Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1663

No dia em que Eulália e Waldir partiram, todos foram ao cais para se despedir.

Sim, agora já havia um cais.

Não era mais preciso se preocupar em pisar no mangue e sujar os sapatos.

Também não precisava mais que Joana entrasse em contato com Tiago para arranjar um barco para sair da ilha, pois agora havia embarcações fazendo a travessia todos os dias.

Zhang e Wei ficaram em pé no convés, acenando para todos que estavam na margem.

Eulália disse: "Antes eu sonhava em voltar para casa, mas agora que está acontecendo, estou sentindo até um pouco de saudade daqui."

Waldir respondeu: "Então fica. Ainda dá tempo de desistir, o barco ainda não foi longe."

Eulália sorriu e acenou com a mão: "Você, hein, sempre brincando comigo…"

"Vamos, então, voltar para casa e curtir os netos."

"Desde quando você tem netos? Como eu não sabia disso?"

"Hehe… aconteceu este mês."

"Olha só, conseguiu esconder até agora! Só agora resolveu contar! Você não disse que ia apresentar uma namorada para meu filho? Até agora não vi nada disso."

"Hahaha… Vitor, ficou nervoso!"

Na margem, Willian já estava com os olhos cheios de lágrimas: "... Que bom, eles, nessa idade, finalmente vão poder descansar em paz."

Em suas palavras, havia um quê de... inveja.

De fato, vivendo em outro país, longe de casa, quem não desejaria voltar?

Ronaldo deu um tapinha em seu ombro, consolando-o em silêncio.

Joana foi a primeira a perceber a melancolia do grupo, hesitou por um momento, mas decidiu dar uma pista—

"Quem sabe em breve todos nós poderemos voltar."

Mas ninguém levou muito a sério, achando que Joana só queria animar o pessoal.

Willian disse: "Vamos, temos que voltar ao trabalho."

Quanto antes terminasse, mais cedo poderia voltar para casa.

Por isso, Joana teve que ser extremamente cuidadosa e minuciosa.

Durante esse período, ela trabalhou ainda mais do que o habitual, virando noites com frequência.

Para isso, chegou a estudar sozinha criptografia, álgebra, matemática discreta, probabilidade e estatística.

Dionísio, querendo se aproximar dela, mesmo que fosse só para um carinho rápido, era prontamente rejeitado por Joana.

Com um simples: "Não atrapalha, vai me desconcentrar."

Dionísio só podia balançar a cabeça, resignado, e ficar em posição de sentido.

"Melhor seria se nos víssemos só dois dias por semana…"

Agora se viam todo dia, mas isso não fazia diferença; ao menos, quando eram só dois dias, ele podia aproveitar esses momentos.

Depois de suspirar, Dionísio ia preparar o jantar.

Enquanto Joana se dedicava à decodificação, ele inventava pratos diferentes para agradá-la.

Agora, com o desenvolvimento da ilha, supermercados e mercadinhos abriram um atrás do outro, e praticamente qualquer ingrediente desejado podia ser comprado.