Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 217

Ele havia sido o primeiro a soltar a mão. Agora, quando ela estava começando a aceitar a realidade e a sair do luto... Ele de repente, resolveu olhar para trás, querendo arrastá-la de volta ao passado?

Isso não é pateticamente cômico?

"Ricardo, não me incomode mais no futuro, não me force a odiá-lo."

A firmeza e a determinação dele eram como uma faca, perfurando toda a autoconfiança e o apoio dela.

"Joana... por favor, não seja assim... está bem?"

Joana apenas o encarou, impassível.

"Já resolvi todos os obstáculos entre nós, minha mãe também concordou, só falta você aceitar, e podemos ir logo ao cartório para registrar!"

Joana: "Não estou interessada."

E sua suposta "solução" - nada mais era do que enganar a si mesmo.

"Joana..."

"Estou ocupada, tenho que ir."

Dizendo isso, ela passou por ele e foi embora.

Ricardo ficou parado no mesmo lugar, sem se mover por um longo tempo.

As pessoas na rua passavam por ele, indo e vindo, mas ele parecia ter perdido sua alma. Seus olhos vazios observando tudo, como se o mundo inteiro não tivesse nada a ver com ele.

Depois de um tempo, os olhos fixos do homem se moveram ligeiramente, olhando na direção em que Joana havia saído, murmurando para si mesmo

"Será que realmente não há chance?"

...

Sónia não sabia o que Ricardo tinha conversado com Juliana no escritório naquela noite. Inicialmente, ela não se sentia tranquila, pois a atitude fria do homem sempre a fazia sentir que poderia ser expulsa a qualquer momento.

Mas essa inquietação logo desapareceu.

Primeiro foi Juliana, que a acalmou com palavras suaves, dizendo que ela era uma heroína para a família Vieira, e fez questão de instruir as duas empregadas a servirem bem, sem preguiça.

Ela até gastou uma fortuna comprando vários suplementos para gestantes para Sónia.

Ela tentou convencê-lo a procurar um médico, mas ele não quis ouvir.

Quando o médico foi até a casa, ele também se recusou a cooperar.

Como uma criança fazendo birra, trancou-se no quarto principal, ficando lá dia e noite sem comer ou beber, sem saber o que estava fazendo.

Sónia até quis subir para consolar, mostrando um pouco de sua ternura e atenção.

Mas antes que ela se aproximasse, foi congelada por um olhar dele.

Por um momento, ela chegou a pensar que Ricardo estava olhando para ela como se estivesse olhando para uma barata. De forma tão nojenta, tão repulsiva…

Mas então sua expressão voltou ao normal.

Por um momento, ela pensou que poderia ser apenas uma ilusão...

"Amor, você vai sair?" - Sónia se levantou rapidamente do sofá, flutuando até o homem como uma borboleta.

"Não me chame de amor!! Se eu ouvir isso de novo, eu te boto para fora!"