Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 1700

"Ah, é ele."

"O que foi? Você o conhece?"

"Não conheço. Mas não gosto dele."

Sílvio ficou surpreso, mas depois, por mais que perguntasse, Dionísio se recusou a dizer o motivo.

Mesmo assim, desde então Sílvio não voltou a colaborar com Virgílio.

Afinal, ouvir do caçula um "não gosto" tão claramente carregado de opinião pessoal era algo realmente raro.

Isso foi suficiente para que Sílvio desse importância ao assunto.

Dionísio perguntou: "Ele te procurou?"

Joana respondeu: "Não chegou a procurar, nos encontramos duas vezes, mas acho que foi coincidência."

Porém, Dionísio percebeu imediatamente o uso da palavra "acho", indicando que nem a própria Joana acreditava muito nisso; como então ele acreditaria que foi só acaso?

"Ele também está na lista de convidados?"

Joana disse: "Não sei, mas durante toda a agenda de hoje não vi ele."

"Tudo bem, vou ligar para os organizadores e perguntar."

Joana olhou o relógio no pulso. "Deixa pra lá, já está tarde, amanhã a gente pergunta."

"...Tá bom."

Após encerrar a ligação, Dionísio deitou-se na cama, se revirando, incapaz de dormir.

De repente, sentou-se de súbito, pegou o celular e ligou para Willian.

Ninguém atendeu.

Então tentou uma chamada de vídeo pelo WhatsApp.

Dessa vez, finalmente atenderam—

Willian apareceu de roupão, cabelo ainda úmido, gotas d’água escorrendo pelo rosto e pescoço.

"Poxa, Dionísio, o que é que houve? Tão urgente assim? Acabei de tomar banho, nem tive tempo de me secar direito. É bom que seja algo importante!"

Dionísio disse: "É um assunto pessoal, preciso pedir licença. Dá uma olhada no laboratório pra mim."

"O quê?! Você acabou de voltar e já vai pedir licença de novo?! O laboratório é seu ou meu, afinal? Segurei as pontas por você mais de meio ano, mal te devolvi a responsabilidade e já ia tirar um fôlego, e agora você vem com essa?"