Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 237

Dionísio ajustou seus óculos, sem revelar qualquer flutuação em sua expressão.

No instante seguinte, Felipe atravessou a rua, caminhando em direção a Joana: "Estava prestes a subir para te procurar, não esperava te encontrar aqui."

"Há algo errado?"

"Sim." Ele assentiu com uma expressão um tanto pesada, "Podemos conversar em outro lugar, se for conveniente?"

Joana olhou para Dionísio, e Felipe, seguindo o olhar dela, também fixou sua atenção nele.

"Que coincidência, Prof. Matos, nos encontramos novamente."

Dionísio: "Não é coincidência, se você veio procurar Joana, é muito provável me encontrar."

Felipe deu um sobressalto, seus olhos se estreitaram ligeiramente.

Dionísio olhou para ele sem piscar, estoico e indiferente.

"Meia hora, é suficiente?" Joana verificou o relógio em seu pulso.

"É o bastante."

"Vá se sentar naquele café do outro lado da rua."

Nessa área, apenas cafés e restaurantes eram abundantes, e como ainda não era hora da saída das aulas noturnas, os estudantes ainda não haviam começado a se reunir em grupos.

Portanto, ainda era relativamente tranquilo.

Joana sentou-se, indo direto ao ponto: "O que está acontecendo, diga-me você".

Felipe: "Durante a investigação sobre aqueles dois incidentes repentinos nas Maldivas, a equipe jurídica coletou algumas evidências, mas como não podíamos afirmar sua relevância direta com o caso, não as incluímos no relatório."

"Recentemente, ao revisar, acabei descobrindo algo novo que deveria te interessar."

"O que há de novo?" Joana se pergunta.

"Dê uma olhada neste ......" Felipe passou-lhe um relatório de investigação, "Olhe os locais marcados com caneta vermelha, veja com atenção."

"Sr. Pinto, uma pessoa tão ocupada, não ousaria incomodar muito."

"Estou ocupado, de fato, mas seus incômodos são sempre bem-vindos, e..." Felipe olhou para o sorriso dela, "só os seus, os demais ninguém."

O sorriso de Joana vacilou, ela se tornou séria: "Obrigada por me contar isso, desculpe pelo incômodo."

Felipe sorriu levemente: "Não é incômodo, porque—"

Ele pausou a cada palavra: "Eu—faço—com—prazer."

Confrontada com o olhar ardente do homem, Joana recuou, baixando os olhos para evitar: "Já está ficando tarde, eu deveria voltar."

"Certo," o homem se levantou, pegando seu paletó: "Eu te acompanho."

Enquanto atravessavam a rua, de repente, Felipe parou.

Dionísio ainda estava no mesmo lugar de antes, sem ter se movido...