Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1542

Saulo Faro passou por ela e seguiu à frente do grupo.

Catarina guardou o mapa e o acompanhou de perto.

Os demais também foram atrás, um a um.

Exceto...

"Prof. Willian, Prof. Faro, Prof. Gabriel, o que vocês três estão fazendo?" Catarina arqueou as sobrancelhas.

Willian e Ronaldo trocaram olhares e, em seguida, olharam para Joana Neto.

"Joana..."

Ambos demonstraram hesitação no olhar, buscando uma resposta.

No instante seguinte, porém, encontraram o olhar firme de Joana, que balançou a cabeça suavemente, negando.

Em um piscar de olhos, a incerteza nos olhos de Willian e Ronaldo deu lugar à confiança e decisão.

Willian falou em voz alta: "Podem ir na frente, meu kit de coleta já acabou, não vai adiantar eu continuar."

"Prof. Ronaldo?"

Ronaldo, rápido, respondeu: "Então... eu estou cansado, vou descansar um pouco antes de seguir."

Gabriel foi ainda mais direto: "Se a Joana falou, é porque tem motivo. Melhor prevenir do que remediar, é melhor vocês também não irem."

A vida é preciosa, ela não queria arriscar.

Ficar ali e agir só depois de entender a situação era o mais sensato.

Catarina mordeu os lábios, irritada: "Não sei que feitiço a Joana jogou em vocês para ficarem assim!"

Dizendo isso, virou-se e correu para alcançar o grupo.

Saulo perguntou: "E então?"

Catarina, em voz baixa: "Os quatro ficaram para trás."

"Ótimo, não importa. Já avisamos, já tentamos convencer. Se não cumprirem a missão, não é nossa responsabilidade."

"Já fizemos mais do que o suficiente."

"Prof. Faro, seguimos em frente? A grama ali parece diferente da que estamos pisando." Alguém perguntou.

Catarina franziu a testa: "Não é tudo gramado? Qual a diferença?"

"Não sei explicar... é só uma sensação."

Catarina percebeu o olhar hesitante e cauteloso da pessoa e entendeu que as palavras de Joana ainda tinham deixado sua marca.

"Sentimento não combina com um pesquisador profissional," Saulo falou friamente. "Trabalhamos com dados, com fatos!"

O outro se calou.

Saulo olhou ao redor e elevou a voz: "Parece que todos estão inseguros, mas não tem problema. Eu vou na frente."

Assim, foi para a dianteira do grupo.

Todos ficaram constrangidos e desconfortáveis.

"Vamos."

"Tá."

O grupo seguiu atrás de Saulo. Andaram por cerca de dez minutos por um gramado denso e verdejante.

À frente, havia uma área de mata tropical.

Pela experiência em coletas anteriores, sabiam que essas matas costumam esconder novas variantes de vírus.

Os olhos de Saulo brilharam: "Vamos, rápido!"

Todos demonstraram entusiasmo e alívio.

Mas o grupo já tinha avançado por mais de dez minutos, e mesmo que gritassem até perder a voz, Joana e os outros não escutariam.

"Devíamos ter escutado a Joana, pelo menos podíamos ter mandado alguém conferir antes de todo mundo cair nessa armadilha!"

"Pois é! Por que não ouvimos?"

"Aquela garota sempre foi confiável, nunca fala nada sem certeza. Fomos teimosos, ela tentou avisar, e mesmo assim não ouvimos. Agora estamos nessa situação..."

"Prof. Faro, tem alguma solução? Se continuar assim, todos vamos morrer nesse brejo!"

Todos voltaram o olhar esperançoso para Saulo.

Ela se sentiu profundamente envergonhada e culpada.

Se não fosse por sua insistência... ninguém teria seguido adiante...

Diante do silêncio de Saulo, o grupo mergulhou novamente no desespero.

Algumas professoras começaram a chorar.

"Como... como isso foi acontecer..." Catarina, tomada pelo medo e pela vergonha, sentiu o rosto arder, como se tivesse levado vários tapas.

Joana estava certa...

Realmente havia um brejo adiante!

E agora...

"Prof. Faro, o que a gente faz... Eu não quero morrer..."

"Cale a boca! Não percebe que já tem confusão demais?!" Saulo respondeu, com raiva, quase descontando sua frustração.

Mas, afinal, descontar em quem?

Não foi ela mesma quem causou tudo aquilo?!