Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1531

Joana balançou a cabeça.

Ela não sabia.

Ronaldo ficou sem palavras por um instante.

Depois, forçou uma frase: “... Você realmente é assim! Quem está de barriga cheia não entende a fome dos outros!”

Joana: “...”

Naturalmente, lavar a louça não era tarefa para ela.

O Prof. Gabriel até já tinha lavado as frutas e ofereceu a Joana: “Joana, experimente esses mirtilos. Colhi ontem no sítio, estão fresquinhos!”

Joana ficou um pouco sem jeito: “Obrigada, o senhor não precisava se incomodar, eu mesma poderia...”

“Não, não,

Você é a responsável pelo nosso sucesso! É mais do que merecido!”

“...”

Depois que todos se dispersaram, Joana também se preparou para voltar ao quarto.

De repente—

“Não é à toa que você é a aluna em quem a Márcia mais confia, realmente... surpreendente.”

Saulo falou sorrindo.

Joana respondeu com um sorriso: “Prof. Faro, o senhor está me elogiando demais. Ouvi dizer que antes quem cozinhava na base era o senhor? Com certeza era melhor do que o que eu fiz.”

Saulo: “De jeito nenhum, eu nunca consegui fazer uma comida tão saborosa assim, não viu como todos elogiaram? Mas—”

Mudou o tom, sem perder o sorriso: “O valor de um cozinheiro está justamente em cozinhar. Nós, que trabalhamos com pesquisa, não levamos isso em consideração. Como diz o ditado, cada um tem seus pontos fortes e fracos; só quando cada um encontra seu lugar pode dar o máximo de si e alcançar seu verdadeiro valor, não é?”

Joana assentiu: “O senhor está certo. Mas... como pode ter certeza de que um bom cozinheiro não pode ser também um bom pesquisador? Ou que um excelente pesquisador não pode ser um bom cozinheiro?”

“Cada um tem seus pontos fortes e fracos, mas a fita métrica pode ser curta ou longa.”

O sorriso de Saulo diminuiu um pouco: “Vocês jovens têm mesmo ideias diferentes. Já que você gosta tanto de cozinhar, daqui pra frente as refeições da base ficam sob sua responsabilidade.”

Ontem ele tinha visto: a menina tinha acabado de chegar, mas só deram a ela cinco minutos para o banho.

Heh...

Como ela conseguiu fazer isso!

Joana ficou realmente surpresa: “A senhora e o Prof. Pires... dez minutos, foi suficiente? Não precisava, eu posso ser mais rápida, sem problemas.”

Receber tempo extra dos dois mais velhos do grupo deixava Joana desconfortável.

Mas Eulália disse: “Foi suficiente, sim. Só somos mais velhos, não temos problemas de mobilidade. Se lavar rápido, é tranquilo.”

“Então... tá bom. Muito obrigada, a senhora e o Prof. Pires!”

Joana aceitou o gesto com um sorriso.

“Imagina!” Eulália assentiu sorrindo, visivelmente feliz.

Aquela noite, Joana finalmente conseguiu lavar o cabelo tranquilamente, sentindo-se como se tivesse renascido.