Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 153

A Velha Senhora olhava para as costas dele e explodia em xingamentos: "Seu filho ingrato! Você só pode ter sido corrompido por uma mulher astuta, agora até ousa desobedecer seus pais! Eu digo uma coisa, e você tem dez para rebater, cada uma desrespeitosa! Vá, vá para longe, leve com você sua filha que a astuta deu à luz, e nunca mais me reconheça como sua mãe!"

Para Tânia, seu desafio aberto era como um tapa na cara.

Nesse momento, o desprezo da Velha Senhora por essa nora atingiu seu ápice, até mesmo Fernando, seu filho, foi ressentido juntamente.

Por que tinha que escolher alguém assim?

O velho ditado estava certo, casou-se e esqueceu da mãe!

Todos eram ingratos e desobedientes!

...

No caminho de volta para casa, Fernando permanecia em silêncio.

Vendo isso, Tânia gentilmente segurou sua mão.

Fernando olhou para ela e sorriu, sinalizando que estava tudo bem.

Ele já tinha se acostumado com o favoritismo de sua mãe ao longo dos anos, e essa "despedida não amigável" não era a primeira nem a segunda vez.

Antes, ele suportava quando possível, mas quando se tratava de Joana, mesmo Fernando, com seu bom temperamento, não podia tolerar tais difamações contra elas.

Chegando em casa, Tânia se preparava para cozinhar, mas foi parada por Joana.

"Mãe, deixa que eu faço."

"Você?"

Anteriormente, em casa, Joana mal cozinhava, sempre era Fernando quem preparava tudo e servia à sua frente.

"Sim, hoje vocês vão provar um pouco da minha culinária."

"Não vá acabar queimando a cozinha," disse Fernando, que não pôde evitar de comentar, apesar de seu humor ainda estar baixo.

Joana, indignada, respondeu: "Sou tão ruim assim?!"

O casal acenou com a cabeça em uníssono.

Joana: "…"

Uma hora depois—

Diante dos pratos na mesa, Fernando e Tânia tinham expressões de incredulidade.

"Sim, vendo como ela escolhe os vegetais e a habilidade com que ela manuseia a panela, ela com certeza deve ter cozinhado bastante."

Os olhos de Joana se encheram de lágrimas.

No meio da noite, caiu uma grande neve, o vento frio uivava lá fora, mas as pessoas dentro da casa dormiam profundamente.

Joana acordou cedo e ouviu Fernando dizer: "A neve estava tão pesada ontem à noite que a porta da varanda quebrou. Nos próximos dias, vocês não vão para a varanda, não seria bom se algo caísse em vocês."

Morando no mesmo condomínio antigo por décadas, embora a estrutura do edifício ainda fosse sólida, os interiores estavam desgastados e deteriorados, propensos a problemas durante condições climáticas extremas.

Joana olhou ao redor, lembrando-se de que tinha vivido ali desde que nasceu, e por muitos anos, nada mudou em casa.

Antes, ela não percebia, mas hoje se deu conta de quão antiga sua casa estava.

Até a decoração era de décadas atrás.

"… Por que diz que fui eu quem estragou? Com que olhos você viu eu mexendo em algo? Não pense que por ser uma escritora qualquer, você pode caluniar as pessoas!"

Lá fora, ouvia-se uma discussão, Joana e Fernando correram para o quintal.

Viram Tânia com os olhos vermelhos, respirando pesadamente, enquanto Gabriela, de braços cruzados, exibia um ar de despreocupação e satisfação.