

"Enquanto você não quiser terminar, ninguém pode separar vocês."

"Sério? Eu sou mesmo... hum, tão poderosa assim?"

Joana sorriu.

Bernarda era esse tipo de garota: ousada, destemida, sempre chamando atenção. Só ela conseguia fazer Dona Gomes arregalar os olhos, nunca dava a Laura a chance de provocá-la ou a fazer passar raiva.

Isso era ótimo.

Desde que...

Sílvio fosse firme e a apoiasse, os dois não se separariam.

"Claro," disse Joana, "só agora percebeu? Você é incrível."

Bernarda assentiu: "Parece elogio, mas pensando bem, também soa meio sarcástico."

Joana respondeu: "Considere como elogio."

"O tom foi meio forçado, mas tudo bem, eu aceito. Então, segundo essa lógica, você e Dionísio terminaram porque você quis? Motivo mais pessoal do que externo?"

Joana não respondeu.

Quando Bernarda achava que não teria resposta, Joana falou de repente—

"Tenho coisas mais importantes do que namorar."

"Não dava para conciliar um namoro com outras coisas?"

Joana balançou a cabeça: "É muito difícil."

"Ah, então, pelo visto, você não é tão incrível assim."

"…"

Entre petiscos e conversas, três horas passaram rápido.

Tiago apareceu: "Srta. Neto, o barco está prestes a atracar."

"Obrigada, pessoal, pelo trabalho."

Quando ergueu os olhos, a ilha já estava claramente visível no horizonte.

Conforme o barco diminuía a velocidade, elas se aproximavam cada vez mais.

Ao desembarcar, Joana percebeu que aquele cais era... rudimentar demais.

Alguns barcos de pesca estavam atracados de qualquer jeito, e não havia nenhum calçamento no cais; era preciso atravessar um trecho de lama a pé antes de chegar na ponte de madeira.

Parecia aqueles vilarejos de pescadores do interior do Brasil que ainda não foram desenvolvidos.

Joana perguntou: "E agora, quais são seus planos?"

Bernarda respondeu: "Primeiro, encontrar uma pousada."

Joana lhe entregou um endereço: "Aqui fica a base da equipe de pesquisa na ilha. Se precisar, pode me procurar lá."

"Certo."

Joana disse: "Então, desejo que... tudo corra bem para você."

Bernarda sorriu: "E eu te desejo—que tudo o que quiser se realize."

Elas se separaram no cais.

Joana seguiu sozinha para o alojamento da equipe de pesquisa.

Saulo Faro... Prof. Faro...

Finalmente, iam se encontrar.

Joana esperou muito por esse momento.

Ela pensou que ficaria muito emocionada, mas quanto mais se aproximava, mais tranquila se sentia.

Meia hora depois, combinando caminhada e uma carona de moto, ela chegou à base da equipe de pesquisa, o mesmo lugar onde Márcia havia vivido—

Um vilarejo chamado "Namat".