Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 307

Ele também não era muito habilidoso.

A falta de prática era um aspecto, mas o crucial era que ele enchia cada prato e tigela com detergente, sob o olhar indescritível de Joana, perguntando com uma expressão inocente: "Não é assim que se lava?"

Joana: "..."

"Se não for incômodo, poderia me ensinar?" Felipe pigarreou levemente, "Quando eu morava fora do país, se eu cozinhava, geralmente usava apenas um ou dois pratos, então costumava colocar um pouco de detergente em cada um deles..."

"Na verdade, não existe um único jeito correto de lavar louça, e o uso do detergente também não é único. Cada pessoa tem sua maneira, o importante é que os pratos fiquem limpos no final. Mas..."

Ela mudou de tom: "Do ponto de vista da economia, você pode começar colocando um pouco de detergente na água, dissolvê-lo, e então usar uma esponja para esfregar os pratos. Por fim, é só enxaguar com água limpa, deixar escorrer e guardar."

"É assim, então..." Felipe escutou e seguiu as instruções.

Quando ele estava prestes a dissolver o detergente na água, Joana de repente falou:

"Espere!"

Felipe: "??"

"Use água quente."

"Ah, claro!"

Depois de terminarem, os dois ficaram mais um pouco, mas como já estava ficando tarde, decidiram se despedir de Márcia.

Felipe: "Eu vim de carro, posso te dar uma carona?"

Nesse horário, o metrô já tinha parado.

Joana não fez cerimônia, "Então, obrigada, Sr. Pinto."

Eles entraram no carro.

Felipe: "Se for possível, eu preferiria que você me chamasse de irmão, ou Felipe mesmo. Ou pode me chamar pelo meu nome completo, que tal?"

"Está bem, Sr. Pinto."

"....Você está fazendo isso de propósito?"

Joana, com uma expressão inocente, disse: "É costume, não consigo mudar."

"Tudo bem, chame como quiser."

De qualquer forma, um dia, ele a faria mudar de ideia e chamá-lo como desejava.

...

Meia hora depois, o carro chegou à Via Acadêmica.

Devido ao horário avançado, quase não havia pedestres na rua, apenas alguns veículos passavam de vez em quando.

A escuridão já densa ganhava um ar ainda mais sombrio.

Joana abriu o guarda-chuva e entrou na chuva.

O silêncio era tão profundo que só se ouviam seus passos.

No meio do caminho, o vento noturno, misturado com a chuva fina, de repente se intensificou, e gritos agudos de gatos selvagens vieram de um canto.

Joana levou um susto, e a mão que segurava o guarda-chuva quase deixou-o escapar.

Por sorte, ela conseguiu segurá-lo a tempo, mas em um instante, metade do seu corpo já foi encharcado.

De repente, ouviu-se um som de passos atrás dela.

Era o som abafado de sapatos masculinos pisando no asfalto.

Inicialmente, ela não deu muita importância, mas logo Joana percebeu que, se acelerava o passo, os passos atrás dela se apressavam; se ela diminuía, os passos também reduziam o ritmo.

Portanto—

Alguém estava seguindo-a!