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Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1631

Joana sorriu e assentiu: "Acabei de acordar."

"Vixe! Que bom então—"

"Prof. Willian, o senhor está...?"

"Ah... Eu só fui ao banheiro."

Não é à toa que ainda estava andando pelo corredor no meio da noite...

Joana ficou em silêncio por alguns segundos, mas acabou perguntando: "...Em qual quarto está o Dionísio?"

Willian se surpreendeu por um instante, mas logo entendeu e não conseguiu evitar um suspiro, o rosto cheio de pesar e sentimento.

Uma moça tão boa dessas, como é que foi gostar logo do Dionísio, com aquele passado?

Aos olhos de Willian, Joana era a melhor moça do mundo: jovem, bonita, competente e, acima de tudo, de um caráter surpreendentemente bom.

E Dionísio?

Um solteirão tardio, com um histórico amoroso complicado, conquistas notáveis, é verdade, mas o caráter ainda precisava ser avaliado.

Claramente, não estava à altura!

Agora, vendo o quanto Joana se preocupava com ele, sendo a primeira coisa que perguntava ao acordar, não era óbvio que estava completamente envolvida?

Ai...

Uma flor tão bonita, por que logo...

Enfim, assuntos de jovens, não era seu lugar opinar.

E muito menos direito de se meter, então, após suspirar, Willian acabou revelando onde Dionísio estava.

"...É justamente o quarto onde você ficava antes."

"Muito obrigada, Prof. Willian!" Joana imediatamente desceu correndo as escadas.

Nem teve tempo de largar a bacia e os itens de higiene das mãos.

...

Dionísio estava deitado de costas na cama, olhando para o teto, sem conseguir dormir.

A anestesia na perna já tinha passado completamente, e a dor começava a se espalhar e aumentar.

Apesar do incômodo, não era algo que o impedisse de dormir.

O que o mantinha acordado era a preocupação, o pensamento recorrente em alguém.

Ele deixou que fizesse o que quisesse e ainda explicou: "O médico já viu, está tudo certo. Só que não vou poder andar por uns dias, então talvez eu precise da sua ajuda de novo, me desculpe~"

"?" Olha só, isso lá é pedido de desculpa? Só dava pra sentir a animação e o orgulho de quem conseguiu o que queria.

Joana levantou o olhar, pronta para retrucar, mas ficou surpresa no segundo seguinte.

Ao se aproximar, percebeu o quão pálido ele estava, os lábios ressecados e rachados em alguns pontos.

"Perdeu tanto sangue assim e ainda diz que está tudo bem?! O que seria grave para você, então? Nunca vi alguém esconder os problemas desse jeito!"

"...Ficou brava?"

Joana não respondeu, virou-se e foi pegar água para ele.

Ao entregar, não conseguiu evitar resmungar: "Com sede assim e não pede ajuda pra ninguém, acha mesmo que é de ferro, né..."

Dionísio recebeu o copo sorrindo: "Pra quê pedir, se sempre tem alguém trazendo?"

E, dizendo isso, virou o copo todo, ainda saboreando no final—

"Hum, docinha."

Joana: "..." — Que cara de pau! Até água filtrada consegue achar doce!

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