Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 300

Sónia ficou pasma.

"Você... você não tem..."

"O quê? Está decepcionada?"

Assim que percebeu algo estranho em seu corpo, Ricardo correu para o banheiro para induzir o vômito.

E a febre que sentia era apenas um resquício do efeito do medicamento.

"Se você está bem, por que agiu daquela maneira antes?"

Ricardo esboçou um sorriso: "Claro que foi para ver, o quão interessante é observar alguém passar da esperança para a decepção, e então para o desespero, não acha?"

Sónia tremia incontrolavelmente.

"Você realmente é corajosa, ousando me drogar. Pena que, com essa coragem, não veio o cérebro necessário."

"Idiota!"

"Lúcia!"

"O Senhor deseja algo?" Lúcia entrou imediatamente após ser chamada.

Sónia, em pânico, tentou vestir o pijama, mas falhou miseravelmente, num estado lastimável.

"Arrume as coisas dela, e em trinta minutos, quero que jogue tudo e ela para fora! E troque todas as senhas de acesso, de agora em diante, não quero ver nada que a relacione nesta casa."

"Sim, Senhor."

Sónia foi arrastada para fora.

Com o rosto impassível, deixava-se levar por Lúcia.

De repente, como se acordasse de um sonho, soltou-se violentamente: "Não me toque!"

Lúcia parou.

"Estou carregando o herdeiro da família Vieira, e você, uma mera empregada, ousa me tocar?! Pese bem sua insignificância, se algo acontecer a mim ou ao bebê, pode se dar ao luxo de pagar por isso??!"

Essas palavras de Lúcia eram claramente uma ajuda aberta.

As bolsas de marca, joias, roupas no armário, se ela conseguisse levar, poderia vendê-las para ganhar algum dinheiro, evitando sair de mãos abanando.

Mas Sónia não entendeu a sugestão, pensando que Lúcia, uma empregada, também ousava expulsá-la —

"Ir embora? Por que eu deveria ir? Este é o meu lar, prefiro morrer aqui!"

"Srta. Leite, por que se submeter a isso? O Senhor já deu a ordem, você tem que sair hoje, querendo ou não."

"Eu não vou sair, o que você pode fazer comigo?"

Lúcia: "..."

Ela agarrou o corrimão do segundo andar, "Vamos lá, continue a me arrastar, me tire daqui!"

"..."

Ricardo saiu do quarto principal, soltou uma risada fria, "Já se passaram dez minutos, já que você não tem vergonha, eu também não preciso ter. Lúcia, chame a segurança para resolver isso."