Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 275

Caminhando ao longo do rio, as placas de neon dos dois lados piscavam, e a cidade barulhenta e agitada de repente se tornava tranquila, dando a Joana a ilusão de que o tempo e seus passos desaceleravam juntos.

Os dois caminhavam lado a lado, e um silêncio leve permeava o ar, mas não era desconfortável, pelo contrário, havia uma harmonia tácita entre eles.

Era como se nada mais precisasse ser feito, apenas estar ao lado dessa pessoa era o estado mais confortável.

"Quer ir até a ponte para sentir o vento?"

Joana de repente falou, enquanto o vento soprava suavemente, ela levantou seu cabelo com os dedos e os colocou atrás da orelha.

Dionísio seguiu seu olhar à distância: "Claro. Só é um pouco longe."

Joana brincou: "Você está dizendo que não consegue mais caminhar?"

Dionísio arqueou uma sobrancelha, respondendo: "Então, que tal fazermos uma competição para ver quem chega primeiro?"

Ele mesmo achou a ideia um pouco engraçada, afinal, juntos, eles tinham mais de cinquenta anos, ainda agindo de forma infantil.

No entanto, Joana estava ansiosa: "Certo, então vamos ver quem chega primeiro. Quem perder deve comprar um sorvete."

Se Viviane estivesse aqui, ela já estaria fazendo piadas, era só isso que ela aspirava.

Apenas um sorvete, sendo ele seu primo, mesmo que fosse algo mais caro, ele não piscaria ao concordar, certo?

Dionísio, por sua vez, assentiu seriamente: "Tudo bem."

"Então eu vou contar até três e começamos, um, dois, três!"

Joana começou a correr, com Dionísio seguindo-a em um ritmo nem rápido nem lento.

Ele nunca ficou muito perto dela, mas também não ficou muito distante.

Correndo até a ponte, apesar de cansada e ofegante, seus olhos brilhavam.

Então se virou, sorrindo para o homem, como uma pequena raposa triunfante:

Fernando Neto, ocupado como estava, às vezes não conseguia encontrar tempo nem durante as férias escolares, mas ainda assim satisfazia os pequenos desejos da filha, tratando-a como uma princesa.

Mas quando era hora de educar, ele não era nada leniente.

Por outro lado, Tânia Andrade tinha exigências muito mais simples para ela, ou melhor, quase nenhuma.

Ela podia brincar à vontade, pisar em poças em dias de chuva, ou se sujar como um macaquinho, contanto que estivesse viva, estava tudo bem.

"… Minha mãe sempre conseguia adivinhar onde eu escondia meu dinheiro do lanche, e até o dinheiro escondido do meu pai, ela encontrava com precisão, nunca falhava."

Falando sobre sua infância, Joana sorriu feliz.

Seus olhos e boca formavam um sorriso brilhante como as estrelas, e às vezes, enquanto falava, ela gesticulava, com a luz amarelada do poste de iluminação brilhando sobre ela.

Dionísio a observou em silêncio, com um sorriso nos lábios, involuntariamente atraído por aquele brilho, como se no próximo segundo fosse se afogar nele.

E ele, de bom grado, sem resistência.