Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 158

"Marcela..." a menina parecia perdida.

"Por que você está me olhando assim? Você sabe o procedimento de comprovação financeira? Se algo der errado e deixarmos entrar qualquer um, você vai assumir a responsabilidade?"

"Eu... acho que sei o procedimento, eles explicaram durante o treinamento. Se após a comprovação, o cartão preto dessa senhorita estiver em ordem, então a responsabilidade não será minha..."

"Heh, você começou a trabalhar há pouco tempo e já aprendeu bastante rápido. Mas deixa eu te dar um conselho, para trabalhar como uma funcionária, é preciso ter olho clínico, saber quem são nossos clientes, quem pode pagar e quem não pode, caso contrário, é apenas perda de tempo."

A menina apertou os lábios, "Obrigada, Marcela. Mas eu acabei de chegar e ainda não fiz nenhum negócio, estou na fase de aprendizado, preciso observar e praticar bastante, não me importo de perder tempo."

Após dizer isso, ela se voltou para Joana: "Senhorita, conforme o processo padrão, vamos verificar seu cartão. Se não houver problemas, você pode começar a ver os imóveis."

Em seguida, ela se dirigiu a Fernando e Tânia, "Senhor e senhora, por favor, sintam-se à vontade para sentar aqui e tomar um café, será rápido."

Fernando acenou com a mão, recusando: "Não precisa, está sendo muito gentil."

Ele estava claramente nervoso agora.

Joana estava levando isso a sério?

Assim que o cartão fosse verificado, a verdade viria à tona.

Melhor recuar agora e encarar algumas críticas do que continuar insistindo nisso.

Tânia estava mais calma que Fernando, pelo menos aparentemente.

Ela sentou-se e tomou um gole de café de maneira tranquila.

Mas... suas mãos tremiam enquanto seguravam a xícara.

"Senhorita, por aqui, por favor…"

"Certo." Joana assentiu e foi levada para um escritório.

"Pff! Continue se fazendo de difícil, vamos ver até onde você consegue ir! Algumas pessoas não veem a realidade até que seja tarde demais..."

...

Dez minutos depois—

Elas saíram do escritório.

"E então? O cartão é falso, não é?" A mulher ainda estava esperando na porta, claramente determinada a confrontar Joana até o fim.

"Não é isso, Marcela, o cartão da Srta. Neto…"

"Eu sei, é falso, não é? Da próxima vez não seja tão ingênua. Alguém fala em cartão preto e você realmente acredita?"

Naiara: "Não, não, é verdadeiro!"

"Pff! Sério mesmo?" A mulher revirou os olhos, seu sorriso se tornando ainda mais radiante.

Naiara: "..." Como eu faço para ela acreditar?

"Senhorita, tem certeza de que não quer reconsiderar?" Naiara perguntou novamente a Joana.

"Não, vamos assinar o contrato."

Embora o preço por metro quadrado deste empreendimento fosse superior ao preço médio atual na Cidade L, sua localização privilegiada, infraestrutura completa, e o fato de ser entregue mobiliado justificavam um prêmio sobre o preço. Direto para morar, mesmo um pouco acima do preço, seria normal.

Comparado aos preços de imóveis na Capital, já era bastante razoável.

Além disso, antes de vir, Joana já havia feito sua lição de casa, entendendo completamente os tipos de planta, orientação, instalações físicas e comodidades do condomínio de casas à beira do lago.