Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 171

Cultivar legumes, criar galinhas, peixes e mais, agora a família toda tinha o suficiente para comer!

"Olha só, estão de mudança?" Gabriela parou no portão, com os braços cruzados, sorrindo ironicamente.

Fernando estava ocupado demais para lhe dar atenção, continuava cavando a terra com esforço.

Tânia, ao ouvir sua voz, recuou o pé que estava prestes a sair de casa.

O que os olhos não viram, o coração não sentiu.

Gabriela fez uma careta, "Se achando, é? Ainda foi expulsa de casa por mim..."

"Gabriela, foi fazer compras?"

No caminho de volta do mercado, Gabriela encontrou uma velha amiga, com quem sempre se dava bem.

"Sim, comprei alguns ovos. Ir a esta hora é metade do preço do que ir de manhã cedo!" Gabriela disse com orgulho, erguendo as sobrancelhas.

Não por se gabar, mas olhando em volta do conjunto residencial dos professores, não havia ninguém mais habilidoso que ela em organizar e planejar.

"Na próxima vez, também vou nesse horário. Aliás, você soube? Seu vizinho, o Prof. Neto, vai se mudar."

Gabriela assentiu: "Sei, sim. Mas não faço ideia de para qual conjunto residencial eles alugaram um apartamento. Será que é tão conveniente quanto aqui?"

Pff! Pessoas com quase quarenta anos ainda agindo por orgulho.

Se não aguentaria, que se mudasse, poupando-a de subir na escada para podar aquelas flores e trepadeiras irritantes a cada dois meses.

A amiga sussurrou: "Você acha que é porque vocês brigaram que eles decidiram se mudar?"

Com orgulho, Gabriela ergueu o queixo: "Isso eu já não sei. Se for por essa razão, só mostra que algumas pessoas são mesquinhas e não aceitam perder!"

"Você é demais, haha. Depois, podia até tomar conta do jardim deles para plantar mais verduras..."

"Não é que eu estava mesmo pensando nisso!" Os olhos de Gabriela brilharam.

"Estão falando do quê?" Outra vizinha passou apressada. "Corram para pegar o doce! Daqui a pouco acaba..."

Gabriela: "Que doce?"

"Do Prof. Neto, ué. Sendo vizinha, deve ter pegado cedo. Preciso correr, senão não vai sobrar para mim..."